— Céus! Consegui! — disse meio ofegante, batendo a porta com certa força atrás de si.
— Beomgyu?! — Taehyun se levantou abruptamente de sua cama, indo de encontro com o guarda em sua porta. — Digo, Guarda Real. O que estás fazendo aqui?
— Sabe que não precisa dessa formalidade toda comigo, basta chamar-me de Hyung, vossa grandiosa alteza — se curvou exageradamente, fazendo o mais novo revirar os olhos.
— Eu sou educado, como um príncipe deve ser. Não estou certo? — voltou para sua cama macia, se sentando nela, observando o mais velho que estava com um sorriso irônico nos lábios bonitos.
— Está, certo, alteza — se assentou ao seu lado. — Apenas acho que temos mais intimidade que isso, oras. — Taehyun suspirou.
— Não respondeu a pergunta que lhe fiz, hyung — zombou do honorífico.
— Pois bem, vim para ver-te, não está óbvio?
— Vê-me todos os dias — rebateu. Sabia que não era apenas isso que o guarda estava fazendo alí.
— Não tenho a permissão de ficar perto de vossa mercê, sou apenas um Guarda Real. — deu de ombros — Também aprecio meu trabalho aqui, o rei tem sua confiança em mim.
— Hipócrita você dizer isto estando agora às escondidas no quarto do príncipe. Sorte sua ninguém passar por aqui de noite, não consigo compreendê-los.
— Culpa sua exalar charme desse jeito, o que poderia eu fazer? — o príncipe arqueou uma sobrancelha.
— Está culpando um príncipe por algo?
— Vosso ego é tão grande assim, príncipe? — se aproximou mais da realeza.
— Por exato motivo de estar aqui em minha frente, posso dizer-te que sim, Guarda. — respondeu em mesmo tom, não abaixando sua presença nem um pouco. Ambos tinham seus ego's à pôr em jogo. Tal qual como a rosa que não deixa se abalar por ver o girassol sempre erguido pela luz solar, porém, as vezes quando a nuvem cobre o sol o girassol pode abaixar-se um pouco. Assim como Taehyun agora, que recuou um pouco assim que Beomgyu encostou ambos os narizes.
— Você poderia morrer de estar tão próximo assim de um príncipe — quis soar um pouco ríspido, mas nada que realmente conseguisse afetar o guarda.
— Você poderia morrer se ficasse tão longe de mim — retrucou à altura, sorrindo ladino ao ver o outro revirar novamente os olhos, claramente sem paciência.
— Abaixe seu ego.
— Como poderia? — se aproximou mais, se possível, quase encostando seus lábios. Taehyun abriu a boca para falar, mas foi interrompido. — Não tens como dizer à alguém como fazer algo que ao menos sabe, não acha?
— Você deveria calar a boca. — quase rosnou. Assim como pedido, se calou, mas colando suas bocas. Primeiramente uma provocação com o príncipe, apenas selando algumas vezes seus lábios, sorrindo convencido entre eles. Porém, nervoso, o príncipe o puxou pela nuca, querendo aprofundar o ósculo com necessidade. O guarda colocou, delicadamente a mão em uma das coxas do mais novo, profanando desejo de ambos os lados. Sabiam que seria assim, todas as vezes que o guarda espertinho arranjava um jeito e encontrar o príncipe eram sempre discussões até estarem aos beijos. O amor de ambos era veemente deste jeito, não poderiam estar mais jubilantes com tamanha sagacidade. Era um tanto peculiar, mas, se gostavam, o que poderiam fazer a respeito?
— Insolente — Taehyun fala respirando fundo.
— Estás ao léu com suas falas — selou rapidamente suas bocas. — Sabes que gosta de sentir-se assim. — celeremente pôs-se por cima do príncipe.
— "assim" como? — suspirou.
— Errôneo — sussurrou.
— "Errôneo"? — repetiu. — De fato, eres cúpido, guarda.
— Sou, não sou? — olhou-o nos olhos. — Assim como você, depravado em minhas mãos. É apenas questão de tempo pra entregar-se à mim, como eu também me entrego. — seu tom era libidinoso, tanto que ao menos deixou o outro o responder, quando juntou suas bocas em um beijo nem tão calmo e nem tão açoado, era apenas gostoso.
Suspiros eram ouvidos pelo quarto, estalos do beijo molhado também acompanhavam, deixando os garotos inebriados, Beomgyu ainda mais, sentindo o cheiro do príncipe pelo cômodo.
— Céus, como pode emanar esse cheiro tão delicioso?
— Você que não aguenta nada — provocou. Mesmo estando por baixo e quase completamente entregue.
— Vindo de você, realmente — disse entre o pescoço dele, distribuindo alguns beijos castos por ele.
— Se deixar-me alguma marca eu te mato — em um suspiro pestanejou. Beomgyu então mordeu seu pescoço. — Desgraçado! — estremeceu por inteiro, quase se deixando soltar algum ruído indesejado.
— Vamos, pode se soltar, príncipe.
— Você é apenas um provocadorzinho de merda, Beomgyu... Hyung — soltou o honorífico de qualquer jeito.
— Praguejando, vossa alteza? Que rude, príncipes não deveriam fazer tal coisa, hm?
— Não se cansa de ser hipócrita, não? — pegou o outro pelas bochechas, fazendo-o o olhar nos olhos. — primeiramente, você xinga-
— Eu não sou um príncipe — retrucou rápido.
— Seguidamente — reforçou a fala, nervoso por ser interrompido. — Você ama quando eu falo essas coisas.
— Eu amo — iria perguntar, mas acabou saindo como uma afirmação de seus lábios.
— E está aqui — disse, passando os polegares pelas bochechas alheias — se atracando com o príncipe em seus aposentos pessoais.
— Certo, já que não quer que eu me.. Atraque com o príncipe, permita-me dizer tudo o que eu quero e gosto de fazer com ele. — se soltou das mãos do mais novo, pairando o corpo sob o dele, deixando sua cabeça ao lado da semelhante, com a boca perto de sua orelha. — Eu amo fazer ele suspirar por mim, sei também que ama esta sensação, tal qual como quando o toco, uso minhas mãos e boca para que o prazer se instale na obra de arte que seu corpo é. Amo deixar marcas por ele, como se estivesse o pintando, mas devo de escondê-las bem, então as faço por dentro de suas coxas, tendo o prazer de ouvir suas lamúrias de prazer por mim, somente para e por mim, certo? — ouviu Taehyun suspirar cortado. — também amo quando se entrega, deixa sua pose de ferino, sendo então manso em meus braços. Se faz de durão mas eu sei que preza por isso. — sussurrou a última parte. — Também-
— Basta! — falou alto. Seu rosto fervendo tanto que poderia estar de febre. — Céus eu.. — fechou os olhos ao que Beomgyu voltou os beijos por seu pescoço.
— Você...? — incentivou a fala, mesmo sabendo o motivo pelo outro ter parado. Depois de alguns segundos apenas ouvindo os sons de seus beijos no pescoço alheio, o guarda montou no colo do príncipe, fazendo-o abrir os olhos, surpreso e excitado. — Não tenho mais muito tempo aqui, hei de partir em breve — Taehyun ficou o olhando, esperando algo mais a ser dito.
— Se quiser ir, pode ir — encarando o outro, finalmente disse.
— Não é isso — foi de encontro com o rosto do menor, quase colando suas bocas novamente. — Quero que me aproveite enquanto estou aqui, vossa alteza.
O príncipe então quis jogar tudo para os ares, mas quando quase fez isso, pôde ser ouvido alguém chamando pelo guarda que estava em seu colo neste exato momento.
— Infelizmente tenho que ir — se sentou novamente, para que então pudesse sair de cima do outro. Mas este o segurou pelos quadris rapidamente, o dando um beijo de tirar o fôlego de qualquer um, apertando suas mãos no corpo alheio, arrancando suspiros junto de um gemido do guarda.
— Me deve uma — ofegante, falou ao fim do ósculo.
— Eu voltarei — selou suas bocas rapidamente — Eu sempre volto.
E então deixou o príncipe jogado em sua cama, indo de encontro com o outro guarda, se preparando para dar uma desculpa qualquer que convença o outro.
Taehyun suspirou alto, tratando logo de resolver o problema de líbido que instalou em seu corpo.