Cap 38

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Dani: Estou falando de mais ne?
Karen: Sinta se a vontade estou aqui para ouvi-la

Ela continuo sentada

Dani: Enfim tem muita coisa
Karen: sobre a crise teve algo que te despertou? Um gatilho por exemplo?

Dani: Não gosto de falar muito o que sinto na maioria das vezes, sentimentos negativos prefiro guardar pra mim, com o passar do tempo isso foi se acumulando e explodiu de uma só vez
Karen: Certo

Ela começou a anotar algo no caderninho que estava em sua mão

Dani: doutora
Karen: Pode me chamar só de Karen
Dani: Então Karen, vou precisar de medicamentos?
Karen: Então..

Estou bem nervosa com a resposta dela, espero que não.. Não quero que minha mente e meu corpo dependa de remédios pra ficar bem

Karen: Essa é nossa primeira sessão então não tem como afirmar de certeza se os medicamentos serão necessários
Dani: Sobre as sessões, todos os dias?
Karen: Vamos colocar 4 dias e conforme seu desenvolvimento vou alterando
Dani: Certo, voltando a sessão

Comecei a falar várias coisas que tinham me ocorrido quando era mais nova, alguns gatilhos..

Dani: Ela é bem ausente

Falei me referindo a minha mãe

Dani: Mas eu não sou cega reconheço o esforço dela e tipo ela é assim por conta do trabalho
Karen: Observadora

Ela continuava anotando em seu caderno

Dani: Estou sentido algo agora
Karen: Tipo o que?
Dani: Um vazio sabe? Não sei explicar é tipo quando você está muito bem e do nada você fica mal

Karen: Um vazio e ao mesmo tempo um preenchimento?
Dani: tipo isso

Ela continuo anotando, essa mulher não cansa de escrever?

Karen: Como é sua relação com seus irmãos?
Dani: irmãs
Karen: pensei que aquele garoto era..
Dani: Ele é o Vinicius meu melhor amigo

Dani: Minha relação com elas até que é de boa, brigas como toda relação mas de boa

Ela sorriu

Karen: Brigas entre irmãos é normal
Dani: Você tem algum irmão?
Karen: Tenho uma irmã
Dani: Legal

Karen: No começo da sessão você comentou sobre a menina que tinha lhe ajudado
Dani: Kauana
Karen: sua namorada

Kauana o amorzinho da minha vida

Karen: Seus olhos ao falar dela
Dani: O que tem?
Karen: começaram a brilhar e você soltou um sorriso
Dani: Ela é um dos motivos de eu seguir em frente mas ela não quer ser

Karen: não quer ser?
Dani: Falei pra ela que iria fazer a terapia por conta dela
Karen: Mas você tem que fazer isso por você

Dani: Ela falou que não queria que eu criasse algum tipo de dependência emocional sobre ela que isso iria me fazer mal
Karen: No fundo você sabe que sim
Dani: Eu crio muita expectativa nas coisas e isso acaba gerando uma dependência, sabe?

Karen: quando a gente se relaciona com alguém é normal ter essas expectativas, tenho certeza que ela também tem, não se sinta culpada por isso
Dani: Alguma dica que eu possa usar?
Karen: Tudo isso são processos e com o passar do tempo você vai descobrindo como lidar melhor, não tem uma fórmula de como não colocar expectativa em uma pessoa ou relação
Dani: Você tem marido?

Ela veio para mudar -Onde histórias criam vida. Descubra agora