PARA MAIORES DE DEZOITO ANOS
Eu me tornei a vilã e não há como negar. Eu me destruí sem ao menos perceber e no final, não me restou nada além do coração quebrado, e uma vontade louca de voltar no tempo e fazer tudo certo.
Eu sou Diana Lux, filha ado...
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Enquanto me preparo para seduzir Philips Luvocan, procurei emprego e consegui em uma lanchonete. Nada muito difícil, e o salário será um complemento, pois minha mãe esta gastando mais que temos, tudo para que eu fique irresistível para ele.
Não me orgulho do que estou prestes a fazer, mas também não sei dizer não a minha mãe. Ela me adotou, me deu amor, carinho e duas irmãs que aprendi a amar mais que o ar que respiro, meu pai sempre deixou claro que não queria nenhuma de nós três em seu negócio, só que ele não esta mais aqui.
Papai se foi e levou com ele todas as promessas.
Disco o número da minha irmã e espero pacientemente ela atender, estou do lado de fora esperando o meu tempo de descanso acabar. Faz um mês e meio que estou trabalhando, e quase dois que descobri quem era Philips Luvocan. O homem de um metro e oitenta e cinco, tem trinta e cinco anos, teve apenas um relacionamento, signo escorpião e o principal; trabalha na delegacia especializada em roubos de grande porte, melhor ainda, ele é o delegado.
Não sei onde minha mãe estava com a cabeça quando achou que seria uma boa ideia eu seduzir alguém tão importante. Sendo sincera, não sei como ela acredita que eu consiga me aproximar dele, minha timidez me come de dentro para fora e eu tropeço até no vento quando estou nervosa.
Meu corpo é fora dos padrões, quadril largo e uma bunda extremamente enorme, meus seios são pequenos o que deixa meu corpo ainda mais estranho, minha barriga é cheia de gorduras e eu não consigo ver um homem se sentindo atraído por mim.
Na escola eu era sempre a última a ser escolhida, e eu só dei meu primeiro beijo na minha festa de formatura depois de uma brincadeira idiota de verdade ou consequência. Depois vieram outros beijos, mas nunca consegui me entregar a nenhum homem, o medo de ver a decepção em seus olhos quando me ver sem roupa é sufocante.
Tenho quase vinte e oito anos e nunca transei, e agora minha mãe quer que eu seduza um homem que exala virilidade. Os braços fortes estão sempre a mostra, deixando as veias em evidência e por Deus, eu sou apaixonada por elas. As blusas estão sempre coladas em seu tórax, deixando claro que ele passa boas horas malhando e confesso que até aprenderia a lavar roupa naquele tanquinho.
A buzina ao longe me trás a realidade e eu sinto minha mão dormente, guardo o celular ao perceber que divaguei demais e estou quase atrasada para entrar. Jogo meus cabelos para trás e me desencosto da parede indo de encontro a outro muro, mas dessa vez um muro humano.
— Te peguei — a voz rouca me deixa trêmula, mas é o perfume forte que me faz arrepiar.
Dou um passo para trás, sentindo minha pele queimar onde seus dedos tocam. Engulo em seco tomando coragem para encarar o homem, mas antes que eu faça isso meu corpo é jogado contra um carro e sons de disparos soam bem próximo a nós.
Tudo acontece tão rapidamente que me vejo chorando copiosamente tampando os ouvidos. Minutos se passam e os sons param, e tudo o que se ouve são meus soluços, estou agachada com o corpo grudado no carro, abro os olhos e vejo vidros espalhados pela calçada, mas o que mais me deixa aterrorizada é o sangue escorrendo próximo ao meu pé.