- Ollie! - Grita Elisabeth, correndo em minha direção. - Mamãe te chamou para almoçar aqui em casa hoje! - Falou com um sorriso leve no rosto.
- Oba! Eu amo a comida da tia! - Respondi sorridente. - Vou avisar a mãe! - Saí correndo para casa, pulando de alegria.
- Mamãe, a Lis me chamou para comer na casa dela! - Falei animado. - Posso ir? - Perguntei já saindo correndo.
- Ei garotinho, eu nem respondi ainda! - Minha mãe falou rindo e parei. - Tá! Vai, mas cuidado, e diz que mandei um abraço para tia Erika. - Me puxou pelo braço e deu um beijo na minha testa.
- Lis, minha mãe deixou! - Saí correndo e gritando até onde ela estava. - Vamos brincar até a hora do almoço! - Pulei em sua direção. - Sou um herói da Justiça! - Gritei enquanto apontava um graveto para ela como se fosse uma espada.
- Oh! não! Não serei pega por você! - Gritou Elisabeth. - Como uma vilã do caos, eu serei livre e me tornarei a Rainha do Mundo! - Correu em minha direção fazendo garras com os dedos...
Elisabeth e eu sempre fomos muito próximos. Quando éramos crianças nada nos separava. Íamos na mesma escola, brincávamos juntos, às vezes eu dormia na casa dela, e vice-versa.
- Lis, quando a gente crescer, vamos morar juntos né? - Perguntei sorrindo.
- Sim! Vamos ser os melhores "primigos" do mundo! - Elisabeth respondeu me abraçando (Primigos = primo amigo) (crianças são criativas).
- Oliver, Vamos para casa. - Minha mãe chamou, olhando para o relógio. - Já são 20:00 Horas. Vocês são crianças, precisam dormir cedo!
- Oh! não! Lis, me salve, a ogra vai me pegar! - Clamei por ajuda. - Socorro! Depressa. - Estendi a mão para Elisabeth.
- Ollie, Não se preocupe! - Gritou Elisabeth. - Irei ao seu resgate! - Falou correndo em direção a Oliver, que estava sendo levado até o carro por sua mãe, mas foi parada pela dela, também segurando seu braço.
- Esses dois são um grude, não é? - Erika fala para minha mãe rindo.
- Se não fossem primos, aposto que se casariam! - Minha mãe responde rindo.
- Casar com ela? Eca! - Falei com cara de nojo.
- Eu nunca vou me casar, é nojento! - Elisabeth responde com a mesma reação.
- Hahaha. Seremos "Primigos" para sempre! - Gritamos juntos e sorrimos para o outro com um sinal de confirmação.
Aquela noite foi divertida. Aquele dia foi inesquecível... Mas o que não sabíamos é que seria a última vez.
No dia seguinte, sai para brincar e fui correndo para casa de Elisabeth, mas quando cheguei lá meu tio que me recebeu.
- Oh, Oliver... Sinto muito, mas a Lis não está agora. - Meu tio Lúcio respondeu com um olhar estranho. - Ela saiu com a mãe. Precisou ir ao médico.
- Ah! Tia Erika está doente? - Perguntei todo inocente.
- Eh, na verdade... Sim, então talvez demorem um pouco. - Tio Lúcio respondeu desanimado e fechou a porta.
- Estranho, ontem ela parecia bem. Mas deve ser resfriado. - Pensei colocando a mão no queixo.
Nesse dia fui para casa sem brincar. Apenas fiquei em casa esperando Elisabeth chegar e me chamar. Passou a manhã e logo chegou a tarde, mas Elisabeth não chegou, e assim foi até a noite cair.
- Oliver, entre! Já é tarde. - Minha mãe me chamou séria.
Depois do jantar, minha mãe me chamou e tivemos uma conversa. Ela me falou sobre a doença de Elisabeth, me disse ser algo sério e que precisava de tratamento. Mas eu era criança, então não entendi bem, apenas fui dormir já pensando no outro dia, ansioso para brincar com Lis.
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Até o Colapso
RandomOliver tinha uma vida normal e só queria ajudar as pessoas através da psicologia, mas acaba tendo sua vida mudada depois de um incidente inesperado.