Elα é o Cαrα! - Joalina

Prólogo

— Eu sou inocente.

Falo assim que me viro para encarar as três mulheres que estavam no mesmo ambiente que eu. Uma era latina, meio magra, mas não muito alta, estava vestida com uma meia calça preta e uma regata branca com um cigarro na boca, e a melhor cara de "eu sou uma vaca". A outra era mediana, de olhos verdes, morena e coberta de joias "que ela jura que são verdadeiras" com uma calça jeans surrada, uma sandália salto alto e com uma camiseta com o rosto do Elton John mascando chiclete com a boca aberta. A terceira e não menos brilhante que as outras, era muito alta, loira e elegante, parecia até celebridade. Ela estava usando um vestido azul com gola em V e um sapato de bico fino. E é essa mulher elegante que se dirige a mim primeiro.

— Claro querida, todas nós aqui somos inocentes.

Falou com uma seriedade tão grande que eu quase acreditei. Quase, porque no segundo seguinte todas caíram na gargalhada.

— Eu não estou brincando... Realmente sou inocente – a mulher elegante se aproximou de mim com as outras duas em seu enlaço.

— Se é inocente, por quê está aqui?

— Bom...

Fiquei sem palavras, ela me pegou de jeito. Abaixei minha cabeça, estava me perguntando se eu realmente era inocente ou não. Afinal, eu quem tinha armado tudo e foi eu que executei o plano... Minha cabeça estava uma confusão só.

— Eu acredito nela.

Levantei meu rosto procurando a pessoa que acabou de dizer isso e me surpreendendo, foi a mulher com o cigarro na boca. Ela deu a última tragada e jogou a bituca no chão, soltando a fumaça pra cima formando não uma, mas três auréolas seguidas "Como ela fez isso?". Caminhou na minha direção entrando no meio das outras duas e estendendo a mão para mim.

— Camila, muito prazer. A bonitona de olhos verdes é a Lauren e essa madame aqui é a Dinah Jane.

— Meu nome é Jos... Digo, Joalin. Joalin Loukamaa.

— Por que está aqui Joalin? Você é muito nova pra frequentar um lugar como esse.

— Eu sei...

É eu realmente sei, se tudo que eu planejei tivesse dado certo, agora eu estaria na festa de comemoração dos Titans, que essa noite venceu um dos seus maiores rivais num jogo importantíssimo, garantindo passagem para as nacionais.

— Vai nos contar o porquê de estar vestida assim? – olhei pra minha roupa vermelha e branca e sorri.

— Eu estava no jogo de futebol da minha escola e nós derrotamos o Carmel, nosso maior adversário. Agora é só seguir para as nacionais.

— Legal... E daí?

— E daí? É que nós quebramos a superstição do time.

— Que superstição?

— Os jogadores encontraram um livro em que tem nome de outros jogadores e moças que eles tiraram a virgindade. Nos anos em que todos os jogadores dormiram com garotas virgens, eles venciam; e nos que não conseguiram, perdiam. Então, colocaram isso na cabeça que os jogadores, todos sem exceção de nenhum, nem dos reservas, pegariam uma garota virgem da escola e tirariam a virgindade dela. Mas elas não podiam nem sonhar com isso, se não o pacto seria quebrado.

— Espera aí... Se nenhuma garota sabe sobre o livro, como você sabe?

A mulher dos olhos bonitos que até então estava calada, perguntou. Eu sorrio diante a total atenção das três mulheres mais velhas e respondo.

— Simples... Eu era um dos jogadores do time.

— Mas você é uma garota. E esse esporte é muito violento para uma garota jogar. Como conseguiu entrar no time?

Olhei mais uma vez para a minha roupa, que era a camisa vermelha número 13 do time do McKinley e a calça branca que estava suja de grama por causa do jogo.

— Isso é uma longa história...

— Você tem mais algum lugar para ir? Ops! Se tiver vai ter que contratar um bom advogado pra te tirar daqui.

Não consigo não sorrir diante da afirmação da mulher elegante. Olho em volta, par ao lugar onde estou e me deparo com uma pequena cela de cadeia com quatro camas e um sanitário, sem privacidade alguma. São exatamente três paredes e uma enorme grade de ferro preto e isso é tudo que nos separa da civilização.

— Você tem razão... Não tenho nada melhor para fazer agora.

Me sento na cama que estava reservada para mim, respiro fundo para poder contar como cheguei até aqui. Assim como elas três, você deve ter muitas perguntas de como eu vim parar aqui, né? 

Fiquem calmos que agora tenho tempo de sobra para contar e pode deixar que não irei poupar nenhum detalhe.

***

NOTAS FINAIS:

Não me aguentei, essa fanfic é muito engraçadinha pra não ser postada logo! É só um prólogozinho, poxa. Nem dói!

Fica aqui como mais um agradecimento à vocês!

Até breve!

HB20.