16. PERDÃO

493 46 48
                                    

Todos ficaram apreensivos aguardando notícias, e para a surpresa de todos o pai de Felipe apareceu correndo pelo hospital.

- Meu filho, cadê filho? - O homem gritava com uma expressão angustiada.

Ao ver que todos estavam abalados e chorando, ele se desesperou.

- Anelise, como está o meu filho? O que aconteceu? Eu vim assim que soube!

Anelise ignorou e Cristiano se exaltou.

- Filho? Agora você lembrou que tem um filho?

- Cala a boca moleque! Isso não diz respeito a você! - O pai de Felipe esbravejou.

- Não, eu era um moleque na última vez que você me viu, por sinal o seu filho também era! Agora eu sou homem, e de homem pra homem eu estou louco pra arrebentar a sua cara!

- Cristiano! - Rafael o repreendeu.

- Não vale a pena filho! - Anelise interferiu.

- Você deveria dar mais educação pro seu filho! - O pai de Felipe resmungou.

- Igual você deu pros seus? Meu filho está certíssimo, você é um babaca! Você saberia como está o Felipe se procurasse ele! - Ela disparou.

- Ele não fala comigo, nunca quis falar! Ele me culpa pela morte da mãe! - Seu tom agora era melancólico.

- Por que você é o culpado!!! - Anelise se alterou. - Você é o culpado pela morte da minha irmã e pra nós você morreu com ela, Felipe não precisa de você!

- Minha filha me ligou, ela disse que ele sofreu um acidente, que estava mal! Eu tenho o direito de saber notícias dele!

- Se acalmem! - Clarisse interferiu. - Felipe estava consciente, mas passou mal e os médicos estão com ele, não temos notícias!

Jhenny observava a discussão toda em choque, ela encarou o pai de Felipe com uma expressão raivosa. O homem se afastou nervoso, até que um médico apareceu dando notícias, e todos se calaram por um momento para escutar atentos.

- Vocês são da família de Felipe Schneider? - O médico perguntou.

- Eu! Eu sou o pai!

- É merda nenhuma! - Anelise o cortou. - Somos nós, doutor, pode falar!

O médico olhou para os dois, assustado.

- Bom, as notícias não são boas, Felipe teve uma hemorragia interna, a costela fraturada atingiu o pulmão e ele precisou de uma transfusão e uma cirurgia de emergência, e agora está entubado devido a dificuldade respiratória.

- Ele está em coma? - Jhenny perguntou apavorada.

- Não, apenas sedado, mas logo deve recobrar a consciência. Aconselho que evitem qualquer tipo de estresse ao paciente, percebi que os ânimos por aqui estão exaltados. - O médico alertou.

- Eu posso ver meu filho? - O pai de Felipe questionou.

- O senhor não ouviu o que o médico acabou de dizer? Quer matar o Felipe de vez? - Jhenny se intrometeu.

- Quem é você por um acaso?

- Não é da sua conta! - Ela disse furiosa.

- Jhenny, não discute com esse idiota, vamos! - Cristiano a puxou.

- Eu não sou obrigado a admitir tamanha falta de respeito! - O homem resmungou.

- Ninguém aqui é obrigado a olhar pra sua cara, Roberto! - Anelise argumentou.

O destino dita as regras II - Dois coraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora