O príncipe amaldiçoado

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Antigamente, a Terra era coberta de florestas onde desde as mais remotas eras viviam os espíritos dos deuses.

 Antigamente, a Terra era coberta de florestas onde desde as mais remotas eras viviam os espíritos dos deuses

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Era uma manhã tranquila. Os raios de sol atravessavam de forma agradável as folhas das árvores, trazendo uma sensação de paz ao garoto dos cabelos amarelos que rondava a área, montado em seu antílope. Ele seguiu até o final da trilha de natureza até que alcançou o pequeno muro de pedras e pôde subir para um grande e verde gramado.

Mais à frente foi possível avistar um grupo de três garotas, cujas quais carregavam cestas em suas costas:

— Denki! — Uma delas, que possuía cabelos curtos e rosados, acenou enquanto chamava por seu nome, ele logo as alcançou.

— Estão voltando para a aldeia, meninas?

— Estamos! Mas você deveria tomar mais cuidado em suas voltas na floresta!

— Por que diz isso?

— Ouvimos rumores de que um demônio foi visto por perto!

— Isso realmente não é bom, vou tomar cuidado, mas vocês também!

— Pode deixar! — Ela concordou e as outras duas, uma de cabelos castanho curtos e outra com fios verdes e escuros, fizeram o mesmo com a cabeça.

— Além disso também vou falar com Sorahiko.

Kaminari continuou seu caminho em direção a uma alta torre de vigilância, feita de madeiras empilhadas e presas entre si. Após deixar seu animal parado em frente ao local, subiu as escadas que davam na área de vigia onde encontrou um senhor de baixa estatura com cabelos já grisalhos, estava sentado com as pernas cruzadas e encarando o horizonte:

— Senhor Sorahiko... — Chamou por ele.

O idoso moveu levemente a cabeça, mostrando que estava ciente de sua presença, porém permaneceu observando a floresta que estava logo à frente dos dois:

— Olhe com atenção...

O mais novo se aproximou da beirada e apertou seus olhos, buscando por qualquer coisa estranha vinda daquela direção, não demorou muito para achar uma movimentação diferente nas rochas dos muros. Eles esperaram pois não faziam ideia do que poderia ser, entretanto, em poucos segundos a mureta explodiu, liberando uma enorme fera feita de pequenas gosmas escurecidas que se arrastavam com rapidez. Por onde o monstro passava a vida morria, restando apenas a podridão natural. As gosmas se soltaram daquele corpo por um curto período de tempo, revelando um javali de tamanho gigante, em seguida se grudaram outra vez e trouxeram a ira novamente.

— Está vindo para cá! – Sorahiko exclamou.

— Yakul, rápido! — Se referia ao antílope. — Fuja daqui!

O pobre ser estava apavorado a ponto de paralisar completamente ao ver a criatura vindo até ele. O loiro não permitiria que fosse pego. Por isso pegou seu arco e uma flecha da bolsa de suas costas e atirou, acertando no pilar ao lado de Yakul e o trazendo de volta à realidade em tempo de sair correndo de lá. Ainda assim, a estrutura foi atingida com força e começava a tombar quando os dois se jogaram até uma das copas das árvores. Aquele senhor podia já ser de idade, no entanto isso não significava que lhe faltava agilidade.

Princesa MononokyoukaOnde histórias criam vida. Descubra agora