Após dois anos longe de sua família em um intercâmbio em Londres junto de seu irmão gêmeo, Augusto, tudo que Amanda deseja é descansar em sua casa no Brasil, situada em uma cidadezinha no interior de São Paulo.
No entanto, seus planos são virados de...
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Kelvin podia jurar que se lembraria daquele momento por todas as razões erradas. Primeiramente, porque aquele vestido o deixava louco; estava em um impasse arrebatador de tirá-lo ou apreciá-lo. Em segundo lugar, porque os lábios dela talvez fossem a sua ruína.
Seus braços apertaram sua cintura e a puxou para si, grudando seus corpos. Um suspiro baixo deixou seus lábios, e Amanda apertou a mão em sua nuca. Suas bocas se moviam em harmonia, cada membro do corpo encontrava sua contraparte.
Sentiu o fluxo do sangue aumentar e seus ouvidos tampados com o coração batendo forte no peito. Amanda abriu os lábios e ele sentiu a língua na sua, provando e investigando sua boca. Num desespero caótico, desceu as mãos para a bunda dela, apertando-a. Amanda gemeu em sua boca. Suas mãos faziam uma trilha de fogo dos braços ao pescoço dele, onde ela massageava a base do seu cabelo.
Cada pelo do seu corpo se arrepiou. Cada célula sua se incendiou; era como despencar em queda livre dentro de uma montanha-russa, aquela ansiedade gostosa na boca do estômago. Ouviu um gemido que poderia ter vindo de qualquer um deles, enquanto o beijo questionava a necessidade de oxigênio.
Amanda envergou as costas para trás quando tentou separar seus lábios e ele a acompanhou, até o momento em que separaram suas bocas com uma série de beijos breves.
A respiração deles encontrava-se pesada e sentiu que os corações deles martelavam no peito, comprovando um ritmo mútuo.
Amanda sorriu e mordeu seu lábio inferior, o puxando lentamente até escapar dos dentes.
— Você não disse que não iria me beijar? O que aconteceu com a sua vingança? — Ele sorriu, inclinando a cabeça.
— Ah, desisti. Não sou tão vingativa quanto imaginei.
Kelvin riu, aproximando o rosto do dela novamente. Mas antes que pudessem fazer qualquer outra coisa, a voz abafada de Augusto soou no andar debaixo, chamando o nome da irmã.
Amanda, por sua vez, revirou os olhos, distanciando-se dele. Kelvin sentiu o frio ultrapassar os lugares que antes o corpo de Amanda estava grudado. Foi um lamento tremendo, mas o dever os chamava. Então, apenas para provocá-la, começou a parar o tempo.
Sentiua dormência familiar na sua nuca conforme os ponteiros do seu relógio de pulsoparavam de contar. Ele se levantou da cama e se aproximou de Amanda, queencontrava-se parada, com uma careta graças à perturbação de Augusto. Enrolouum dos seus cachos ao redor do dedo indicador e deu-lhe um beijo carinhoso natesta, saindo do quarto pelo portal.
...
Dentro do carro, Amanda sentiu vontade de socar o rosto perfeito de Kelvin. Depois de um beijo daqueles, sumir daquela forma a deixou puta da vida. Ficou tão irritada que, quando desceu as escadas para encontrar-se com Augusto, o chamou de idiota, apenas porque era o primeiro em quem podia descontar a raiva.