Uma bela noite.

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Dirijo até o endereço que o Diego me passou, é um bairro conhecido e vou me guiando no GPS, chego numa casa bem bonita com uma piscina bem grande, mando uma mensagem pro Di avisando que estou na porta, não demora muito e ele já responde avisando que está saindo, abro a porta do carro e saio pra dar um abraço nele, afinal já tem tempo que a gente não se vê, quando percebo que ele está saindo pelo portão minha perna já começa a tremer só de lembrar dos orgasmos que eu tive com aquele garoto, e não sei como ele consegue ficar mais bonito do que antes. Ele vem na minha direção e me dá um abraço bem apertado daqueles de tirar os pés do chão, e ainda sussurra no meu ouvido:

- Que saudade que eu estava desse cheiro.

Na hora fico sem palavras, mas ele me solta do abraço e falo:

- Não achei que se lembrava do meu cheiro, faz tanto tempo.
- Alice, seu cheirinho é inesquecível, isso e outras coisas né.

Me acabo de rir, dou um tapinha nele e mando entrar no carro, no caminho ele vai me contando da vida dele e eu contando da minha, Diego me conta que passou numa universidade do Canadá e que vai se mudar pra lá no ano que vem, fico feliz por ele, afinal ele sempre quis morar fora do Brasil.
É incrível a conexão da gente, mesmo depois desse tempo todo temos uma intimidade incrível, lembro que em Nova York a gente era mais amigos do que amantes, o Diego era o tipo de pessoa que cuidava de mim mesmo se eu estivesse pegando outros caras, claro que a gente transava as vezes, mas era uma coisa bem carnal mesmo, depois de tudo a gente continuava amigos e se entendia muito bem.
Chegamos numa boate onde a Gabi disse que ia estar hoje, achei melhor levar ele num local mais alto astral e apresentar para os meus amigos, subo na direção do camarote que a gente sempre fica, logo avisto a Gabi e outros amigos, quando chego perto dela apresento o Diego a todos, e ela como sempre já vem me matar de vergonha e fala:

- Noooossa, esse é o amigo gato que você transava as vezes? Tô impressionada, escolha impecável. - Diego ri bastante e cumprimenta ela com um beijo no rosto e fala:
- É você é a amiga que não tem limites?
- Com certeza sou eu mesma. - responde Gabi com aquele jeitinho dela brincalhona.

A gente segue a noite se divertindo muito, bebe, dança, conversa, está sendo muito legal, confesso que até esqueci o Felipe por umas horas, mas como eu não tenho paz, adivinha quem eu vejo subindo o camarote e cumprimentando algumas pessoas? Quando ele me avista eu desvio o olhar dele e vou conversar com o Diego, como já bebi um pouco, não quero arriscar ir até ele e fazer alguma besteira, além do mais, estou muito bem acompanhada, então tento fingir que ele nem está ali, mas não adiantou muito, o dito cujo foi bem no camarote onde a gente estava, como todo mundo na cidade se conhece, lógico que ele ia conhecer alguns dos meus amigos, então ele chega e fala com o pessoal, mas acreditem se quiser, ele não me deu nem um oi.
Não sei se foi pelo fato de eu estar com o Diego, fiquei um pouco decepcionada, mas acho até melhor, talvez pudesse ser um pouco estranho. Sigo curtindo minha noite sem ver mais o Felipe, danço bastante com a Gabi e me divirto com o Diego, por incrível que pareça ainda não demos nem um beijo, mas ele sempre foi assim, respeita os limites na frente dos meus amigos, mas quando estamos sozinhos uma chama arde entre a gente. Quando já está perto das 3 da manhã eu chamo o Diego pra gente ir embora, procuro a Gabi pra ver se ela quer carona, mas ela já estava entrelaçada num moreno de 1,80 de altura, quando estamos saindo da boate avisto o Felipe num canto com uma ruiva bem bonitinha, eles estavam se beijando como se não houvesse ninguém olhando, mas tinham dezenas de pessoas ao redor, vejo que o olhar dele encontra o meu e confesso que por uns segundos não consegui deixar de olhar de volta, mas logo me recupero, pego na mão do Diego e puxo ele pra fora.
Pegamos meu carro, mas antes de começar a dirigir o Diego pega no meu pescoço e fala baixinho no meu ouvido:

- Essa é hora mais esperada da minha noite. - depois disso ele vai beijando minha nuca com aquela pegada maravilhosa que era impossível esquecer, quando eu me dou conta ele já está sugando meus lábios, sua língua com a minha, é um turbilhão de sensações, estou totalmente dominada, ele vai descendo a mão até o meu peito e aperta o meu mamilo, só aí eu me dou conta que ainda estamos estacionados no meio da rua. Desvencilho a minha boca da dele e peço um pouquinho de calma, ele entende, da uma risadinha, eu recupero o fôlego e seguimos caminho.
Quando chegamos na frente da casa da tia, ele me convida pra entrar, mas por mais que eu queira, acho melhor não, preciso pelo menos parecer uma boa menina pra tia dele né. Dou mais alguns beijos nele, rola umas mãos bobas, mas infelizmente foi só isso, ele sai do carro, se despede com um selinho e me olha com aquele olhar de menino levado que eu amo.
Volto pra casa me perguntando porque eu não transei com ele, afinal não seria a primeira vez, e fico me xingando no pensamento, mas sigo meu caminho, chego na minha casa e pasmem, adivinha quem está sentado numa moto na minha porta?

O Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora