Capítulo 29 - Concentra, Sina. [ parte 2 ]

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• Noah Urrea •

Essa forma que a Sina me contrariava era a parte que mais me irritava nela, talvez seja por se parecer muito comigo. Quando ela decide fazer uma coisa, não há nada que a faça mudar de ideia. Depois que fui para a salinha de computadores, pensei muito a respeito e se ela quer fazer isso, tudo bem. Hoje levaria ela a uma cabana que eu ia quando criança, mas não contava que ela fosse aceitar participar do nosso esquema e então tive que mudar meus planos.

- Essa mordida vai ficar roxo depois. - ela diz assim que a coloco no chão.

- Marca de amor. - pisco pra ela.

- Marca de loucura. - sorrio e abro a porta para ela. - Meu Deus, você está com febre? - ela coloca a costa da mão em minha testa - Abrindo a porta do carro pra mim.

- Tá vendo porquê eu não faço essas coisas. - reviro os olhos e fecho a porta - Abre sozinha agora.

- Nossa você é um grosso mesmo, estava apenas brincando. - ela fala brava e entra no carro batendo a porta em seguida, aquilo doeu no meu coração, meu carro preferido.

- Você não está com créditos para brincadeira. - falo ríspido e coloco o cinto, dando partida no carro.

- Eu quero ir para a minha casa.

- Não, você vai onde eu quiser.

- Não vou descer então.

- Tá bom.

- Onde vamos? - ela pergunta depois de um tempo em silêncio.

- Eu ia te levar em um lugar especial para mim, mas como você aceitou participar do nosso plano, preciso te levar em outro.

- Que outro?

- Chega de perguntas, caralho. - grito.

- Eu odeio você. - ela diz cruzando os braços.

- Você está parecendo uma criança birrenta. - tento pegar no cabelo dela, mas ela afasta com a mão me tirando uma risada.

- Antes isso do que um ogro.

- Então vamos repetir a história do Shrek? Onde a princesa se apaixona pelo ogro? - pergunto e olho rápido pra ela, sorrindo de canto.

- No caso eu sou o burro né? Porque pra se apaixonar por você só sendo muito burra mesmo.

- Tá, isso me ofendeu! - acelero mais o carro ao perceber que estava perto do local, entro na estrada de chão.

- Foda-se! - fala tornando seu olhar para frente - Onde estamos indo? Eu quero ir pra casa, Noah!

- Cala a boca, Deinert.

Paro o carro bruscamente, desligando-o em seguida, tiro o cinto e abro um compartimento em baixo do banco de motorista, pego a arma, verifico se está carregada. Percebo o olhar de Sina em mim.

- Vamos, desce! - olho pra ela.

- O que é isso, Noah? - ela pergunta assustada - pra que essa arma?

- Sem perguntas, desce! - encaro ela.

- Você tá lembrado que nossos amigos sabe que estamos juntos né? - ela fala rápido, embolando um pouco as palavras.

- Desce, caralho! - grito, fazendo-a tremer de susto, ela tira o cinto e desce do carro.

- Eu não acredito que você vai me matar, sério! - ela já estava chorando nesse momento.

- Você não me conhece de verdade, Deinert. - uso meu tom mais frio - Ninguém conhece!

- Noah e nossos momentos, você jurava me amar. Não faz isso, por favor.

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