Ômega?

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Sanji Narrando

"Três semanas depois"

Eu andava com presa pelo pátio da universidade, minha cabeça estava levemente dolorida e eu não fazia ideia do porque.

-Em San?-Chama alguém me obrigando a olha para atrás-Por que ainda tá aqui?já acabou suas aulas.

Olho para Perona e dou um suspiro pesado,não podia ficar melhor não é?

-Esqueci meu caderno na sala, acabei de pegar- Respondo olhado para minha querida ex namorada- O que foi Perona?estou meio com muita presa.

-Eu sinto sua falta San.

-Olha Pero...

Sinto algo quente subindo pela  minha garganta, e sem nem reparar em Perona, acabo vomitando no chão do pátio, mais o que caralhos?, sinto minha garganta arder e mais uma onda de vômito sai da minha boca.

-Em San, San?-Chama Perona colocando a mão em minhas costas- Em?quer que eu te leve em casa?, assim você não vai sozinho.

-Ta tudo bem, eu consigo ir embora sozinho.

Arrumo minha bolsa, olho para ela lhe dando um sorriso de desculpas, eu sei muito bem que Perona iria acabar arrumando uma boa desculpa para ficar lá comigo, e eu sei bem que o Luffy vai pra casa hoje para o almoço, e digamos que Luffy não é nem um pouco fã da Perona.

*

-Em Sanji?- Chama Luffy batendo na porta do banheiro- Cadê o rango?, estou morto de fome...Sanji?... Em Sanji?

Fecho meus olhos com força e seco minhas lágrimas, me levanto do chão e dou descarga no meu vômito nojento. O que caralhos está acontecendo com esse meu corpo?

-Ja estou indo Luffy- Respondo antes que ele venha atrás de mim e me veja nesse estado, parece que tem um monte de demoniozinhos dançando em minha cabeça nesse momento.

Assim que saio do banheiro, vou até a cozinha, vejo que Luffy estava jogado no chão de cara, e isso me faz rir, Luffy como sempre estava sendo dramático.

Pego o macarrão que ja estava pronto e término de preparar, deixo a panela de lado e sinto minha cabeça doer mais ainda.

Fecho meus olhos com força e fecho minha mão apertando a mesma sentindo minhas unhas afundar na minha carne, que porra é essa?

-Lu pode vim comer, já terminei- Falo procurando algum remédio no armário, não acho nada, vou até a cômoda ao lado do sofá e pego minha carteira- Lu eu vou na farmácia comprar um comprimido pra mim tá?, volto logo.

Luffy apenas faz que sim com a cabeça indo correndo para a cozinha.

-Em San,você viu meu chapéu?- Pergunta Luffy atrás de mim- Não achei ele hoje nem ontem.

Nossa verdade, Luffy está sem o chapéu de palha dele, isso não é muito normal, ele anda com aquela coisa para cima e pra baixo como se fosse um troféu.

-A última vez que vir ele foi sábado de manhã, ver direito no seu quarto-Falo abrindo a porta e saindo de casa deixando Luffy sozinho.

*

-Deu 10 reais e 50 centavos- Fala o cara do caixa mascando um chiclete me olhando com tédio- E ai?, vai pagar com o que?, dinheiro?, cartão?.

Minha cabeça continua pinicando, mas no momento parece que ta seis vezes mais forte.

Puta que pariu a minha cabeça ta me matando...

-Em cara?, ta tudo bem?, você ta meio pálido.- Fala alguém colocando a mão no meu ombro.

Um cheio intenso invade minhas narinas, um cheiro forte de menta e saquê. Eu conheço esse cheiro de algum lugar.

Não consigo ver quem é, não consigo raciocinar, minha cabeça começa a girar e sem nem perceber sinto o chão duro e frio em minhas costas.

*

Esse cheiro, caralho é o cheiro dele, impossível eu me esquecer, ai fica a grande dúvida: Como diabos eu me lembro desse cheiro?, isso na verdade não importa no momento.

Para esse cheiro ta bem forte, significa que o cara ta bem aqui nesse momento, Ai fica outra dúvida:Saquê tem cheiro?,sim, essa merda tem cheiro e não é muito bom não.

-Você acha que ele ta com algum problema?- Pergunta alguém ao meu lado, eu até já sei quem é... Puta merda mais que voz.

-Não Zoro, ele ta muito bem não ta vendo não?- Responde alguém com a voz bem grossa levemente debochada.- Onde e quando você achou ele?

Ai que maravilha, será que vale a pena eu abrir meu olho?, não, acho que não é uma boa ideia, não agora.

-Ele desmaiou em uma farmácia onde eu estava, tipo foi do nada e...- Pausa- Puta merda Law eu preciso ir, vejo você depois estou atrasado demais.

O cheiro fica mais fraco, aleluia senhor, obrigado por tirar esse cara daqui.

Abro meus olhos e fico frente a frente com o cara que o Luffy estava querendo pegar na balada, mais que sorte a minha, foi esse cara que eu falei para o Luffy que ia vender os órgãos dele. Okay por favor meus deuses que esse cara seja um médico de verdade, não um traficante de órgãos.

-Bom, me fale seu nome ômega, tenho muita coisa pra fazer.

Olho pra ele sem entender nada.

Ômega?,ele ta falando mesmo comigo? que porra é essa?.

Okay tem só eu e ele na sala, ou ele ta falando de mim ou ele tá bem maluco, eu espero que ele esteja maluco.

Dou um risada forçada, o cara olha para mim sem entender nada.

-Eu sou um beta,não sou um ômega, fiz o teste quando ainda estava no jardim de infância, e tenho certeza que o resultado foi beta.

Ele olha a prancheta que estava em sua mão e depois olha pra mim, ele estende a prancheta pra mim, pego esse negócio com a mão tremendo...Puta merda...

-Acho que perdir um pedaço da visão- Falo meio tonto deixando a prancheta cair no chão fazendo um barulho alto.

Mais o que caralhos ta acontecendo aqui?

-Olha é muito normal um ômega ser confundido com beta- Fala o traficante de órgãos pegando a prancheta do chão- Geralmente um ômega demora muitos anos para ter o primeiro cio, esse deve ser seu caso.

-Mas eu ja fiz muitos exames de sangue e...

-Depois do teste do jardim de infância você ja tinha feito esse teste em especial?-Okay agora tudo faz sentido, ai que coisa linda cara, sou um ômega que achava que era beta- Fizemos um teste de sangue e o resultado só vai sair amanhã, vou liberar você para ir embora, deixe seu número de telefone na recepção para vim buscar seu exame na hora certa.

Apenas faço que sim com a cabeça vendo o cara ir embora me deixando sozinho no quarto branco.

Nossa,um ômega, uau quem diria não é?, ainda bem que eu sempre transei com camisinha, já pensou receber uma notícia de gravidez do nada?. Meus deuses acho que eu entraria em desespero.

Grávido de um marimo idiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora