13.

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S/n Pov's:
Quando acordei, novamente Ed já estava acordado.

— Você sabe onde estão os pães que compramos ontem? — perguntou Edmundo.

— Bom dia pra você também. Eu sei lá onde estão os pães. Mas eu acho que estão na minha bolsa.

— E onde ela está?

— Não é possível que deixei lá. Que seja, devem ter frutas por aqui.

— Não, você não deixou lá. Ontem mesmo pegamos um peixe que estava nessa cesta junto com a sua bolsa.

— Fomos roubados.

— Pega a sua espada, deve ter alguém nos observando.

— Claro que não, se tem ladrão por aqui já se foi.

— Só faz o que eu tô dizendo. Nem sempre é assim minha princesa.

Não respondi e peguei minha espada. Só obedeci porque eu realmente nunca tinha saído da cidade.

— Vamos ficar aqui parados mesmo?

— Shh. Vem.

Fui atrás dele e entramos em uma floresta. Não precisava disso, eram só pães!

— Não tem necessidade disso Ed.

— Sai da floresta e volta para a cidade da sua família! Rápido!

— E você?

— Eu já estou ferrado, mas talvez você não esteja. Vai!

— Sem você eu não vou!

— Eu te encontro, mas vai logo!

— O que está acontecendo? Pelo menos me fala.

— Não temos tempo pra isso, foge enquanto você tem tempo.

Não falei mais nada e quando me virei entendi o motivo de eu ter que fugir.

— Pra onde vai? — perguntou um homem alto e de aparência horrível.

— Droga! — reclamou Edmundo.

— Agora me explica o que está acontecendo Edmundo! Já estamos ferrados mesmo.

— Tráfico! Tráfico de pessoas. — respondeu Ed.

— Uh, nos demos mal...

— Percebeu agora?

— E aí? Vai ficar parado mesmo ou vai nos levar embora?

— O que está fazendo? — falou Edmundo no meu ouvido e deu um pisão no meu pé.

— Agora você faz o que eu mandar, fica quieto. — respondi.

— Venham. Estão muito quietos para pessoas que vão ser vendidas como escravos. — disse o homem.

— Queria o que? Vai adiantar eu fazer birra?

— Não.

— Então pronto, me deixa em paz.

O homem não disse mais nada e puxou a gente. Meu plano vai dar certo.

Quando passamos pelos nossos cavalos, falei:

— Voltem para as terras do meu pai e fiquem tranquilos.

— Por que você está falando com cavalos? — perguntou o homem.

— Ah, sei lá. Não vai me dizer que nunca falou com animais.

— Amor, só uma espadada e esse mongol morre. — sussurrou Ed no meu ouvido.

Daughter of Narnia | 1Onde histórias criam vida. Descubra agora