O Lugar Amaldiçoado: O prédio da rua 13

Capítulo II

Várias horas se passaram, e eles haviam adormecido, até que, lá para três horas da manhã, Júlia acordou, escutando alguém do lado de fora da sala, parecia ser o Mica, seu namorado, porém quando ela abre a porta, ela não vê ninguém, mas continua escutando a voz, só que agora estava mais distante.

Quanto mais ela se aproximava da voz, mais ela se afastava, e cada vez mais ela se aprofundava na empresa, até que de repente tudo fica escuro, apenas uma luz iluminando Júlia. E de repente, ela começa a ouvir passos ao seu redor, passos pesados, como um predador, rodeando sua presa, até que os passos para de rodea-la e avançam para cima dela, como se fossem ataca-la. Mas de repente, Rodrigo acorda Júlia, ela se assusta, dando um pulo da cadeira. Era apenas um sonho.

-O Mica já chegou? - Pergunta Júlia

-Ainda não, são duas horas da manhã. Eu só queria perguntar se você quer algo para comer. - Diz Rodrigo

-Não quero, obrigada.

-Eu quero! - Diz Lucas, acordando depois de ouvir sobre comida - Me traz um pacote de biscoito.

-Por que você não vai pegar? - Diz Júlia

-Se ele tá se oferecendo para ir pegar, quem sou eu para recusar, né? - Ele responde, quase rindo

-Ta bom folgado! E vocês duas? - Rodrigo aponta para Cláudia e Silvia, que estavam fumando no canto da sala, em baixo de uma placa "Proibido Fumar" - Vão querer alguma coisa?

-Eu quero só um refrigerante. - Diz Silvia

-Tem algum lanche lá? - Pergunta Cláudia

-Não tem lanche pronto, mas tem vários ingredientes para fazer um lá.

-Então eu vou com você.

Então Rodrigo e Cláudia vão para cozinha pegar algumas coisas para comer, enquanto Lucas, Silvia e Júlia ficam esperando eles voltarem.

-Alguém quer jogar poker? - Pergunta Lucas

-Com que baralho? E o que vamos apostar? - Diz Júlia

-Eu tenho um baralho na bolsa! E podemos apostar os lanchinhos que eles vão trazer. - Lucas responde

-Mas aí não vale! Eu não vou ter nada para apostar!

-Eu divido o pacote de biscoitos com você.

-Bom, eu aceito. - Diz Silvia

-Ok eu concordo também. - Fala Júlia

-Então, querem começar agora ou querem esperar eles chegarem? - Pergunta Lucas

-Acho melhor esperarmos, quero que eles vejam você perdendo todos os seus biscoitos! - Diz Júlia, dando risadas

-Haha, engraçadinha.

Depois da conversa, Lucas começou a procurar sua mochila, enquanto Júlia analisava a sala, até perceber que na sala, tem uma máquina de salgadinhos.

-Silvia, tem uma moeda?

-Não, por quê?

-Fiquei com vontade de comer um salgadinho.

-Eu tenho uma, só que eu esqueci onde eu deixei a mochila. - Fala Lucas - Me ajuda a procurar.

-Você tinha deixado em cima da cadeira. - Diz Sivia

-Pois é, mas ela não tá aqui.

-Talvez esteja lá fora. - Diz Júlia

-Não tá lá fora, eu acabei de olhar.

Enquanto eles procuravam pela mochila em algum lugar da sala, Rodrigo e Cláudia chegam da cozinha, com uma bolsa cheia de lanches que pareciam ser deliciosos.

-Ei! Essa é a minha bolsa! - Lucas fala

-Claro que é, você achou mesmo que eu ia trazer tudo na mão? - Diz Rodrigo

-Eu espero que não tenho molhado meu baralho! - Diz Lucas, um pouco bravo

Eles começam a comer, jogam um pouco, mas no meio do jogo, Júlia escuta mais uma vez a voz de Mica, mas depois do que ela passou no sonho dela, ela simplesmente ignora, até que a voz fica mais alta e começa a chamar pelo nome dela, até que ela fecha os olhos e abre-os novamente.

E quando ela abre os olhos, ela está em algum lugar em chamas, mas ela não estava sentindo calor ou se queimando, mesmo ela estando no meio do fogo, e ao longe ela vê três meninos, um deles completamente queimado, indo em sua direção, e os outros dois indo para uma porta, e daquela porta vinha uma luz.

Quando o menino que está queimado chega até ela, ela reconhece que este era seu irmão Max, que foi passar as férias com seus amigos. Naquele momento, ela entra em choque e começa a tremer. Por um momento, ela pensou que aquilo poderia ser um pesadelo, porém ela não conseguia acordar, aquilo parecia ser muito real, era como se ela estivesse vendo a morte de seu irmão bem na frente dela.

Até que Júlia ouve alguém gritando seu nome, e de repente, ela percebe que ela estava presa em um pensamento muito ruim, mas mesmo assim, aquilo parecia real, tão real que ela continuou paralisada e começou a chorar.

-Por que você tá chorando Júlia? - Todos perguntam

Ela explica o que ela acabou de ver, e todos ficam chocados, mas pensam que ela só estava vendo coisas porque está cansada, então falam para ela descansar. Mas Júlia não conseguia descansar depois de ver seu irmão todo desfigurado e queimado por conta das chamas. Ela ficou tentando dormir e relaxar, até que ouve-se um barulho de máquina, vindo de fora da sala.

-Tem mais alguém aqui na empresa? - Pergunta Lucas, levemente assutado

-E se for aquele cara que destrancou a porta para nós entrarmos? - Diz Silvia

-Se for ele, vamos procurá-lo e pegar a chave para sair daqui. - Fala Rodrigo

Então eles param de jogar, arrumam suas coisas e saem em direção à sala de máquinas para ver se encontram alguém. Eles vão vagando pelo andar até que encontram a origem do som e entram na sala de máquinas, e aparentemente, todas as máquinas estavam ligadas, o que fazia um barulho muito alto quando se estava na sala.

Eles começam a procurar alguma coisa pela sala, até que Rodrigo encontra um bilhete, escrito a lápis, preso na parede escrito " Encontre o segundo papel no segundo andar, e rápido, pois o relógio já está contando, e o tempo de vocês está acabando. Ass:5 ;)"

-Como assim o nosso tempo está acabando? - Pergunta Júlia

No momento em que Júlia faz a pergunta, misteriosamente a blusa de Silvia se prende em uma das engrenagens das máquinas, e ela começa a ser puxada direção às engrenagens. Rapidamente Lucas corre para desligar as máquinas, salvando Silvia que já estava quase sendo amassada por uma engrenagem.

Então eles partem rápido para o elevador, para irem em direção ao segundo andar.