Bakugou é um nórdico que sai no solstício de inverno para matar um urso branco, e assim passar pelo ritual. Porém o ego e desejo de vingança em seu coração o atrapalham e ele é quase morto pelo o urso, sendo salvo por um intrigante elfo de cabelos v...
Ain, obrigada pelo carinho ❤️✨ Fiquei toda happy de ver pessoainhas gostando e comentando na história, muito obrigada.
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Há dez meses, exatos dez meses, que o bendito loiro boca suja entrara em sua vida, embaralhando-a e trazendo sentimentos confusos para o ruivo. Bakugou era, sem dúvida, um ótimo ajudante da cidade. Não era preguiçoso, fazia na hora o que lhe pediam e sempre deixava impecável o trabalho - conferindo várias vezes antes de dar por finalizado. Eijirou até achava que isso não era normal. Era um perfeccionismo muito grande por parte do outro, porém, não iria reclamar, ele amava ficar olhando a cara concentrada e responsável que Katsuki fazia durante o conferimento.
E ainda tinha as horas que ele cochilava, com aquele rosto fechado e emburrado, de modo tão lindo e másculo, que Eijirou não sabia se preferia àquela expressão ou a de minutos depois, quando ele pegava no sono e começava a desfazer a cara de bravo, mantendo um semblante pacífico no rosto - como um bebê que cochila tranquilamente, e sonha coisas maravilhosas.
E naquele exato momento estavam assim, com Bakugou, 18 anos de idade, escorado no ombro do ruivo dormindo, o rosto calmo e, de certo modo, fofinho. Sorriu, e passou a mão na bochecha alheia, acariciando e vendo os lábios de Bakugou sorrirem levemente com o ato, o que fez Eijirou sorrir ainda mais, porém, de forma triste. Eijirou sabia que não podia esconder a verdade de si; a verdade, que realmente estava quebrado e estragado. Se não bastasse ser um elfo homem, fruto de um estrupo, ele também se atraía por outros machos, e estava perdidamente encantado pelo nórdico, e com a evolução dele ao passar do tempo.
Foi uma evolução de um passo de cada vez, degrau por degrau, mas valeu a pena.
Primeiro, Bakugou começou a escutar mais o ruivo, porém, somente ele, qualquer outro que viesse com lição de moral iria receber um belo "vai tomar no cu". Depois de aprender a ouvir mais as pessoas, ele até topou fazer meditação com Kirishima, para ser mais calmo, embora o ruivo desconfiasse que o loiro apenas cochilava ao invés de meditar. Bom, depois o loiro começou a ser menos grosseiro, resmungando mais ao invés de brigar com as pessoas. E agora, estavam na etapa mais difícil: abrir-se.
Bakugou parecia ter uma muralha em volta de si, sobre seus pensamentos e ideias, como se guardasse o pior segredo do mundo dentro de si, e Eijirou queria mostrá-lo que não havia problema nenhum em se expressar, chorar, desabafar e afins. Bakugou parecia carregar algo pesado, e Eijirou queria ajudá-lo a se livrar daquilo e se sentir leve.
- Você podia facilitar, não é? - questionou, passando o dedo na bochecha e lábios dele, acariciando enquanto o loiro resmungava. Talvez, estivesse fazendo cosquinhas.
O loiro se remexeu um pouco, abrindo os olhos devagar enquanto fitava o que estava em sua boca, e, em um ato repentino, arregalou os olhos e tascou uma mordida em dois dedos de Eijirou.
- KATSUKIIIII! - o ruivo gritou, choramingando ao segurar os dedos, murmurando pesadamente que Bakugou era malvado e que estava doendo.