Escondido atrás de uma árvore estava Katsuki, atônito enquanto ouvia as palavras de Izuku. Por mais que estivesse surpreso com o esverdeado se declarando gay, o fato de sua atração por sí se tornava ainda mais surreal. E se ficou incomodado com isso?... não soube dizer.
Além disso, como assim ele foi o culpado da sua morte? Toga não lhe havia dito que Izuku estava deprimido por sua culpa? As peças não estavam se encaixando.
- ... O que eu sinto por você não tem fim, Kacchan - Prosseguiu Midoriya - Todas as nossas lembranças juntos, mesmo as boas e ruins, estarão para sempre marcadas no meu coração. Eu sempre irei me lembrar dos sorrisos que você me deu, que por mais de que fossem poucos eu sabia que eram sinceros.
- Eu gostaria de voltar naquele dia, no mesmo momento em que tudo aconteceu e mudar o passado... mas não posso... Por mais que desejasse com todas as minhas forças... Bem - Se levantou lentamente - descanse em paz, Kacchan - Falou se virando e indo embora do cemitério deixando para trás as suas lamentações.
Quando chegou em casa Midoriya sentiu uma intensa vontade de ver o cão que havia abrigado e o procurou pela casa o encontrando no quarto. O loiro estava com os olhos fechados e seu corpo encolhido fingindo estar dormindo, tentava esconder sua respiração desregular causada pelo fato de precisar correr de volta para casa e pular pela janela tão abruptamente... era o que pensava.
O garoto sorriu suavemente e afagou o pelo do outro levando Bakugou a se sentir um pouco recatado com o ato, mas não se moveu permitindo Izuku a lhe acariciar.
Depois de um curto tempo Midoriya foi até o banheiro e tomou um longo banho. Sua ausência no cômodo se tornou agradável para Katsuki, mas sua mente ainda vagava sobre ocorrido daquele dia.
Deveria estar completamente enraivecido quando ouviu sobre o que o esverdeado sentia sobre sí... mas não era isso o que sentia. Quando não ouviu mais o som da água batendo no piso apressou-se para voltar a se deitar da mesma forma que antes estava.
Izuku saiu do banheiro já vestido, se deitou na cama ao lado do loiro e logo após lhe desejar uma boa noite o garoto adormeceu. Katsuki aproveitou a chance para se deitar mais comodamente e pegou no sono logo em seguida.
Ao abrir seus olhos Bakugou se encontrava novamente em sua consciência e se aliviou por notar estar vestido apropriadamente daquela vez.
Torceu o nariz se enfurecendo mais uma vez por não conseguir tirar as palavras daquele maldito nerd da sua cabeça. Precisava exclarecer algumas dúvidas.
- Demônio! - Não hesitou em chamar por Toga na esperança de que ela aparecesse assim como lhe havia informado anteriormente.
Ao pronunciar seu nome a pequena demônia apareceu imediatamente. Katsuki não se surpreendeu, talvez finalmente estivesse começado a se acostumar a ela.
- O quê você quer? - Perguntou simples mas desinteressada. Talvez tenha a interrompido em seu trabalho, mas Katsuki não ligava, foi ela que o colocou naquela situação acima de tudo então atrapalha-la um pouco não seria nada demais.
- Você me contou que a culpa do estado do Deku era completamente minha, então por que ele disse que a minha morte foi culpa dele? - Expicou impaciente com os braços cruzados.
- Olha, eu não sei nada sobre o que aquele garoto te falou porque eu só consigo ver aqueles que estão perto da morte, fora isso eu não tenho permissão para bisbilhotar os humanos. Independentemente do que ele te disse, em seu registro dizia que a sua depressão era devido a um trauma que sofreu quando um ente querido morreu a cerca de dois mêses, além do seu nome estar escrito nitidamente! - Afirmou suspirando.
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I hate you, but I love you (BakuDeku)
Fanfiction"EU VOU TE ODIAR ATÉ A MORTE!!" "Eu te amarei mesmo depois dela" Katsuki tem sua vida virada de cabeça para baixo ao receber uma notícia um pouco problemática... Ele estava morto! E se isso não fosse preocupante o bastante, lhe informam que ele esta...