A princesa selvagem

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(Nota da autora: mais para frente haverá uma cena que terá essa música que anexei, quando a revisei, experimentei escutar a música ao mesmo tempo em que lia a narração (excluindo as falas pois já ouvia elas), seria interessante que vocês tentassem também. Me esforcei pra dar detalhes na descrição então acho que não está tão difícil de imaginar, então recomendo tentar, pode ser uma experiência interessante.)

 A garota dos cabelos roxos havia acordado sem entender o que acontecia

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A garota dos cabelos roxos havia acordado sem entender o que acontecia. Ela reparou que estava em cima de um antílope que corria sem se cansar, além disso, também podia sentir dois braços a envolvendo pela cintura e por trás de seu corpo. O indivíduo atrás de si parecia firme enquanto preso à cela por meio do estribo, no entanto, assim que ela virou-se para ver quem era, a pessoa pendeu e caiu da montaria, ficando no chão.

Um dos lobos irmãos que os acompanhava logo atrás dela avançou contra o garoto e tentou arrancar sua cabeça, mas antes que pudesse, lhe foi pedido:

— Pare! — Era a voz dela que tentava domar o animal que começava a se desesperar por seu dono não estar consciente. — Parem, ele é meu! — E saltou do ser, indo até ele.

Enquanto o encarava, caído de cara no chão, uma das feras passava seu focinho por debaixo de seu braço como uma forma de carinho.

— O povo dele atirou... — Reparava na ferida em seu peito. — Ele vai morrer...

Porém, o rapaz começava a acordar, seus olhos se apertavam mais ainda.

— Por que não me deixou matá-la?! Responda enquanto ainda está vivo!

— Eu... — A voz dele parecia dolorida. — Eu não queria que você morresse...

— Não me importo de morrer! Quero apenas que os humanos fiquem longe da minha floresta! — Ela o cutucava com as duas partes de seu corpo diferentes do comum, eram as mesmas que a ajudaram a subir a muralha.

— E eu já sabia disso... — Um pequeno sorriso se formava em seu rosto. — Na verdade, foi exatamente por isso!...

— Eu devia acabar com você!

A moça puxou seu corpo bruscamente, o virando de costas para o solo e pegou o facão de sua cintura, o posicionou acima de seu pescoço e ficou atrás de sua cabeça, encarando-o irritada. Ainda assim, ele observava aqueles olhos escuros com serenidade em seus amarelos, mesmo que fracos.

— Vou cortar sua garganta, assim você vai ficar quieto! Não vai me impedir de matar aquela malvada!

— Por favor... Viva...

— Calado! Eu não dou ouvidos a humanos!

— Você... — Por mais que estivessem na situação em que estavam, ainda havia brilho em seu olhar e no discreto sorriso que surgiu em seus lábios. — É tão bonita...

— Ahn?! — Ela corou e saltou para trás, impressionada e chocada. — Um dos lobos a ajudou a se apoiar.

— O que foi, Kyouka? — A voz do canino foi escutada, era masculina e séria. — Quer que eu o mate por você?

Princesa MononokyoukaOnde histórias criam vida. Descubra agora