☆DEGUSTAÇÃO!
" Até que a luz volte a aparecer"
Continuação da jornada indecisa da nossa guardiã da luz.
Em um mundo dominado por seres denominados Raça maior, com reis imortais governando o mesmo, uma jovem busca a paz não apenas para onde vive mas...
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Fico pensando nas palavras de Aaron por uns segundos, me sinto mal por mim mesma nesse momento.
-Kaya... - Aaron me chama pelo que parece não ser a primeira vez.
- Pensando bem você tem razão. - Ignoro seu chamado voltado a falar. - Ninguém nunca me pergunta nada, vai lá e faz e eu tenho que aceitar calada como a bela donzela indefesa que sou. Começando com essa porcaria de profecia ninguém nunca me perguntou se eu queria estar nela. - Falo meio irritada.
- O que você responderia se perguntassem sobre a profecia? - Aaron pergunta.
- Se me contassem tudo que iria acontecer eu acho que não aceitaria, mas se me perguntassem sem me contar nada eu acho que sim, eu aceitaria. Eu quase não tinha o que comer e era um saco ter que trabalhar com o governador Fúlvio, eu sempre odiei caçar, na verdade eu odiava ver a vida dos animais indo embora depois de serem tiradas por mim. - Respondo com sinceridade.
Aaron me abraça mas como sempre faço me afasto.
- Está tudo bem, já estou acostumada. - Digo começando a caminhar.
- Mas não deveria. - Ele diz me acompanhando pelo jardim.
- As escolhas nunca estiveram ao meu alcance, mesmo eu tentando com todas as minhas forças eu nunca consegui decidir nada em minha vida. - Falo melancólica.
Nos mantermos calados enquanto andamos até chegarmos em uma árvore enorme na entrada da floresta.
- Eu vou te ensinar a como se faz um portal, não é fácil mas sei que você aprende rápido. - Aaron fala.
- Obrigada. - Agradeço.
- O Thom veio com você e o restante dos rebeldes? - Pergunto.
- Sim ele deve estar com os outros na floresta mas virá até a mim amanhã em busca de notícia do que deve fazer, porque a pergunta? - Aaron questionou curioso.
- O que? Ele se tornou um bom amigo enquanto estive com você, não posso saber nada dele? - Pergunto.
Aaron morde o lábio inferior com cara de desaprovação, o que me faz rir.
- O que há de tão engraçado? - Ele pergunta.
- Nada, vamos já vai anoitecer. - Digo o puxando por onde viemos, antes darmos mais um paço Aaron segura meu pulso me puxando para si.
- Você acha o meu ciúme engraçado por que não leva a sério os meus sentimentos, Kaya... você não tem noção o quanto isso me dói. - Ele fala ainda me abraçando.
Sinto sua respiração irregular contra mim seu coração tão acelerado que acho que ele ira desmaiar a qualquer momento mas para minha surpresa minha voz sai firme ao falar. - Acho melhor você parar de sentir seja lá o que esteja sentindo Aaron, pois nunca poderei corresponder nem se eu quisesse. - Digo me afastando dele e voltando andar agora um pouco mais rápido.
