Alice in Borderland (Pausada)

O reencontro

AKEMI ON

Chishiya nos levou até um homem chamado Chapeleiro e outro que se chamava Aguni, foi nos explicado como funcionava tudo ali, o tal Chapeleiro parecia feliz pela carta que nós entregamos e pelas armas, foi nos dito que ganharíamos um cargo maior, Kiiry estava bem pouco interessada no que estava rolando ali, ela bocejava e começava a falar colocando a mão nos bolsos da jaqueta.

Kiiry: Não vou usar biquíni e meus canivetes vão continuar comigo.

Chapeleiro: Apenas milicianos podem ter armas e biquíni é obrigatório.

- Você quer as cartas, a gente gosta de jogar, te damos as cartas e continuamos usando o que quisermos e ficando com nossas armas, se quisermos realmente matar alguém aqui, não iríamos precisar de nossas armas, acredite.

Kiiry: Essa pose de ameaça e intimidadora de que não temos escolha, não rola com a gente, vocês até podem colocar medo em toda essa galera, mas comigo e com a Akemi funciona diferente, não estamos aqui para ser subordinadas, prefiro chamar isso de parceria, nós te ajudamos e você nos ajuda é pegar ou largar.

Ela estava calma e eu apenas ficava com os braços cruzados olhando para eles, Chapeleiro notava que não teria muita solução aquilo, ele apenas suspirou antes de nos responder.

- Tudo bem, como vocês nos entregou a carta sem relutância e ainda nos trouxe armas e munições vamos fechar esse acordo, podem entrar na milícia para portarem as armas.

Kiiry: Não quero, como já disse não sou subordinada de ninguém.

- Vamos pensar melhor nessa proposta, mas por enquanto vamos ficar na nossa.

Kiiry parecia impaciente e eu até já sabia qual era o motivo, eu apenas soltava um pequeno suspiro ajeitando meus cabelos.

AKEMI OFF

KIIRY ON

Eu não tinha mais nada para conversar ali, deixei Akemi conversando com eles e sai da sala calmamente enquanto andava pelos corredores, um pouco mais a frente avistei um grupo de caras e umas garotas armados, provavelmente eram os tais milicianos, logo eu reconheci uma pessoa, mas ele tava completamente diferente, soltei um longo suspiro irritada e comecei a andar na direção deles começando a gritar para que ele me ouvisse bem.

- NIRAGI SEU FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO EU VOU MATAR VOCÊ.

O pessoal que andava com ele fica surpreso com aquilo, ele se virava irritado minha direção apontando a metralhadora, mas logo a abaixava vendo que era eu.

Niragi: Puta merda...

Miliciano 1: Namorada?

Niragi: Pior... Minha irmã

Eu parava na frente deles, tinha dois milicianos entre nós como se estivessem me impedindo de me aproximar dele, olhei para os dois com ódio e voltei meu olhar para Niragi.

- Filho da puta, pensei que estivesse morto.

Niragi: Haha tá esquecendo que é minha irmã?

- Foda-se arrombado, eu pensei que você tava morto em uma vala, aí eu chego nessa seita e descubro que você é a merda se um miliciano perturbado.

Ele ria igual um louco e fazia os dois cara saírem da nossa frente se aproximando de mim e bagunçando meus cabelos, olhou para ele dando um soco em seu estômago, ele se curvava um pouco para baixo por conta da dor enquanto resmungava.

Niragi: Desgraçada...

- Tu me respeita praga, único que tá no direito de xingar alguém aqui sou eu.