Sou um pobre poeta romântico, pelo amor aprisionado
Vivo sofrendo de amor, procurando o ser amado
Chorando a dor de nunca o ter encontrado
Passando boa parte dos meus dias, angustiado
Talvez o meu amor, foi por mim muito idealizado
De tal forma, tornando-o difícil de ser achado
Deixando-me, então, como um condenado
Pois, mesmo pelo mundo todo ter buscado
Nunca, jamais, o tenha ainda encontrado
E pergunto ao meu coração, se ele pode estar enganado
Ou se eu não tenha apenas desejado
Um amor há muito tempo sonhado
Pois, eu passo a vida amargurado
Pensando no que pode estar errado
Mas, mesmo tendo indagado
Nada me será explicado
O meu sonho de amor, permanece inalterado
Assim, continuo escrevendo esse legado
Chorando e sofrendo frustrado
E Cada poema de amor elaborado
É mais um espinho na minha alma, encravado
Como se meu coração fosse enrolado
Envolto em uma trama de arame farpado
Fortemente comprimido e apertado
E, mesmo, tendo ele, copiosamente sangrado
Em nada isso me deixa aliviado
Permanecendo eu, um eterno atormentado
Pelo sentimento do amor, sendo torturado
E como Prometheus, pela eternidade castigado
A ter o fígado, diariamente devorado
Por isso, continuo escrevendo, desesperado
Sofrendo intensamente por cada poema criado
Mas, esse sentimento não pode ser guardado
Porque, por uma força poderosa sou levado
A escrever como um mero abnegado
Mesmo que, a cada estrofe eu me sinta açoitado
Pelo poder da escrita, continuo escravizado
Ainda sou um pobre poeta romântico, eternamente apaixonado!