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Eu não lembro exatamente como aconteceu, mas lembro de estar de mãos dadas com o meu chefe e nunca mais ver ela.
A menina dos cabelos de fogo, que acendia uma chama no meu coração sempre que me lembrava dela.
Era como se estivéssemos conectadas, e apesar de fazer 8 anos que nos vemos pela última vez, sei que ela vai estar me esperando.
- Chefe? Cadê você?- Chamo ele por todos os cômodos da grande caverna.
- Já estou indo!- Disse meu chefe.
- Não demora, quero ir o mais rápido que der.- Eu falo ansiosa dando pequenos pulinhos de êxtase.
Eu iria voltar a minha cidade Natal, onde encontraria meus pais, amigos e ela. A menina dos cabelos de fogo.
Meu chefe me trouxe para cá quando eu tinha 5 anos, ele sempre foi um pai para mim e eu sempre retribui seu carinho com amor.
- Pronta?- Perguntou ele me 'acordando'.
- Sim! Chefe, e se eles não se lembrarem de mim?- Eu pergunto simplista e o chefe me olha duvidoso.
- Por que eles não lembrariam? Tem como esquecer você?- Ele diz e depois ri me passando um pouco mais de confiança.
- É, acho que tem razão. Impossível esquecer de mim.- Falo rindo junto ao chefe.
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- Você tem que levá-la, não vou conseguir suportar ela do meu lado o dia inteiro.- Disse uma mulher loira e alta para o homem baixinho de cabelos morenos.
- Ela é nossa filha, eu não vou entregá-la nas mãos daquele macaco maluco.- Disse o homem baixinho com uma voz suave porém brava.
- Ela é fraca, uma verdadeira inútil! O macaco é meu amigo, e vai levar ela para experimentos você querendo ou não.- Ela sai da sala furiosa batendo seu saltos contra o chão fortemente.
...
Depois de me despedir da menina dos cabelos de fogo volto a segurar a mão do macaco ao meu lado.
O chefe me segurava pelas mãos enquanto explicava que os experimentos eram tipo uma forma de brincar.
- Sério? E aí eu vou nadar lá?- Ele concorda com a cabeça e d um sorriso.- Que legal, você vai fazer isso tudo pra mim mesmo?- Ainda com o sorriso em seu rosto, ele concorda novamente.- Você a partir de hoje vai ser meu melhor amigo.- Dou um sorriso para ele que paralisa e não diz nenhuma palavra no caminho.
