O Melhor Amigo Do Meu Irmão

Um amigo do passado.

Para tudooooo, ainda estou tentando me recuperar desse choque de beleza, quem é esse garoto e como ele sabe o meu nome? Trato logo de perguntar:
- Quem é você e como sabe o meu nome?
- Ah desculpa você não deve estar me reconhecendo, afinal já tem um tempo que a gente não se vê.
- Calma ai, a gente se conhece?
( claro que não conheço, não deixaria esse Deus grego passar despercebido )
- Na verdade sim, você só não lembra, vou me apresentar devidamente, meu nome é Felipe Cavalcanti, tenho 20 anos e eu sou amigo do seu irmão desde bem pequeno, não lembra que a gente ficava aqui brincando de policia e ladrão no quintal? Geralmente eu era o ladrão e você era minha refém.

Claro que eu lembro dele, aquele menino franzino que não desgrudava do meu irmão, ele vivia aqui em casa, depois seus pais se mudaram e eu nunca mais ouvi falar dele, lembro que o meu irmão ficou bem triste. Ele mudou muuuito, se eu soubesse que ele ia ficar assim nunca tinha deixado ele escapar. Tratei logo de responde-lo:
- Felipe? Nossa, nunca que ia te reconhecer, você mudou pra caramba, fez plástica? Ele sorri (que sorriso é esse gente)
- Não, acho que o tempo foi legal comigo.
- Muito legal mesmo. Pensei alto que droga. Felipe ri e eu tento mudar de assunto.
- Então, veio ver o Vitor? Ele foi ali e já volta, entra ai e espera um pouco.
- Tudo bem.

Encaminho Felipe até a sala e ele senta, pergunto se ele quer alguma coisa e ele aceita água, vou na cozinha trago água pra ele e me sento no mesmo sofá que ele está mas não tão próximo. Iniciamos de novo uma conversa:
- E então porque voltou, e porque foi embora também né, eu nunca soube.
- O meu pai recebeu uma proposta de trabalho melhor em Portugal, tivemos que ir com ele, agora ele resolveu voltar, estava com saudade da terra natal, voltei tem uma semana mas não tinha arrumado tempo de vir .
- Entendi, e você gostou de voltar?
- Mais ou menos, eu tinha criado uma vida lá, mas aqui também tinha pessoas que eu queria rever, então não foi tão ruim assim.
- Legal, aqui mudou bastante coisa, menos os meus pais, eles continuam trabalhando muito, o Vitor criou uma banda, ele realizou o sonho de vocês de criança, lembro que você também queria isso.
- Nossa, o Vitor conseguiu mesmo, tô muito feliz por isso.
- O único problema é que a banda ainda não tem vocalista, eles estão esperando " a pessoa certa ".
Felipe ri bastante, por mim ouço essa risada o dia todo.
- Mas você não me falou nada da sua vida Alice, o que tem feito além de ficar tão linda?
Ele disse que eu sou linda, alguém me segura, vou agarrar esse garoto aqui e agora! não, calma Alice, se controla, respiro e respondo ele:
- Por enquanto não faço nada demais, terminei o ensino médio e tô aqui, estava pensando em fazer faculdade de moda, mas é só um pensamento mesmo.
- Você deveria mesmo, sempre gostou disso, aliás sempre se vestiu muito bem, dava até dicas pra mim e pro seu irmão, e pelo que estou vendo, o tempo só te aprimorou.

Confesso, agora fiquei sem graça, dei uma risadinha de leve e agradeci, Felipe levantou e se aproximou de mim, sentou bem do meu lado, nossa, que olhos lindo, fiquei muito nervosa, Felipe colocou a mão no meu rosto e falou:
- Nossa, desde a hora que você abriu a porta que quero chegar assim pertinho, sua boca é uma tentação Alice.

Geeeeente, tô tremendo, não consigo falar nada, logo eu que nunca me intimidei por ninguém, o que esse menino tá fazendo comigo? Olhei nos olhos dele e não resisti, tive que falar:
- Você tem olhos muito lindos.
- Os seus são mais lindo aindas e tô sentindo que eles querem a mesma coisa que eu.

Felipe me puxa e me dá um beijo, mas não é qualquer beijo, é o melhor beijo que dei na vida, ele segura na minha nuca e me puxa pra bem juntinho dele, nossas línguas dançam num ritmo descontrolado, se continuar assim, não respondo por mim.