Capítulo I

21 0 0
                                    

Depois de tudo o que aconteceu na minha cidade, vários investigadores vieram para cá, a cidade se tornou um ponto turístico, e eu não sei se devemos agradecer aos "demônios" que fizeram com que a cidade se tornasse um caos. Primeiro, o antigo prédio pegou fogo, logo depois, houve assassinatos em uma mansão perto da entrada da cidade, e ainda aconteceu um suicídio e um genocídio em uma festa de aniversário.

Mas tem uma história que não foi contada ainda, a história da origem dessas entidades, e eu vou contar essa história para vocês.

Bom, tudo começou quando uma empresa decidiu abrir uma filial aqui na cidade. Isso até que seria muito bom para nossa cidade, pois assim muitos desempregados conseguiriam emprego, porém, eles decidiram construir o prédio em uma parte da cidade que era protegida por nativos que viviam na região antes da construção da cidade, e a anciã daquele povo tentou alertá-los sobre a terra na qual eles iriam construir, mas os donos da empresa não deram ouvidos.

Então começaram a construção do prédio, e durante a construção muitos trabalhadores se acidentaram, e muitos deles morreram, os que ainda podiam aproveitar a vida diziam que aquilo era uma punição para os donos, que violaram aquele solo sagrado.

Quando acabou a construção, o prefeito fez uma rua que interligava o prédio com o resto da cidade, e colocou o nome daquela rua de Rua 13. Ninguém sabe o porquê, mas ignoraram isso.

Alguns dias depois, a empresa abriu e as pessoas que não tinham emprego foram fazer uma entrevista para trabalhar. Passou o dia, e muitas pessoas conseguiram emprego, algumas continuaram sem. No dia seguinte, os novos trabalhadores foram começar o trabalho.

No fim do dia, eles voltaram para casa, porém, não foram todos que foram trabalhar que retornaram para casa. As mulheres de alguns trabalhadores acharam estranho que seus maridos ainda não haviam voltado, por um momento elas pensaram que eles poderiam estar em algum bar perto da empresa e saíram para procurá-los. No meio do caminho elas se encontraram e começaram a procurar juntas.

Passaram pelos bares mais perto da empresa e nada, começaram então a procurar nos demais bares da cidade e não estavam encontrando nenhum de seus maridos.

Foi quando uma delas disse:

-Devem estar fazendo hora extra!

-Mas um ou outro deveria ter avisado que ficaria até tarde - Todas as outras disseram

-É apenas uma suposição. Eu vou até a empresa ver se encontro eles lá.

-Você não vai sozinha! - Disse Cláudia - Se meu marido estiver lá, quero dar uma bela bronca nele por não me avisar nada!

-Tudo bem então, vamos logo, está ficando muito tarde.

E foram as duas seguindo pela rua 13, até que chegaram na porta da empresa e ouviram um grito de uma das mulheres que ficaram para trás pedindo para que elas esperassem.

-O que foi Silvia? - Pergunta Júlia

-Eu vou junto com vocês,pois tenho algo para falar com meu marido.

-Tudo bem, vamos entrar

Elas foram até a porta, tentaram abri-la mas, estranhamente, a porta estava trancada. No momento em que mexeram na porta, começaram a ouvir vozes vindas de dentro da empresa, então bateram na porta, e num instante ouve -se o  barulho da porta destrancando e as vozes de repente se calam.

Elas, com um tom de dúvida, abrem a porta e não veem ninguém na entrada, elas ficam um pouco assustadas pois estavam ouvindo várias vozes pouco antes de abrirem a porta.

Então elas vão caminhando pelo lugar, ouvindo seus passos ecoando nas paredes, e de repente, a porta se fecha com tudo, fazendo um barulho alto, e se tranca sozinha. Logo depois da batida da porta elas ouvem risadas vindo da sala de lazer dos funcionários.

Andando com muito medo, elas vão em direção às risadas, até chegarem na sala e se depararem com Rodrigo, marido da Cláudia, e Lucas, marido da Silvia, comendo bolinhos e conversando sobre algum assunto aleatório.

-O que você está fazendo aqui Rodrigo? - Pergunta Cláudia

-O que você está fazendo aqui. - Responde Rodrigo - Eu estou no meu horário de trabalho.

-Seu horário de trabalho? Já passou da meia noite!

-Já? Nossa, eu nem percebi.

-É claro que não! Fica perdendo tempo conversando sobre coisas idiotas! Anda, vamos embora!

-Cara? acho melhor você ir. - Diz Lucas, quase rindo - Ela tá muito brava com você

-Não é só ela que está brava aqui Lucas! - Diz Silvia - E você? O que está fazendo aqui?

-Eu me perdi no horário. - Responde ele, coçando a cabeça

-Vamos logo, estou ficando cansada.

Enquanto Rodrigo e Cláudia saem da sala, Lucas pega suas coisas e sai da sala com Silvia.

-Ei, Lucas! - Grita Júlia

-O que foi Júlia?

-Você viu o Mica? - Pergunta ela, preocupada

-A última vez que eu o vi, ele tinha ido com o chefe resolver um assunto em outra cidade.

-Ata. Então acho que ele vai para casa assim que chegar aqui. Eu vou com vocês então.

Todos vão andando até a entrada, Rodrigo vai abrir a porta para eles, mas ele percebe que a porta está trancada.

-O que você tá esperando? - Pergunta Cláudia - Abre logo a porta!

- Ela tá trancada!

-Então pega a chave e abre!

-O único que tem a chave é o chefe e como ele... pera aí, como vocês três entraram?

-Quando a gente chegou a porta estava trancada, até que alguém destacou para gente! - Diz Silvia

-Então vamos falar com essa pessoa, para ela destrancar a porta para nós. Onde ele tá? - Diz Lucas

-Nós não sabemos, ele destrancou e deve ter corrido para algum lugar. - Diz Júlia

-Ta bom então, vamos procurar esse cara. - Fala Rodrigo

-Mas eu estou muito cansada amor. - Diz Cláudia

-Eu também, passei o dia todo lavando o quintal. Preciso descansar um pouco. - Diz Júlia

-Ok então, vamos para sala de lazer, a gente dorme lá até o chefe chegar com o Mica, aí depois disso vocês vão embora.

-Por mim tudo bem! - Fala Silvia

-Concordo. - Diz Cláudia

Todos concordam com a ideia, então voltam para a sala de lazer e ficam lá até o amanhecer.

O Lugar Amaldiçoado: O prédio da rua 13Onde histórias criam vida. Descubra agora