Caio
William bateu no Louis, o problema todo começou aí, na verdade nem eu sei onde começou, ele revidou e nos expulsou do quarto dele, ficamos no corredor nos encarando, eu realmente não sabia o que dizer ou como proceder com aquilo, minhas têmporas estavam latejando com força devido a tudo que tinha acontecido minutos atrás.
— Will que merda foi essa que você fez? — Ele senta no chão passando a mão no rosto, no cabelo e se encolhe tão perdido quanto eu estava.
— Eu não sei Caio, eu não sei. Eu não devia ter feito isso — Falou com a voz abafada, eu realmente não sabia se ele estava chorando ou não, mas estava perdido.
— Droga Will, vamos sair, nada vai mudar o que já foi feito — Fui para meu quarto tentar dormir, mas isso não aconteceu, Camila me mandava várias mensagens e eu tentava responder todas de forma educada. Afinal a gente era um casal naquela situação, era estranho, me sentia bloqueado para qualquer coisa.
A gente tentou transar mas foi horrível, nunca me senti tão mal e desconfortável na vida, eu odiava a forma que ela gemia, odiava os arranhões sem sentido que ela insistiu em fazer na minha costa. Não era prazeroso, era uma grande merda e eu me sentia morto por dentro. Acabei broxando em algum momento e ela ficou estranha, tentei reanimar, consegui e acabei o mais rápido possível, e não sei se consigo passar por isso de novo.
William
Acordei com o acontecimento da última noite na minha cabeça, eu fiz merda com o Louis, e pra fiz merda com a Bruna por ter parado nossa transa, por simplesmente ficar com a cabeça invadida pelo Louis, eu só faço besteira, e agora magoei a pessoa que eu menos queria fazer algo contra.
Me arrastei até o banheiro para tomar um banho, após ter terminado vesti minha roupa e peguei minha bolsa e o casaco do time indo em direção a cozinha, Louis se encontrava sentado comendo cereal, olhei para ele que mantinha o olhar fixo na tigela, percebi uma marca levemente avermelhada no rosto dele, e logo decidi não falar nada, não adiantaria pedir desculpas. Acho que ele já deve estar farto de ouvir tantas desculpas vazias.
Me servi e comecei tomar meu café, Caio logo apareceu dando bom dia, retribui o bom dia dele, mas de Louis só se obteve o total silêncio, ele apenas ignorou o bom dia do Caio, e parecia ignorar nossa presença. Isso em certo ponto me deixou irritado e magoado.
Após todos tomarmos café da manhã, entramos no carro e dirigi para a escola, por vários momentos desviei o olhar pro Louis, mas ele se mantinha ali, olhando as coisas passarem através da janela, calado.
No estacionamento foi diferente, assim que desceu ele viu o irmão da Andreia e foi até ele, dando o mais apertado dos abraços, olhei para o Caio com uma sobrancelha arqueada e o mesmo tinha uma cara de indignação. Ele adentrou o corredor acompanhado de Ícaro, e eu fiquei com Caio, ambos com cara de idiota.
— Vem cá desde quando esses dois estão amigos? — Caio deu de ombros, parecia tão perdido quanto eu.
— Não sei Will, acho que a gente tá alheio a muita cosia — Ele diz com o olhar fixo onde Louis passou.
— Hum, entendi.
Eu já estava ficando chateado com a situação, fomos para nossas salas, um verdadeiro inferno eu odeio matemática e aquela aula foi um verdadeiro lixo, na hora do intervalo fui para mesa de costume, não vi Louis esse dia, não sei nem se ele chegou a aparecer no refeitório.
Na hora de voltarmos para casa o silêncio dominou novamente, e durante a tarde ele não saiu do quarto, Caio bateu na porta várias vezes mas a única resposta que obteve foi "estou estudando" ou "quero ficar sozinho", deixamos ele lá o resto da tarde, na hora do jantar ele não apareceu continuou trancado no maldito quarto.
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Um Amor Proibido (Obra Reescrita)
Ficção AdolescentePara Louis a vida sempre foi uma incógnita, existiam coisas que não faziam tanto sentido, e uma dessas coisas era o acidente que o deixou sem seus pais, com uma nova mudança de deixar qualquer um de pernas para o ar, Louis tem que encarar mais uma d...