Um Poeta Romântico é Um Eterno Apaixonado...

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Sou um pobre poeta romântico, pelo amor aprisionado

Vivo sofrendo de amor, procurando o ser amado

Chorando a dor de nunca o ter encontrado

Passando boa parte dos meus dias, angustiado

Talvez o meu amor, foi por mim muito idealizado

De tal forma, tornando-o difícil de ser achado

Deixando-me, então, como um condenado

Pois, mesmo pelo mundo todo ter buscado

Nunca, jamais, o tenha ainda encontrado

E pergunto ao meu coração, se ele pode estar enganado

Ou se eu não tenha apenas desejado

Um amor há muito tempo sonhado

Pois, eu passo a vida amargurado

Pensando no que pode estar errado

Mas, mesmo tendo indagado

Nada me será explicado

O meu sonho de amor, permanece inalterado

Assim, continuo escrevendo esse legado

Chorando e sofrendo frustrado

E Cada poema de amor elaborado

É mais um espinho na minha alma, encravado

Como se meu coração fosse enrolado

Envolto em uma trama de arame farpado

Fortemente comprimido e apertado

E, mesmo, tendo ele, copiosamente sangrado

Em nada isso me deixa aliviado

Permanecendo eu, um eterno atormentado

Pelo sentimento do amor, sendo torturado

E como Prometheus, pela eternidade castigado

A ter o fígado, diariamente devorado

Por isso, continuo escrevendo, desesperado

Sofrendo intensamente por cada poema criado

Mas, esse sentimento não pode ser guardado

Porque, por uma força poderosa sou levado

A escrever como um mero abnegado

Mesmo que, a cada estrofe eu me sinta açoitado

Pelo poder da escrita, continuo escravizado

Ainda sou um pobre poeta romântico, eternamente apaixonado!

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