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Ela inverteu as posições segurando o pescoço da policial os dedos apertando levemente o ponto de pulso. Com um sorrisinho no rosto Inês separou os joelhos de Márcia com os dela esfregando-o entre as pernas e a mesma sentiu o rosto queimar ao ficar nítido o quão molhada estava por ela, que pareceu bastante satisfeita. A morena apertou os dedos e se inclinou sobre ela a beijando novamente, enquanto a mão livre deslizava pelo seu corpo da policial até a região onde tinha certeza que os dedos precisavam estar.

— Márcia? É a quarta vez que te chamo. — A voz do seu chefe se fez presente no cômodo desviando Márcia da noite que tivera fazia poucos dias, de repente todo seu corpo já estava quente novamente. Merda, Inês.

— Olá, o que queria? — Perguntou com o olhar mais uma vez direcionado a ele.

— Quero que fique de plantão por hoje, caso haja alguma emergência quero saber que posso ligar para você.

— Oh... Claro. Estarei com o celular disponível.

— Ótimo, na sexta-feira é quase impossível achar alguém com esta disposição.

Aquela frase a fez lembrar que já era sexta e era um dos poucos dias que tinha tempo para passar no bar. Eu amo meu emprego. Márcia apenas assentiu para o chefe com um sorriso amarelado nos lábios. Nada de bebidas para ela hoje.

O sol já havia se posto e Tutu grudava a última bandeirola no alto da parede, fazendo o bar ter um enfeite diferente do habitual apenas para celebrar o dia que principalmente Isaac insistira de que não poderiam perder.

— Não vai acender uma fogueira?! Onde estão as tradições deste lugar? — O garoto perguntou com um tom divertido e Inês jogou uma das camisas quadriculadas dispostas em cima do balcão em cima dele, estava escolhendo qual usaria no período da noite por conta do bar estar completamente ornamentado para o São João.

— Aqui está a sua tradição. — Fez uma careta enquanto pegava a blusa vermelha com preto a deixando em cima dos ombros decidindo usá-la. A mesma já estava com botas, uma calça jeans e uma blusa justa branca. Assim a quadriculada só seria o adereço final. Foi uma luta constante para que o Saci conseguisse que ela trocasse os vestidos por uma roupa como aquela e ainda sim, Isaac tinha a certeza que ela arrumaria um jeito de se trocar no meio da noite.

— Eu posso montar a fogueira! O Tutu pode ajudar, não é Tutu? — O homem grande olhou para a chefe com medo de ser repreendido, mas no final concordou com o Saci meneando à cabeça. — Então... Por favor, Inês.

— Monte a fogueira, Isaac. Mas se algum cliente se queimar ou eu ouvir qualquer reclamação...

— Eu sei, eu sei. Pode ficar tranquila. — Isaac garantiu se retirando do ambiente animado para começar a montar oficialmente a fogueira na frente do estabelecimento.

— Está estressada, devo ligar para alguém? — Tutu teve coragem de a provocar e ela o olhou com os olhos em chamas, o fazendo rir. — Sabe que estou brincando, Inês. O que aconteceu para estar assim?

— Um pressentimento ruim. Talvez logo passe, ao menos assim espero. — A bruxa dizia abrindo os botões da blusa quadriculada a vestindo, deixando que fizesse um contraste com a blusa branca. Foi quando os primeiros clientes chegaram, e a atenção dos dois saiu daquela pressentimento que Inês tinha para focar na noite que teriam.

Se nos der sorte vai levar a São João

Olá!! Um menor, mas eu estou viva. Juro! Estava sem tempo, mas tento postar mais em breve.

Esperando na janelaOnde histórias criam vida. Descubra agora