Submundo

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Sozinha em casa como de costume, Celeste está em seu quarto jogando Gartic no computador, localizado numa escrivaninha de madeira escura encostada na parede esquerda do quarto, frente a janela. A jovem acabara de chegar da escola e ainda estava de uniforme.

Sem fazer barulho, Tatá aparece no quarto da mesma junto de Magali que se pendura em suas costas, atrás da cadeira gamer que Celeste está sentada.

- Oi tia! – Diz Magali aos gritos.

A jovem ao ouvir a voz aguda da criança, deu um pulo para trás devido ao susto que levara, caindo junto com a cadeira ao chão. Magali ao ver a cena ocorrer dá diversas gargalhadas.

- Isso que dá ficar viciada nessa porcaria, quem percebe quando os outros chegam. – Comenta Tatá.

Celeste os encara brava, franzindo a testa, e em seguida levanta-se do chão junto com a cadeira.

- O nome disso é computador. E eu não sou tia, meu nome é Celeste.

- Vou ti chama de Cece. – Diz Magali.

- Não gosto que me chame de Cece.

- Problema seu, Cece. Eu gosto.

Vendo o olhar bravo de Celeste, Tata tampa a boca de Magali e volta o olhar para a garota.

- Hoje não estamos aqui para discussão. Vou te levar para um local.

- Eu não posso sair. Tenho que avisar para minha avó.

Tatá ao ouvir tais palavras solta uma gargalhada alta e diz:

- Você não vai sair para a rua, você vai sair de seu corpo.

- QUE?

- Isso mesmo que cê ouviu. – Diz Magali.

- Como vocês falam com tanta normalidade isso?

- Para que tanto drama? Não é como se você não tivesse feito isso antes. A diferença é que dessa vez você fará consciente e voluntariamente.

- E como eu faço isso?

- Primeiro vá ao banheiro fazer suas necessidades, seu corpo ficará desacordado, em um sono profundo, e se você sentir necessidade de ir ao banheiro você como espírito voltará para ele imediatamente. – Responde Tatá.

- Eu não vou morrer, né? Ao fazer isso... – Pergunta receosa.

- Não, querida. – Ele responde ironicamente. – Bem que não seria uma má ideia, mas não será dessa vez.

Celeste o encara nos olhos e sem delongas pega seu celular que estava na cômoda e segue em direção ao banheiro. E assim, dez minutos se passam com ela dentro do banheiro.

Tatá, já estressado com a demora da garota, começa a bater na porta junto de Magali na tentativa de apressá-la. O fato é que o motivo da demora de Celeste é devido ao receio de fazer uma experiência extracorpórea, mesmo já tendo feito anteriormente.

- Vamos logo menina!

- Calma. – Diz Celeste enquanto coloca o celular no bolso do casaco. E assim, após levantar-se do vaso, é dada descarga, enquanto a mesma lava a mão e a enxuga-a.

- Estou pronta. – Diz em um suspiro enquanto abre a porta do banheiro. – Para onde iremos?

- Irei te levar até onde a Cigana está. – Responde Tatá.

- Entendi. - "Entendi foi nada! Aonde ela está?" Pensa Celeste.

- Cece, vai se deita.

- Já disse que não gosto que me chame assim.

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2021 ⏰

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