gloss | adrinette

peach

Deslizou o dedo no ecrã do celular, procurando os filmes que poderiam ver. Sabia, pelas conversas que tivera, que o gosto para filmes de Marinette era extremamente variado. Sendo assim, estava repleto de dúvidas sobre qual assistiriam.

Estava em dúvida entre uma animação e um drama. Não queria que a garota sentisse desinteresse no filme, pois planejava um primeiro encontro oficial pelo menos um pouco normal.

Havia insistido que o deixasse buscá-la em seu prédio, mas Marinette bateu o pé, recusando incontáveis vezes e de diversas formas. Assim, ele respirou fundo e disse que aceitaria aquele fato, mas não planejava deixá-la voltar sozinha. Por esse motivo, ele se encontrava na porta do cinema, olhando para os lados e esperando-a.

Ainda não sabendo qual filme escolher, respirou fundo e mandou mensagem para a garota que estava vindo, lhe perguntando qual queria assistir. Marinette escolheu a devida animação, dizendo que não perderia aquela chance. Logo, o loiro foi até a bilheteria e comprou dois ingressos do determinado filme.

"Estou quase chegando, chaton" ela mandou por mensagem, o fazendo sorrir bobamente. Então, se forçou a conter o sorriso, pois achava que estava fazendo papel de idiota.

"Estou bem aqui na frente", respondeu, ainda sentindo as bochechas doerem enquanto seu peito parecia ser consumido pela uma felicidade que nunca havia sentido antes. Sentindo que aquela felicidade poderia queimá-lo, guardou o celular no bolso, junto com os ingressos, e passou a prestar atenção a sua volta.

Estaria mentindo se dissesse que não estava ansioso. Tal fato era comprovado pela a mania de levar o cabelo para trás, já que ele só fazia isso quando estava absurdamente nervoso. O cabelo dourado de Adrien era grande do "tamanho ideal", segundo sua própria opinião, e sempre fora rebelde. Sendo assim, seu cabelo, naquele momento, estava bagunçado. Se perguntou se aquilo era um problema ou não.

Enfiou as mãos nos bolsos do casaco, olhando ao redor. Várias pessoas passeavam pela a calçada, sozinhos, em pares ou em grupos, mas nenhuma delas era a garota que ele estava esperando. Disse à si mesmo que Marinette nunca furaria com ele, até porque ela havia lhe dito que estava quase chegando. Outro argumento para tal fato ser impossível era que ela mesma havia marcado aquele encontro. Suspirou pesadamente e olhou para seus pés, se perguntando quando ela chegaria.

— Boo! — ouviu a voz animada dela chamar sua atenção, enquanto o olhava com diversão. — Oi! Estava com saudades?

Ele não pode controlar o sorriso que surgiu magicamente em seus lábios, assim como o brilho de seus olhos. Marinette sentiu um encanto pelo o rapaz que nunca pensou que poderia sentir em toda sua vida por alguém ao vê-lo feliz daquele modo.

— Sim, morrendo. — respondeu, sabendo que aquela resposta em tom sarcástico era totalmente verdade. — E você, m'lady?

— Oh, eu nunca achei que tamanho sentimento poderia existir em um corpo pequeno como o meu. — respondeu, brincalhona. Adrien entendeu que ela esteve com o mesmo nível de saudades do que ele por ela. — Você é sempre bonito assim ou você tem algum truque?

O loiro não pode segurar a risada, que apenas escapou. Marinette o olhava com admiração e carinho, se sentindo realizada por ter conseguido provocar a risada do mais alto.

— Está me cantando, princesa? — ele perguntou, com aquele sorriso ladino nos lábios. A Dupain-Cheng se proibiu de derreter.

— Claro que não! — mentiu, com o mesmo sorriso que o dele no rosto. — Tenho uma pergunta.

— Certo, pergunte enquanto vamos comprar pipoca. — pediu, curioso, enquanto andavam para o respectivo lugar.

— Se você morrer, você ainda tem mais seis vidas, certo? — perguntou, com tom de voz sério apenas para que fizesse mais efeito. Assim, ele riu mais uma vez.