Capítulo IV

7 0 1
                                    

Eles foram seguindo a trilha de sangue, até chegarem no último andar, um andar que dava uma vista de toda a cidade, com todas as luzes acesas.

Júlia ficou olhando para aquela vista, refletindo sobre o que estava acontecendo, e percebendo que nada daquilo fazia sentido, ela começou a se perguntar se aquilo era tudo coisa da cabeça dela, e se ela estava vivendo um pesadelo.

Enquanto isso, Rodrigo continuou seguindo o sangue, até se deparar com uma porta trancada, era a sala do chefe.

-Lucas, você sabe se o chefe tem alguma chave extra da sala dele? - Rodrigo pergunta

-Não sei. Acho que não. - Responde Lucas

-Ótimo! Agora a gente tem que dar um jeito de abrir a porta. Alguma ideia Cláudia?

-Nenhuma. E você Júlia? - Cláudia diz

Júlia não presta muita atenção no que Cláudia diz, e continua a pensar sobre várias coisas.

-Júlia! - Lucas fala

Ela se assusta e volta com a atenção para o que eles estão fazendo.

-Oi! O que foi Lucas? - Ela pergunta

-Tem alguma ideia de como a gente pode abrir a porta?

-Por que não tenta abrir no chute? - Ela sugere

Rodrigo tenta dar um chute na porta, mas não acontece nada, ele só machuca o pé.

-Ai! Não deu certo! Outra ideia? - Rodrigo fala

Júlia começa a olhar a sala e observa que tem um extintor de incêndio na parede, então ela decide tentar usar o extintor.

-Dá licença! - Júlia fala para Rodrigo

Júlia começa a bater no vidro da porta com o extintor, tentando quebrar. Depois de algumas tentativas, o vidro quebra e Júlia coloca o braço dentro para destrancar a porta.

Depois de destrancar a porta, Júlia abre a porta, e quando ela abre a porta, ela vê Silvia lá dentro, completamente machucada, sangrando e com um braço quebrado.

Lucas, preocupado, correu em direção à Silvia, ele tentou ajudá-la mas só estava piorando tudo.

-Lucas para! Por favor! - Disse Silvia - Você já não consegue fazer nada por mim.

-Calma, eu tô quase conseguindo!

-Lucas para! Você só vai fazer eu morrer mais rápido! - Diz Silvia, empurrando Lucas para trás - Toma, esse é o próximo bilhete! Vão logo antes que fiquem igual a mim.

-Vamos andando Lucas! Rápido! - Diz Cláudia

Com lágrimas nos olhos, Lucas sai da sala com uma enorme tristeza, Júlia pega o bilhete da mão de Lucas. O bilhete está um pouco sujo com o sangue de Silvia.

"É uma pena para vocês, hehehe, mas vocês ainda tem uma chance de sobreviver, vão para o terceiro andar, rápido, pois estão quase sem tempo. Ass: 8 °◇°"

Eles voltam a descer as escadas, em direção ao terceiro andar. Lucas vai descendo abalado, Cláudia tenta conforta-lo mas ele não escuta.

Chegando no terceiro andar, eles veem várias coisas escritas nas paredes, várias palavras sem sentido. Júlia tenta achar alguma pista sobre o bilhete em meio às palavras, mas é difícil achar alguma coisa com tanta coisa escrita.

Eles começam a olhar o andar inteiro, mas não conseguem achar nada, eles ficam vários minutos procurando alguma coisa que desse uma dica do andar que eles deveriam ir, até que eles se reúnem, para tentar juntar tudo que eles têm, mas Lucas percebe que agora, Rodrigo não estava entre eles.

Então, eles procuram Rodrigo por todo o andar, mas não o encontram. Até que Júlia percebe que há várias rachaduras no chão, indo em direção à porta que leva para as escadas. Ao chegar perto da porta, Júlia percebe que há algo gravado na porta.

"Este é o penúltimo bilhete, nosso joguinho está quase acabando. Vocês já perderam dois, e perderam mais se continuarem esgotando o nosso tempo! Vão para o quinto andar, agora! Ass: 1, 8 e 13 >:( "

Júlia chama todos para subirem a escada novamente, Lucas vai na frente, seguido por Cláudia e Júlia. Porém antes de Júlia deixar o andar, ela começa a ouvir uma voz. Uma voz que, ao longe, não parecia familiar, mas então Júlia volta para o andar, e começa a procurar pela voz.

Ela vai chegando cada vez mais perto da voz, até que ela vê seu irmão e ela mesma, brincando de pega-pega. Por um momento ela se emociona, mas logo ela vê sua mãe, brigando com os dois por algum motivo. De repente, aquela visão se torna uma visão horrível, seu irmão e sua mãe estavam mortos no chão, e ela estava com sua roupa suja de sangue e com uma faca na mão. O seu olhar era como um olhar de satisfação, como se aquilo fosse algo bom. De repente, a sua eu começa a olhar para ela, como se percebesse que ela estava ali olhando, então Júlia começa a ser perseguido pela própria visão, ela corre muito, até chegar na porta das escadas.

Após aquele momento levemente assustador, Júlia sobe a escada correndo, e tenta alcançar Lucas e Cláudia. Mas ao chegar no andar, ela não vê nenhum dos dois, e não ouve nada, além  de passos, passos andando ao seu redor, e esses passos pareciam familiares, era como se ela já tivesse ouvido aquilo. Até que alguém ou alguma coisa chega por trás dela, e acerta Júlia na cabeça e Júlia apaga.

O Lugar Amaldiçoado: O prédio da rua 13Onde histórias criam vida. Descubra agora