Capítulo 8 - Um beijo?

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• Sina Deinert •

Cheguei a conclusão que o Noah é bipolar. Não é possível alguém mudar da água pro vinho em apenas um dia. Preferi não dar muita ideia porque o cara idiota poderia voltar a qualquer momento e eu não queria me estressar hoje. Quando me aproximei das meninas logo a Sabina veio pra perto de mim.

- O que o Noah queria? - ela falou praticamente gritando, por conta da música e por estar um pouco alterada.

- Nada, apenas se apresentar.

- Acho que ele tá afim de você. - quando ela falou isso eu gelei, não seria possível isso, interessado em mim? Nunca.

- Claro que não! - ri sem graça.

- Acredite, tá sim! Mas ele não é de se apegar, então cuidado! - ela disse seria e saiu, me deixando com meus pensamentos.

Por que diabos isso tá martelando minha cabeça? nem quero ficar com ele. Ou quero? Não, não quero. Decidi ir dançar com Any novamente, eu percebia os olhares de Noah em mim as vezes, mas tentava ignorar ao máximo. Porém, não posso negar que ele é muito lindo, a forma que ele molhava os lábios com a língua me deixava completamente tentada de ir lá e beijar ele. Eu precisava ir embora antes de cair na tentação.

- Heyoon, acho que já vou embora. - disse me aproximando dela e de Lamar.

- Por que Si? Está cedo.

- É menina, fica aí.

- Não da gente, eu realmente preciso ir.

- Tudo bem, a gente te leva. - a coreana diz.

- Não, que isso! Não precisam se preocupar, eu pego um Uber. - Lamar ia questionar - Sério gente, não se preocupem!

- Ok, ok. Teimosa você em! - Heyoon diz me abraçando, rimos. - Me manda uma mensagem quando chegar!

- Tudo bem! - me despedi deles e das meninas.

Estava parada em frente a boate, esperando aparecer algum motorista no aplicativo quando ouço passos atrás de mim.

- Já está indo embora? - aquela voz, aquela maldita voz rouca. Me virei para ele.

- Sim, tenho aula amanhã cedo.

- Metade das pessoas que estão lá dentro também. - e o que eu tenho a ver com isso? Pensei mas não falei.

- Realmente preciso ir! - sorrio forçado.

- Eu te levo! - ele diz tirando as chaves do bolso e me mostrando.

- Não, não precisa! - digo olhando o aplicativo novamente e droga, ninguém tá trabalhando hoje?

- Eu não perguntei se precisava, estou afirmando que vou te levar! - ele disse se aproximando, soltei uma risada anasalada.

- Você se acha né garoto? Eu já disse que não quero carona. - ele me segurou pela cintura, me encostando no carro, eu não tinha forças para sair, pois no mesmo instante me vi desejando aquilo.

- Tu é bem bravinha né? - ele disse bem próximo do meu ouvido - São as que eu mais gosto de domar. - ele sorriu e mordeu o lóbulo da minha orelha me fazendo arrepiar. - Quando eu desejo uma coisa, ela tem que acontecer. - ele aproximou mais nossos corpos. Ali eu já não tinha mais controle dos meus atos.

Levei uma de minhas mãos para a sua nuca e o puxei para um beijo, sua língua logo pediu passagem para entrar na minha boca, eu nem sabia que precisava desse beijo, nossas línguas estavam em perfeita harmonia.

- Ta vendo! Te desejei e essa noite você será minha. - ele disse surrando bem próximo a minha boca, voltando a ataca-la novamente, abri o olho durante o beijo e vi que o motorista havia chegado, sorri entre o beijo, cortando-o.

- Acontece que eu não sou de ninguém, Noah! - empurrei ele com uma certa força e corri para o carro, abri a porta e antes de entrar, pisquei e mandei um beijo pra ele antes de entrar no carro. Pude ver sangue nos olhos dele de tanta raiva. Realmente eu não sabia onde estava me metendo, mas se brinco com fogo é porque não tenho medo de me queimar.

• Pov Noah •

Se antes eu tinha raiva dessa menina, agora eu tenho o triplo. Eu podia jurar que ela estava na minha, não é possível, ela se entregou completamente naquele beijo ou eu sou burro demais. Mas devo confessar que a filha da puta beija bem. Sina, Sina, me aguarde.
Voltei pra boate e chamei uma das garotas que trabalha aqui.

- Venha, você vai me servir agora!

Acordei no outro dia com minha cabeça explodindo de dor, estava jogado na cama apenas de cueca, nem me lembro como vim para casa. Última recordação que tenho é daquela infeliz me deixando sozinho com cara de tacho em frente a boate. Escuto a porta abrir e me viro para a mesma.

- Acordou bela adormecida? - Josh disse adentrando o quarto.

- Você que me trouxe para casa? - digo me sentando na cama e espreguiçando o corpo.

- Sim. Você estava muito bêbado, te encontrei jogado no escritório depois de ter fodido com a vadiazinha lá.

- Eu nem me lembro de nada.

- A loirinha te deu um fora né? - ele segurou a risada.

- Como você sabe disso?

- Eu vi quando você saiu atrás dela e depois você voltou cuspindo fogo. - ele se jogou na minha cama.

- Eu beijei ela. Quando a coisa tava ficando boa ela me empurrou e entrou no Uber, me deixando lá sozinho. - Josh começou a rir.

- Esquece Urrea, você não vai transar com ela! E outra, ela nem é tão interessante, pra que tá perdendo seu tempo?

- Virou uma questão de honra! - encaro ele.
- Boa sorte nas tentativas então, porque você vai precisar amigão.

- Ela ainda vai ser minha e depois, eu a chuto. - me levanto e caminho em direção ao banheiro - Pode anotar aí!

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Finalmente o beijo saiu né?! HAHAHHA
🦊
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THIS LOVE | ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora