Após dois anos longe de sua família em um intercâmbio em Londres junto de seu irmão gêmeo, Augusto, tudo que Amanda deseja é descansar em sua casa no Brasil, situada em uma cidadezinha no interior de São Paulo.
No entanto, seus planos são virados de...
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Amanda achava aquele plano uma loucura.
Mas ninguém alí parecia pensar como ela.
Quer dizer, aquilo não daria certo nem em mil anos. Se perguntou se talvez Lennox, devido à idade, não teria ficado louco. Mas, como Augusto concordou com ele, apontando coisas que poderiam melhorar, achou que talvez a louca alí fosse ela.
Lennox se virou para Amanda.
— Você sabe jogar pôquer?
— Amanda? Eu nunca vi uma pessoa jogar e roubar tão bem em um jogo de baralho como ela. — Augusto respondeu, passando o braço pelo ombro dela, trazendo-a para perto do seu corpo.
— Bem, eu fui criada em uma escola pública tipicamente brasileira. — Deu de ombros. — Entre nós dois, podemos dizer que eu nasci com uma dose extra de sorte.
Geralmente não gostava de se gabar por ser boa em jogos de azar, mas sempre apreciou jogar desde Uno até o famoso truco; qualquer jogo de carta a divertia. Graças a isso, com o tempo percebeu que nasceu com a bunda virada para a lua. Amanda era realmente tão sortuda que mal fazia esforço para ganhar.
Lennox fez um gesto com a cabeça.
— Sim, isso é bom. — Afirmou. — Você ficará responsável por distrair as pessoas enquanto Augusto procura a melhor abertura para entrar no escritório de Michael. Eu preciso de provas e todas estão dentro daquele mezanino.
Com isso, o plano foi se desenvolvendo sem que ela pudesse fazer qualquer objeção. Na realidade, não tinha como escapar daquilo. Se tivesse interpretado corretamente os planos de Deus e as palavras ambíguas de Tempo, precisava estar envolvida para acabar com aquele looping.
Então, quando os dois pareciam contentes com aquela loucura na qual estavam se metendo, Amanda ouviu uma movimentação estranha atrás de si.
A princípio, pensou que talvez fosse a garçonete que estava trabalhando, indo preparar algo, mas a voz dela soava do salão. A sensação de haver mais alguém presente persistiu e ela olhou para trás.
Alí, Kelvin estava apoiado na parede com uma xícara de café próxima aos lábios. Ele havia trocado de roupa e agora estava usando um cachecol e uma segunda pele cinza escuro.
Lhe deu um daqueles lindos sorrisos, levantando a xícara em um cumprimento.
A princípio, pensou ser uma alucinação, mas percebeu que era real demais e que a sua mente, apesar de muito criativa, não era tão delirante assim.
Levantou uma sobrancelha para ele em uma clara pergunta de "o que diabos você está fazendo aqui?".
Kelvin deu de ombros, apontando com a mão para que ela voltasse a prestar atenção nos outros dois.
— Então, fica combinado dessa forma, tudo bem? — Lennox perguntou, olhando para ambos. Amanda não tinha prestado atenção nos últimos detalhes, mas haviam repetido a mesma coisa tantas vezes que não ligou muito. Ambos concordaram. — Ótimo, então vocês vão precisar de roupas adequadas para hoje. Michael fechou o estabelecimento para receber amigos e negociantes íntimos esta noite. Isso significa que vão precisar vestir roupas adequadas. Trouxeram algo formal com vocês?
