STRAWBERRY ❥︎ BTS

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Me sentia animada e genuinamente contente com a minha pequena horta. Havia plantado todas as frutas que conhecia, ao mesmo tempo para vê-las crescer em conjunto. O morangueiro havia sido a primeira, era o brotinho mais bonito que eu já tinha visto.

- Como isso tudo coube em uma varanda? - Yoongi perguntou, me fazendo dar de ombros e me sentar na cama. Sim, eu havia plantado tudo em meu quarto, em cima da mesa redonda que ficava na varanda de tamanho médio. - Por quê não no quintal?

Ri da indignação do mais velho. Yoongi era meu melhor amigo - dois anos mais velho que eu - desde que me mudei pra Daegu, quando era pequena. Havia nascido em Seoul mas me mudei pra Europa ainda bebê, graças ao trabalho dos meus pais. Apesar de toda essa confusão, me considerava coreana por ter nascido aqui, o que confundia muita gente por conta da cor da minha pele, da minha aparência ocidental e da minha descendência latinoamericana. Me sentia em casa em Daegu, meus pais eram conhecidos pelo bairro e por incrível que pareça, muito queridos.

- O sol é mais forte.

- O hyung iria gostar... - o ouvi murmurar e antes que eu questionasse de quem ele falava o mesmo se deitou na minha cama. - Você fica parecendo uma criança com essas trancinhas. - ouvi sua risada grossa acompanhada de seu sorriso gengival e revirei os olhos, sorrindo contagiada.

- Eu descobri que tem um morangueiro por aqui, me leva lá? - perguntei ansiosa, me levantando e indo atrás do meu celular, que estava na cômoda ao lado de Yoongi. O vi se sentar rapidamente e tossir um pouco.

- Por quê... Por quê a gente nao espera o seu crescer, uh? - senti seu braços rodearem minha cintura e me sentei em seu colo.

- Vai me levar ou não, Min?

Yoongi era o único homem com quem eu tinha toda essa intimidade. Aos 13 anos, tive meu primeiro beijo com ele, e aos 17, bom, o óbvio. Mas isso não nos tornou namorados, como naquele ditado, só fortaleceu a amizade.

O vi fechar os olhos e respirar fundo, apertando minha cintura.

- Pode ser semana que vem?

- Francamente. - me levantei e peguei meu celular, indo em direção a saída. - Eu vou sozinha.

- Espera, amor. Argh! - reclamou, se levantando e pegando meu pulso, me impedindo de sair. - Eu te levo.