Em letras tortas e adoráveis, Beomgyu escreveu sua pequena lista de desejos:
1. Ganhar um beijinho de Taehyun.
2. Fazer com que Yeonjun hyung me dê um doce.
3. Dizer a Kai que ele fica adorável quando usa azul.
4. Pedir a Soobin hyung que leia para mim.
E por último, e tão importante quanto:
5. Pedir a mamãe que faça um piquenique para que eu possa chamar meus amigos.
Decerto que haviam alguns erros óbvios — tanto nas palavras quanto na caligrafia — mas Beomgyu se orgulhou bastante de sua pequena lista de desejos.
Tendo seus exato sete anos de idade — uma idade e tanto, dizia sua prima mais velha quando ela o visitava — o garotinho ainda estava aprendendo a escrever, sendo ajudado por sua prima vez ou outra, a mesma sorrindo quando ele acertava a palavra.
— Noona — chama o Choi, encarando a prima mais velha que hoje estava em sua residência. Ela deixa o celular de lado, indicando para que o menino se sente ao seu lado no sofá e diga o que deseja. — Pode me levar na casa do Tae?
— Claro, bebê. Deixe eu só falar com sua mãe e já vamos.
Ao ver de Beomgyu, seu amigo, Taehyun, possuía adoráveis bochechas e um rostinho de bebê, era engraçado. Sua risada o fazia rir todas as vezes, e o seu jeitinho atencioso o acalmava bastante quando, por exemplo, machucava o joelho.
— Então faremos um piquenique? Que legal! — exclama o Kang, sorrindo amplamente. Era visível a ausência de um dos dentes, e o mesmo abraça Beomgyu, deixando um rápido beijo em sua bochecha. — Obrigado, hyung.
No dia seguinte, Beomgyu escutou a voz de Yeonjun pela casa, o mesmo alegando ter vindo buscar algo a pedido da mãe. O mais novo rapidamente sai de seu quarto, correndo até Yeonjun e o abraça, sendo o outro um pouco mais alto.
— O hyung vai ficar aqui hoje? — perguntou totalmente animado. Yeonjun bagunça os fios castanhos do mais novo, dizendo:
— Hoje não dá, pequeno, me desculpe. Mas prometo que essa semana eu venho passar a tarde com você, está bem? — concordou, porque bem sabia que Yeonjun sempre cumpria suas promessas. Beomgyu observa o mais velho remexer no bolso do casaco, deixando um pirulito em suas mãos. — É seu sabor favorito, comprei pensando em você.
— Obrigado, hyung! — e dito isso, abraçou apertado o outro.
Sua mãe avisou que iriam na casa dos pais de Kai ainda naquela tarde, dizendo se tratar de roupas e afins. Não questionou, apenas aceitou sorridente.
— Eu ganhei um montão de livros, a mamãe tá me ajudando a ler eles. — comentou o pequeno Kai, mostrando todos os livros que tinha ganhado. Haviam figuras coloridas e palavras grandonas nestes, e Beomgyu os adorou bastante.
— Eles são tão lindos, Kai. Você tem um favorito?
Viu ele analisar os objetos, pegando um que continha um cachorrinho fofo na capa. Segundo sua mãe, era um conto sobre um filhotinho que todos achavam estranho mas, então, uma menina o adota.
Escutou Kai ler da forma que sabia, apesar de só saber poucas palavras. Ele, então, vai contando a história a partir das imagens, e Beomgyu o encoraja a ir em frente. Em dado momento, o mais novo comenta sobre outro presente que ganhou dos pais: uma camiseta azulada com pequeninos desenhos espalhados nesta.
— Você tem coisas muito lindas, anjinho. — comenta sorridente, vendo-o sorrir também. Deitam-se na cama de Kai, encarando o teto cheio de estrelinhas brilhantes. — E azul combina com você.
Quando adoeceu, ainda naquela semana, recebeu a visita de Soobin. Ele trazia junto a si vários livros de contos, a maioria de fantasia e perguntou se poderia lê-los para o mais novo. Soojin rapidamente concorda, dizendo que prepararia algo para que ambos comessem.
— Você leria a pequena sereia pra mim, hyung? — questionou timidamente, temendo ser repreendido. Dentre os contos, havia este, embora Beomgyu não sabia se Soobin leria para si. Vê o outro sorrir, respondendo:
— Foi justamente por isso que o trouxe, saeng. Sei que é seu conto favorito, e não tem problema nenhum em lê-lo pra ti.
Soobin era o segundo mais velho dos amigos, sabia ler razoavelmente — igual Yeonjun — e sempre ganhava novas histórias dos demais. E amava mostrar aos amigos seus contos mais preferidos, e ler para Beomgyu, pois o garotinho amava esse tipo de coisa.
O final de semana chegou trazendo a melhora de Beomgyu, e, assim, ele poderia brincar com os demais e aproveitar da comida boa que a mãe fazia. Se sentaram sobre a toalha posta na parte de trás da casa, tentando controlar a respiração bagunçada e já se podiam ouvir as risadas misturadas.
Em um clique, a prima mais velha de Beomgyu tira uma foto, exibindo-a para a mãe do mesmo. Os cinco eram inseparáveis, se adorando por demais.
E no final, a lista de desejos de Choi Beomgyu se cumpriu.
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Wishlist.
Fiksi PenggemarE em uma pequena lista de desejos, Beomgyu deixou anotado tudo aquilo que mais queria.