103

808 59 85
                                    

"Eithan"

Depois disso sai do quarto e desci para a mesa vendo minha mãe cozinhar , pouco tempo depois meu pai desceu e se sentou ao meu lado

-Posso não ser bruxo mas tenho certeza que seu ano letivo ainda não terminou. -Meu pai diz calmamente

Minha mãe se virou e secou as mãos, então se sentou na minha frente

-É, não terminou... -Murmuro

-Então, o que te trouxe de volta? -Minha mãe questiona

-Eu conheci um garoto e ele bagunçou tudo... -Murmuro cabisbaixa

-o que ele fez? -Meu pai pergunta ficando sério

-Me amou, me protegeu e me salvou de tudo que estivesse ao alcance dele. -Digo cruzando meus braços enquanto meus olhos enchiam de lágrimas

-Então qual o problema filha? -Minha mãe pergunta

-A família bruxa dele é uma das piores do mundo bruxo. -Digo encarando a mesa

-Mas ele é o pior? -Meu pai pergunta

-Ele é o melhor. -Digo enquanto as lágrimas caiam

-Desculpe querida, não entendemos qual o problema. -Minha mãe diz suavemente

-Os bruxos batalham entre si, à magia boa e a ruim. -Digo levantando meu rosto tentando explicar para eles

ambos concordam me escutando atentamente

-Quando um bruxo das trevas está ameaçado de morte ele cria uma horcrux- digo- ele separa sua alma e põe em alguma coisa, ai para alguém conseguir mata-lo, tem que destruir essa coisa primeiro.

-Nossa. -Meu pai diz chocado e interessado

Para eles isso era como contar o enredo de um filme, por isso ficavam encantados com cada informação.

-O pai desse garoto criou uma horcrux e a horcrux é ele, meu garoto. -Digo e as lágrimas começaram a cair rapidamente

-Então se uma guerra for iniciada, para matar o líder do mal tem que matar seu namorado? -Meu pai questionou

Eu apenas concordei e eles soltaram um suspiro surpresos e assustados

-Você realmente sempre teve um péssimo gosto para garotos. -Meu pai diz quebrando o clima

Minha mãe riu e eu dei risada batendo suavemente em seu ombro enquanto as lágrimas ainda caiam lentamente

-Filha, nós não entendemos disso. -Minha mãe diz puxando minha mão- mas se você o ama, vale a pena enfrentar todas as batalhas para continuar com ele.

-Vai enfrentar batalha nenhuma não, quando ela começar vocês dois vêm aqui pra casa tomar um café e deixa o povo lá. -Meu pai diz me fazendo gargalhar junto a minha mãe

-Quando vamos conhece-lo? -Minha mãe pergunta animada

-Ele nem deve saber que eu estou aqui e... -Começo a falar mas fomos interrompidos por alguém batendo na porta

-Deve ser o correio. -Meu pai diz se levantando saindo da cozinha

-Me diz filha, ele é gatinho? -Minha mãe questiona

Meu pai apareceu na porta da cozinha poucos segundos depois adentrando o cômodo

-Contas.  -Ele diz jogando as cartas em cima da mesa-Continue pequena. 

-Eu recebi muitas informações de uma vez, precisava de um descanso.  -Digo em um suspiro

-Entendemos, fique o tempo que quiser.  -Minha mãe diz

-Iai, o que tem aprontado na escola? -Meu pai questiona

Eu soltei uma risada nasal e peguei minha varinha, o ministério só é avisado com magias grandes e que apresentam ameaças, como já sou maior de dezesseis não tenho mais o rastreador.

-Nox.  -Digo apontando para a lâmpada

A luz apagou e eles ficaram completamente surpresos me fazendo sorrir boba por eles

-Lumus.  -Disse em seguida fazendo as luzes voltarem

-Meu deus, que incrível.  -Meu pai diz animado

-Wingardium leviosa- digo apontando para os pratos no escorredor

Eles começaram a levitar e eu trouxe até nós colocamos na mesa enquanto ambos sorriam igual crianças completamente encantados pela magia.

-Sentimos tanto orgulho de você meu amor.  -Minha mãe diz se levantando me abraçando forte

Eu não tive coragem para dizer que dessas informações que me sobrecarregaram, uma delas era que eu sou adotada, eles não merecem e nem tem culpa por isso, eu definitivamente não vou contar.

-obrigada.  -Digo acariciando seus braços

-Já está quase na hora do jantar, vou terminar a comida.  -Ela diz voltando ao fogão

-Quer me ajudar a terminar o quadro? -Meu pai pergunta

-Sim.  -Digo animada

Eu e meu pai subimos para o ateliê novamente e eu comecei a ajuda-lo, me sentei no chão e peguei um pincel começando os galhos da árvore enquanto ele estava em pé arrumando as nuvens.

Eu definitivamente precisava disso e fiquei longos minutos pintando com meu pai, as tintas me alegravam intensamente.

-Senti sua falta.  -Meu pai diz sorrindo

-Eu também pai. -Digo retribuindo o sorriso

-Me conta, como são os garotos de Hogwarts e com quantos tenho que me preocupar? -Ele questiona

Eu soltei uma risada nasal lembrando de Eithan antes de começar a falar

-Digamos que esse meu namorado afasta qualquer garoto com segundas intenções de perto de mim.  -Digo

-Gostei dele, quando vamos o conhecer? -Meu pai perguntou

-Ele queria ir embora.  -Murmuro cabisbaixa- estava com medo de que eu acabasse me machucando para proteger ele.

-Isso é complicado.  -Ele diz limpando as mãos em um pano enquanto me olhava

Eu concordei e suspirei profundamente

-Pra mim foi muito fácil quando eu descobri que eu amava tanto sua mãe que daria a minha vida para ela -Meu pai disse pausadamente- mas foi muito difícil quando eu descobri que ela daria a vida por mim.

Eu prestava atenção em cada palavra

-Nós estamos dispostos a amar, mas o mais difícil é aceitar ser amado, nem tudo são flores ou romantizado como a maioria faz, nós também precisamos aceitar que ser amado doi muito, porque a dor do outro se torna nossa também.  -Meu pai diz sábio como sempre

-Eu preciso entender isso.  -Digo em um suspiro- e ele também.

-Vocês dois precisam, devem aprender juntos.  -Meu pai diz sorrindo de canto

-Obrigada.  -Digo sorrindo

-JANTAR ESTÁ NA MESA.  -Minha mãe grita do andar de baixo

-Vamos.  -Meu pai diz

Eu concordo e pego o pano limpando minhas mãos enquanto descíamos

//O gente, os pais dela são tudo pra mim 🥺

Traidora de sangue e o herdeiro de Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora