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Te amo: Um sentimento tão intenso que é capaz de unir duas pessoas sob quaisquer circunstâncias, mesmo diante das maiores dificuldades e provações.

Carol.

A madrugada fria me fez acordar, na verdade eu tinha saído de um sonho horrível, onde eu tinha que escolher entre Day e Bárbara.

Por mais que quisesse os braços da morena eu não conseguia alcançar, eu corria mas no mesmo tempo  estava parada, ela estava tão mais distante, e quanto mais distante, mais doía meu peito.

Olhei pro lado e encontrei Day dormindo, suas costas estavam nua, oh Deus eu amo ela, porque é tão difícil dela me amar também.
Essa vontade de ter ela pra mim só aumenta cada vez que a vejo, as vezes dói meu peito, dói amar essa mulher, queria poder me entregar por inteira sem me importar que tem outra me esperando.

Olhei para meu dedo, lá estava meu anel, aquilo significa que eu era casada, mas não amada, não me sinto mais amada por aquela que está em minha casa.

Quem eu quero que me ame, também não me ama.

Resumindo, ninguém me ama nessa porra!

Não existe amor da parte de nenhuma delas, o que estou fazendo da minha vida, me apaixonando por uma mulher que quer só sexo comigo.
Eu sou a quem mais sai perdendo em ambas história, dou risada porque me vejo tão fudida.

Me levanto devagar para não acordar Day, pego uma camisa e visto, me vejo tão perdida, num caminho escuro e sem saída.

Desço para o andar de baixo, estava caçando onde ficava a adega de Day, peguei uma garrafa de Jack Daniels pela metade já, Dayane sempre com um bom gosto.

Sigo até a sacada, me encosto na barra de ferro e fico ali apreciando o líquido, a cidade nunca dorme não é mesmo, consigo ver algumas luzes.
Viro mais pouco do líquido, viro mais uma vez, e mais uma sem parar, eu quero que isso suma, tudo isso.

Dayane.

Bárbara.

Essa porra de casamento.

Essa droga de amor.

Tudo, quero que suma, essa dor de querer alguém. Levei a boca da garrafa até meu lábios já inchados e bebo, o líquido vai queimando minha garganta, mas aquela sensação parecia se acostumar, meu corpo começou ir pra trás por conta da minha embriaguez.

Então foi quando eu caí, na piscina de Day, me vi afundando, e a sensação era boa, a lua que estava no céu eu podia vê-la, não perfeitamente e sim borrada.

Meus pensamentos estavam vazios, mas ao mesmo tempo cheios, cheio de solidão, amor não recíproco, eu estava me odiando, então pra que voltar para a superfície.

Eu não queria voltar para lá, a sensação de estar me afundando me deixava cada vez mais leve, deixei que aquilo me levasse, meus olhos se fecharam.

Nada mais naquele momento fazia sentido.

Nada me impediria de querer voltar, aliás o que eu tenho a perder?

Um som da água fez eu abrir olhos, por que Dayane estava ali? Não queria ela ali, me salvando.
Então eu não sabia de mais nada, pois apaguei e a escuro tomou conta por um segundo.

«««  »»»

Pois segundos depois eu estava numa maca, as luzes passavam tão rapidamente pelo meus olhos, eu não conseguia me certificar quem eram aquelas pessoas do meu lado, eram umas três com máscaras e roupas azuis e branca, um deles falavam comigo, eu não conseguia entender nada, eu tinha uma máscara de respiração no rosto, meu corpo todo doía, ele estava dormente, minha cabeça rodava.

Idas e Vindas  • Dayrol • 1 Temp.Onde histórias criam vida. Descubra agora