Pássaro de fogo

59 6 2
                                    

O tímido beija-flor, por uma ilusão deixou-se vencer.
Derrotado, caído ao chão
O amor foi lhe arrancando do peito, deixando lhe um descumunal vazio
Transformando em borralho seu pobre coração que sucumbiu a dor.
O tempo pairou sobre suas cinzas.
O vento do norte assoprou...
Uma faísca acanhada, acendeu lhe a alma.
Suas asas flamejantes alçaram voo para além das nuvens
O clarão, outrora esquecido, iluminou o céu.
O pássaro de fogo que habita seu ser, tornou-se primavera derramando pétalas perfumadas sobre seu carrasco.
A Fênix olvidada pela morte, tornou-se guardiã da ilusão.
Em um sacrário no mais recôndito de seu âmago
A ilusão Jás presa por uma corrente dourada,
Dando assim, vitória ao impermisto amor.

Maria Boaventura.

"Quando flor poesia" Onde histórias criam vida. Descubra agora