9.

2.6K 266 88
                                    

S/n Pov's:
Me acordei com o sol batendo na minha cara.

Ed estava fazendo algo para comermos.

—" Já está acordado? Ainda é cedo."— falei

—" Eu sei. Mas eu queria fazer alguma coisa melhor para comermos. Peguei algumas frutas por aqui e fiz um prato mais variado pra nós."

—" Ah é? E o que você pegou?"— falei já me animando mais. Nem só de maçãs vive o homem.

—" Uvas, amoras, melancia e morangos."

—" Que ótimo! Onde achou isso tudo?"

—" Digamos que peguei emprestado de uma fazenda perto daqui. Trouxe também água pra nós."

—" Que feio Ed."

—" Admita, já não aguentava mais comer maçãs."

—" Não mesmo."

—" Então? Não tem do que reclamar."

—" Não estou reclamando, estou é grata, isso sim."

Peguei uma das uvas e coloquei na boca. Estava doce, do jeito que eu mais gostava um.

*** Quebra de Tempo ***
Depois de comermos, seguimos nosso caminho, rumo a Cair Paravel.

—" Tem ideia de onde fica Cair Paravel? Não me lembro de ter andado nessas terras."— falou Ed

—" Nunca saí do reino. Estou mais perdida que você."

—" Temos um grande problema querida."

—" Podemos perguntar para pessoas aleatórias. Talvez elas saibam."

—" É, talvez..."

—" Eu só sei que seguindo o leste chegaremos nas terras do meu avô, pai de minha mãe. Ele não sabe nada sobre mim, nem eu sobre ele. Nunca nos conhecemos, nem nunca nos vimos. Nem sei se ele ainda está vivo."

—" Então é para o leste que vamos. Talvez a gente consiga informações lá."

Enquanto íamos para o leste, eu fiquei pensando que realmente eu nunca conheci a família da minha mãe.

Eles nunca se importaram comigo, nunca vieram me visitar. Talvez pelo fato de minha mãe já ter morrido. Mas nem tiveram um pingo de compaixão e consideração comigo.

Fiquei o caminho inteiro imaginando ter outra vida com meus avós, ou tios.

Viver livremente, sem precisar mudar quem eu sou para me tornar "perfeita".

Já dava pra ver grande tumulto quando nos aproximamos de uma enorme muralha (provavelmente essa era a cidade sobre a qual meu pai quase nunca falou, por ser da família da minha mãe).

Paramos ainda um pouco longe das pessoas e olhei para Ed, afim de saber o que faríamos agora.

—" Não acho que seria sábio entrar aí."— disse ele

—" Eu queria entrar, para conhecer."

—" Mas pode dar tudo errado. Vão te reconhecer assim que colocar os seus pés lá dentro."

—" Mas estou tampando o meu rosto, ninguém vai notar que sou eu."

—" Mesmo assim, é perigoso."

—" Por favor, passamos só essa noite e continuamos o nosso caminho."

—" Tudo bem, mas amanhã bem cedo vamos embora daqui."

—" Obrigada, te amo."

—" Te amo."

Fomos entrar na cidade. Alguns guardas nos pararam quando fomos entrar.

—" São só vocês dois e esses cavalos?"— perguntou o guarda.

—" Sim."— respondeu Ed

—" O que carregam em suas bolsas?"

—" Frutas, dinheiro e espadas."— disse Ed

—" Espadas? Pra que espadas?"

—" Não é seguro viajar sem uma proteção."— falei

—" Entrem."

Quando entramos, fiquei maravilhada.

As casas eram vermelhas e algumas eram azuis. Diferente do reino onde eu vivia, que era tudo cinza.

Tinha todo tipo de coisa lá: Roupas, acessórios e tudo que se podia imaginar.

Conseguimos ficar em uma casa, apenas para passar a noite.

———————————//———————————
"Entrar é fácil, sair é que é difícil"

Se vocês puderem clicar na estrelinha, eu ficaria muito grata 💓

Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs

Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨

Daughter of Narnia | 1Onde histórias criam vida. Descubra agora