Drunk Of You

Capítulo 8: Touch You

⚠️ Este capítulo contém conteúdo adulto. Não leia se estiver desconfortável com cenas de BDSM.⚠️

Boa leitura, amores.

🧛🧛🧛

"E, porque eu sou seu, Louis Tomlinson, inquestionavelmente e completamente seu."

Pude sentir meus olhos marejarem e meu coração bater profundamente em uma espécie de alívio e choque que eu não sabia explicar. Olhei nos olhos de Harry sentindo toda intensidade que eles me transmitiam. Eu sentia uma vontade inexplicável de lhe abraçar, tocar e ter certeza de que aquele momento era real e não somente fruto de minha imaginação.

Harry sorriu para mim, um dos sorrisos mais lindos que já vi, que carregava uma sinceridade que me fizera sentir iluminado e aquecido por dentro. Naquele momento, algo em mim pareceu crescer e tomar forma, um sentimento que não podia mais ser ignorado ou reprimido. Pois eu sabia, desde o primeiro instante em que senti meu estômago revirar e todos os pelos de meu corpo se arrepiarem, que aquele não era só mais um sentimento qualquer, não era só desejo, não era só amizade, eu sabia, e sentia em todo o meu ser, que eu estava intensa e irremediavelmente apaixonado por Harry.

☆☆☆

Era mais uma manhã ensolarada, repleta de sorrisos e provocações, faziam apenas alguns dias desde o episódio da cachoeira. Estávamos descansando em uma área do jardim particularmente longe da mansão, debaixo de uma árvore cujo tronco grosso denunciava sua idade anciã. Harry lia para mim um de seus livros favoritos, enquanto eu descansava a cabeça em seu colo. Sua voz lenta e grossa servindo como um ótimo calmante para minha euforia costumeira ao estar tão próximo dele. Seus olhos vagavam preguiçosos sobre as páginas amareladas e eu não pude deixar de admirar sua beleza. Observar Harry havia se tornado minha atividade favorita, principalmente por eu nunca me cansar de fazê-lo.

- Pois somente ao teu lado pude libertar-me das amarras que me prendiam a mim mesmo e enxergar com cor um mundo que por toda minha vida fora tão dolorosamente cinza. Somente com teus toques descobri que a braza, que por ti arde, incendeia-me por completo em paixão, e tão somente compreendi o verdadeiro significado de ser amado. - As palavras saiam com leveza de seus lábios, mas pesaram com significado em meu peito. Aquele sentimento descrito parecia se encaixar perfeitamente bem no que eu admitira havia pouco sentir por Harry. Era uma sensação estranha que parecia estar sempre a ponto de devorar-me por inteiro a cada vez que eu me aproximava de Harry.

Foi então que uma semente de dúvida se plantou em meu peito. Aquele sentimento era recíproco? Olhei para Harry. Será que ele sentia o mesmo que eu, sentia seus membros ficarem dormentes, seu coração bater mais forte e seu mundo parar toda vez que me olhava?

Eu não tinha coragem para perguntar. Mesmo que eu quisesse saber, eu não conseguiria de fato questionar-lhe sobre o que sentia por mim, não por vergonha, mas por insegurança. Perguntar a Harry sobre seus sentimentos, era admitir, para alguém além de mim mesmo, que eu estava realmente apaixonado por ele. E expor meus sentimentos desse modo, era um de meus maiores medos. Me deixar vulnerável dessa forma tornaria fácil me machucar. Por mais que eu confiasse em Harry e soubesse que, mesmo que não houvesse reciprocidade, ele nunca me machucaria propositalmente, eu não confiava em mim mesmo, para saber lidar, se Harry não me correspondesse. Eu sabia que se a resposta fosse negativa, eu não poderia conviver com aquele sentimento que não freava ou diminuía, mas apenas crescia em meu peito, enquanto Harry se manteria livre de toda a dor e desconforto que estar apaixonado traz.

- Lou, você está bem? - Harry havia parado de ler e me encarava de cima. - Podemos continuar outra hora se você preferir.

- Eu estou bem, só um pouco cansado. Acho que irei me deitar um pouco antes do almoço. - Eu disse.