Traidora de sangue e o herdeiro de Voldemort

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"Quadribol"

Três dias se passaram e já estávamos em uma quinta, posso dizer que foram os únicos dias que eu tive paz, pude pintar com meu pai, conversar com a minha mãe e realmente sentir pessoas que tinham orgulho de mim.
Estava quase na hora do almoço, meus pais estavam trabalhando e eu resolvi cozinhar, na verdade fazer apenas sala porque no resto eu esperaria minha mãe fazer, eu não quero mais usar magia para não extrapolar os limites.
Meu braço estava levemente melhor mas sem os remédios a dor as vezes era insuportável.

Enquanto estava cortando a salada meu braço começou arder e a marca negra apareceu, provavelmente porque o feitiço para esconder havia acabado mas não podia fazer outro sem chamar atenção do ministério da magia.
Aquela marca me dava tanta vergonha pois eu sabia que meus pais se decepcionariam e durante um ataque de pânico por impulso passei a faca sobre ela vendo o corte se formar e o sangue aparecer junto a ardência.

-Droga! -Esbravejo soltando a faca na bancada me afastando com os olhos cheios de lágrimas

A aliança ainda estava no meu dedo e me fazia chorar por lembrar de tudo e eu me sentei no chão cabisbaixa.
Depois de longos minutos quando minha crise passou eu me levantei, lavei a faca e deixei as coisas ali saindo para o banheiro onde lavei meu braço mordendo os lábios pela dor.

-Filha, chegamos. -Minha mãe diz

-Tô indo. -Digo secando minhas lágrimas rapidamente puxando as mangas da minha blusa

Sai do banheiro e fui até a cozinha onde minha mãe estava

-Vou fazer o almoço, daqui a pouco fica pronto.  -Minha mãe diz e eu concordo me sentando na mesa

Quando meu pai foi entrar na cozinha alguém tocou na campainha e ele revirou os olhos

-Eu não aguento mais contas.  -Meu pai diz saindo até a porta

Eu e a minha mãe rimos levemente

-Então querida, já sabe quando vai voltar para Hogwarts? Realmente te quero aqui mas sabe que é difícil para nós mantermos o colégio, não sei se conseguiríamos bancar mais anos.  -Ela diz cabisbaixa

-Não se preocupe com isso, não vai afetar meus estudos e semana que vem volto, só preciso de coragem para enfrentar... -Digo

-Enfrentar o amor.  -Ela completa me fazendo suspirar

-O filha.  -Meu pai diz aparecendo na porta da cozinha- por um acaso o garoto que estamos falando a dias tem um e noventa mais ou menos, forte, cara de vilão de filme da disney, olho verde e cabelo escuro com o nome Eduardo?

-O nome dele é Eithan.  -Digo sem me tocar

-Ah ok.  -Meu pai diz saindo novamente

Eu respirei fundo enquanto girava minha aliança

-PERA AI, COMO SABE?  -Digo percebendo

De repente Eithan apareceu na porta da cozinha com uma expressão preocupado mas quando me viu seu olhar ficou sereno e um sorriso de canto se formou

-MENINA ELE É BONITO.  -Minha mãe diz fazendo Eithan rir

-Oi.  -Ele diz olhando ela com um sorriso tímido- Amber eu

Antes que ele continuasse eu me levantei rapidamente

-E-Eithan.  -Digo estremecida

-QUERIDA VAMOS VER MINHA NOVA PINTURA.  -Meu pai grita do corredor

-TÔ INDO.  -Minha mãe diz secando as mãos sorrindo para Eithan saindo rapidamente da cozinha

Eithan caminhou até mim e sua expressão agora ficou cabisbaixa