Josh gostava de brincar no bosque perto de sua casa quando, por acaso, encontrou um menino de olhos verdes que amava flores.
Uma relação de amizade nasce naquele dia e cresce conforme o tempo passa. As vidas de Noah e Josh parecem estar entrelaçadas...
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- Um dia, uma de minhas irmãs chegou em casa como uma louca, correndo para dentro ofegante. Ela demorou alguns minutos para se recuperar e me dizer que havia visto o avô de vocês sair de uma joalheria famosa por fazer anéis de casamento. - A Beauchamp riu e olhou para o vazio, como se se lembrasse da cena. - Nem preciso dizer que entrei em colapso apenas com a ideia de que seria pedida em casamento e, na mesma tarde, quando ele me chamou para um passeio de bicicleta, eu tinha o "sim" engasgado em minha garganta, pronto para sair.
- O pedido foi como? - Noah não resistiu em perguntar, interrompendo a fala e corando violentamente ao ter o olhar da senhora sobre si. - Me desculpe.
- Não precisa pedir desculpas, meu querido menino de olhos verdes. - Ela disse, sorrindo de forma doce. - A verdade é que não houve pedido nenhum naquela tarde, nem em nenhuma tarde que se sucedera durante os meses seguintes. Fiquei devastada, imaginando se ele não tinha comprado uma joia para outra menina, se ele não pretendia pedir outra pessoa em casamento, se ele não me amava como eu o amava. Mas foi por causa dessa espera que descobrir que o amor é paciente. O amor não tem pressa, não se desgasta com o tempo, apenas se torna mais forte.
- Para entender o que ele estava fazendo, preciso que saibam que eu tinha um sonho desde criança: ter uma casa na árvore. Claro, eu sabia que o avô de vocês era marceneiro e que já tinha me ouvido falar sobre esse sonho tantas e tantas vezes, mas nunca imaginei que a espera de meses seria para isso. - Ela bebericou o chá novamente e Noah buscou o olhar de Josh.
Casa na árvore? Ela não poderia estar falando da casinha deles, podia? E foi quando a senhora ergueu o braço e apontou para os fundos da casa, em direção ao bosque que os garotos conheciam tão bem.
- Foram três meses de angústia até o avô de vocês vendar meus olhos e me conduzir pelas matas que rodeiam nosso bairro. E, ali estava, no centro de um descampado, montada no alto de uma grande árvore, minha sonhada casinha de madeira.
