El Diablo

Capítulo 5

      El Diablo
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Estava sentado no sofá quando o celular começou a tocar.
Era Simon Walker.
Atendi e não tive nem tempo de cumprimenta-lo, pois Simon já estava falando rápida e nervosamente.

— Vieram até mim procurando por você e sua gangue. Achei que tinha me livrado da polícia, que o depoimento que dei no dia do assalto tinha sido esquecido.

— Se acalme por favor. — Falei antes que ele pudesse continuar tagarelando. — Me explique direito o que foi que aconteceu.

Simon respira fundo, finalmente parecendo se acalmar, e diz:

— Hoje a tarde dois policiais bateram na minha porta dizendo que queriam fazer perguntas. Deixei que entrassem e fizessem as tais perguntas. Eles perguntaram sobre o que vi naquele dia, eu disse todas aquelas desculpas esfarrapadas mas eles não pareceram acreditar. Estou com medo Diablo, e se aquele homem aparecer atrás de mim de novo? Ele disse que não me ameaçaria uma segunda vez, que dá próxima vez que nos víssemos eu não sairia com vida.

— Não se preocupe, não vou deixar que o machuquem. Tem minha palavra. — Digo. E sei que ele sabe o quanto vale minha palavra. — Vou providenciar uma passagem para bem longe da cidade hoje mesmo, com seu consentimento é claro.

— Claro, a coisa que mais quero agora é distância desse lugar. Não quero que me encontrem novamente.

Me lembro por fim de uma informação que preciso saber.
— Os policiais... Eles se identificaram? — Pergunto.

— Sim, um deles se chamava Jordan, porém não disse sobrenome. E a outra se identificou como Morgan Hale. — Responde Simon.

— Hummm. Okay, obrigado. — Digo por fim. — Mais tarde enviarei alguém para buscar você e levá-lo em segurança. Se tiver qualquer problema não hesite em me ligar.

— Okay, se cuide El Diablo. Aquela policial parece ser das boas. Não parece que vai desistir facilmente. — Diz Simon, me fazendo soltar uma risadinha.

— Que bom, é mais divertido quando a luta é justa. Afinal eu também não sou de desistir.

Me despeço de Simon e desligo o celular.

Morgan Hale. Se ela pretende me dar trabalho então posso retribuir o favor. Nada se compara a uma briga justa. Uma boa policial e um bom criminoso. Isso vai ser interessante.

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                           [☆☆☆]

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             Morgan Hale

O barman estava virado de costas para mim quando cheguei ao balcão. Toquei um dos sininhos da bancada e ele se virou para mim sorrindo. O sorriso amigável oferecido aos clientes se transformou em um sorriso debochado e com um toque de malícia assim que ele me reconheceu e assim que eu reconheci ele.

Caramba, eu só posso ser a pessoa mais azarada do mundo!

— Se continuarmos nos encontrando assim vou acabar pensando que está me perseguindo. — Diz Jack com aquele maldito sorriso no rosto.

— E eu vou acabar pensando que você quer levar outra multa. — Digo e ele solta uma risada.

— O que vai querer? Ou me permite lhe servir uma das minhas especialidades? — Diz agitando um copo de batidas. Acabo demorando um pouco para responder. — Vou considerar seu silêncio como um sim.

Ele me serve de um copo com um líquido âmbar. Põem o copo na minha frente e apoia os cotovelos no balcão me olhando com expectativa.

Acabo dando de ombros e provando a tal "especialidade". Não vou mentir, foi uma das melhores bebidas que já provei na vida. Não que eu fosse admitir isso para ele.

— Até que não está tão ruim. — Digo tomando mais um gole. — Mas ainda prefiro a pizza do restaurante de baixo.

— Gostou da pizza? — Ele me pergunta com um brilho nos olhos que não entendo.

Concordo com a cabeça e digo:
— Foi a melhor que já comi pra falar a verdade. Se fosse rica contrataria o chefe para ser meu cozinheiro pessoal.

Ele solta uma risada.

— Ficaria feliz em saber, Morgan, que ele provavelmente aceitaria ser seu chefe pessoal só pelo prazer de sua companhia.

— Oh, é mesmo? E como sabe disso? — Falo com um sorriso debochado, levando o copo a boca novamente.

— Porque eu sou o chefe. — Quase engasgo com a bebida, o que o fez soltar gargalhadas.

Merda. Elogiei ele sem querer. Agora vai ficar ainda mais exibido.

— Você já me serviu. Não tem que atender os outros clientes? — Digo tentando fazê-lo cair fora, mas ele continua sorrindo quando se inclina para perto de mim sobre o balcão.

— Não. Prefiro ficar aqui com minha policial favorita. — Diz com o rosto próximo do meu. Acho que devo ter corado um pouco, pois ele pareceu satisfeito quando se afastou. — Ah, quase me esqueci — Ele me lança um olhar avaliativo. — É, acho que você pode me ajudar.

Ele grita para um tal de Miguel, outro barman, dizendo que vai sair por um momento e que é pra ele se virar e atender os clientes sozinho. Miguel faz sinal de positivo e balança a cabeça sorrindo.

Jack faz a volta no balcão e para na minha frente.

— Vamos. — Diz pegando na minha mão e me puxando. — Quero mostrar algo que acho que você vai gostar.

Não sei se foi por efeito do álcool ou por uma loucura passageira, mas deixei que ele me guiasse por entre a multidão de corpos dançando, até um corredor e uma porta que dava para um cômodo com poucos móveis e algumas estantes. Uma espécie de depósito de tralhas. Com lâmpadas tão fracas que só iluminam o suficiente para não tropeçar em nada.

Ele fecha a porta atrás de nós e finalmente solta a minha mão. Ele caminha até uma mesa e pega algo nas mãos que não consigo ver o que é. Então se volta para mim, me olhando intensamente. Elegante como um predador ele caminha até mim e para a poucos centímetros de distância, fazendo com que eu tenha que inclinar a cabeça para trás para poder enxergar seu rosto.

Um dos lados de sua boca se ergue um pouco e ele estende a mão entre nós revelando uma.....

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Fim do capítulo.
Boa noite querido leitor💫🌟
Desculpe a demora para atualizar, pretendo postar mais um capítulo até domingo.

Espero que tenha gostado.🙈💋
Se puder compartilhe e vote para ajudar na divulgação do livro.
E me digam o que estão achando!!

Até a próxima! ❤👋