Mia

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Encaro aquele homem grande com lindos olhos verdes. Parece que ele ficou feliz em ter energia para arrumar sua casa. Sei como é... Na época em que eu tinha depressão se eu conseguisse lavar um copo já era uma vitoria sem tamanho. O olho com carinho e orgulho. Sei que é estranho eu me apegar a alguém que conheci ontem, mas me sinto no dever de ajuda-lo, estar por perto.

M: Sério mesmo grandão?- Ele me olha com certo espanto e receio.

H: É uma coisa idiota mas para mim foi...

M: Uma conquista sem tamanho.

H: Sim... Como você...- o interrompi outra vez

M: Já passei por isso. Sei como é conseguir levantar da cama e ir lavar pelo menos um copo. - Sorrio fraco

H: Você já teve isso.

M: Já príncipe... Mas vamos falar de coisas boas. Pode ser?

H: Claro

M: Acho que veio aqui por um motivo. O que vai querer?

H: Um café puro e um sanduíche. Aí é você sabe o que aconteceu com a Dona Angelica?

M: Minha abuela? Tá firme e forte graças a Deus. Ela fica aqui de manhã enquanto eu vou para faculdade. Aí quando eu chego fico a tarde e fecho.

H: Então você é a neta dela? Por essa eu não esperava. Que mundo pequeno!

M: Você conhece a minha abuela?

H: Sim,eu vinha aqui quando era mais novo. Ela me ajudou muito, se não fosse por ela nem sei onde estaria hoje.

M: Bom que tal você ir um dia lá em casa pra matar a saudade? A abuela é muito apegada as pessoas.

O olho e ele está com o olhar espantado e focado no vidro. Sigo seu olhar e não encontro nada. Sua mão está tremendo muito, ele está me assustando.

M: Eu grandão! O que foi?

Ele olha para mim com olhos cheios de pânico fazendo meu coração acelerar.

H:Me tira... Me tira daqui! Pelo amor de Deus!

Dou a volta no balcão, enlaço sua mão a minha e vou com ele em direção ao segundo andar onde ficam os sofás para leitura. Sento com ele em um e tento de todas as formas o acalmar.

O abraço forte tentando dizer coisas que o façam voltar para mim. Mas nada funciona.

Tento as técnicas que aprendi na faculdade, mas a crise que ele está tendo é tão intensa que parece que ele não me escuta. Acho que ele está tendo uma crise de Pânico.

Hason começa a puxar meu  decote com as mãos em cima dos meus seios com os olhos cheios de lágrimas.

Começo a me desesperar também, não consigo entender o que ele quer  e faço algo por puro instinto. 

Abaixo as alças do meu vestido deixando meus seios livres, direciono a sua cabeça em direção a eles e ele agarra o bico do meu seio com força indo aos poucos diminuindo o choro.

Até que não é ruim...

É uma sensação gostosa é percebo que com o passar do tempo ele se acalmou.
Me deito bem devagar no sofá com ele agarrado a mim e mamando mais calmamente e faço carinho em seu rosto e cabelos.

Talvez eu seja louca por esta deixando um estranho que não é tão estranho assim mamar nos meus seios? Sim.

Mas meu coração me clama para ajudar o meu grandão misterioso. Quando o vejo bem me sinto em paz como se ele fosse o norte da minha bússola. O caminho que eu devo seguir...

Contigo Onde histórias criam vida. Descubra agora