Crônicas Cotidianas

Na praça da Saudade

Interrompi o caminho cotidiano pra me debruçar nessa aventura temporal

Sentei olhei a vida a vida de forma lúdica por alguns segundos, tive que acalmar meu coração tão desacostumado a sair do roteiro, me senti sentando em uma linha temporal naquela praça se olhasse pra trás via o passado e assistia o futuro se olhasse pra frente, era tão excitante estar naquele lugar de novo depois de tão longo tempo.

Meu primeiro pensamento foi que meus dias se escorreram de meus dedos então automaticamente coloquei meus fones de ouvido e tinha que escutar aquela música, sim aquela música que me transportava ao cheiro das flores do jardim da minha alma era aquele som me chamando para dançar entre as veredas do fim do mundo, é o sentimento que alcança o sonho a desfilar ainda acordado.

Mas quanto tempo perdido atrás daquilo que não é pão pra alma me digam como as circunstâncias me tornaram esse homem seco, inerte diante da valsa da vida, as vezes são escolhas tão baratas e que nos custam tão caro no futuro, mas e agora como volto a ser menino nesse corpo de homem que hoje tenho? Não tenho mais chance de olhar a alvorada com os olhos de antes?

A vida cisma em me dar novas chances mas quem eu me tornei não tem competência para aproveita-las, é um fardo ter tanto tempo pelas frente sendo que os dias mais preciosos parecem que já me passaram.