A Lenda de Shadow High

Capítulo 3

Frankie Stein viveu toda sua vida inicial em um laboratório: janelas cobertas; pisos de concreto bonitos e limpos; luzes piscando; e o zumbido reconfortante da eletricidade.

Livros intermináveis ​​para ler, aparelhos para mexer e engenhocas para inventar - como aquele mata-moscas elétrico que ela energizou ou a colher automática... que quase sempre errava sua boca e colocava cereal em seu ouvido.

Então a maioria das coisas era boa! Mas também era muito solitário.

Ao contrário de todas as crianças Normie e da maioria dos monstros, Frankie não nasceu um bebê que cresceu e se tornou um adolescente. Ela foi criada como uma adolescente. Ela acordou um dia em uma prancha metálica e teve que descobrir o que ser adolescente significava. Frankie costumava vasculhar a Monster Web em busca de informações sobre adolescentes Normie, espiar pelas frestas de uma janela do laboratório e desejar amigos que pudessem entender como a vida era assustadora e legal.

E agora, finalmente, ela tem aqueles amigos tão desejados, especialmente sua BGF, Draculaura. Muito pior do que ter que voltar a se esconder seria decepcionar seus amigos. Ela tem certeza de que decepcionou Drac com a apresentação. Então, o que uma monstrinha deve fazer? Consertar as coisas!

No quarto delas, Frankie pega o Mapálogo* do armário e coloca a caixa em sua mesa.

17 - O Monster Mapálogo é como um detector de monstros, conpleto com um mapa-múndi e um teletransportador mágico Skullette.

“O Mapálogo? Para encontrar Shadow High?" diz Draculaura. “Isso só funciona para localizar monstros.”

"Sim, mas e se Shadow High for composta de monstros?" diz Frankie. "É o que parece."

Ela abre a caixa e o mapa de madeira se desdobra. É liso, polido pelos dedos, garras e tentáculos de todos os monstros que o usaram ao longo dos séculos para se encontrarem em um mundo cheio de Normies.

Na superfície de madeira estão gravadas as fronteiras e os nomes de todos os lugares conhecidos do mundo.

Com o Mapálogo foi que Frankie e Drac encontraram monstros escondidos em vários locais e então se teleportaram para lá para entregar um convite para Monster High. Quando elas tocavam o símbolo Skullette, que Draculaura agora usava em seu pescoço, e falavam as palavras Exsto monstrum mais o nome do monstro, o Mapalogue poderia enviá-las diretamente para aquele monstro. Foi assim que encontraram Cleo de Nile, filha da Múmia, escondida em sua casa tumba real sob as areias do deserto. E também como encontraram Lagoona Blue, filha do Monstro Marinho, emergindo das ondas para encontrá-las na praia.

“O problema é que não sabemos o nome de ninguém em Shadow High”, diz Draculaura.

“É uma escola, certo?” diz Frankie. “Tem que haver um diretor.”

Frankie estremece de empolgação. Ou talvez por um choque elétrico que atravessou sua espinha. De qualquer forma, é incrível ter amigos. Amigos significam aventuras em um mundo muito maior do que um laboratório fechado.

Frankie pega a mão de sua amiga. Draculaura toca o pingente Skullette envolto em seu pescoço. Elas inspiram. E então -

Plop. Plop.

"Mas que…?"

"Sério, o que é esse som de plop?" diz Draculaura.

“Vamos apenas ignorar isso.”

Elas dão as mãos novamente, tocam a Skullette, olham para o mapa e, juntas, dizem: "Exsto monstrum Diretor de Shadow High —"

E elas caem. Mas não de Monster High para Shadow High. Apenas em seus traseiros. No chão do quarto. Não transportadas. Elas foram derrubados por nada.

"O que..."

"Será que..."

A porta delas se abre. Clawdeen afasta os volumosos cabelos castanhos dos olhos. "Monstrinhas, vocês sentiram isso?" diz Clawdeen. “Acho que acabamos de ter um terremoto! Eu vou checar meus irmãos mais novos."

E ela sai tão rapidamente quanto entrou.

"Isso foi —" Frankie começa.

“Assustador,” Draculaura termina.

Elas se levantam, se limpam e dão de ombros. Elas não estão machucadas. Então, tentam de novo. De mãos dadas. Skullette tocada. Respirações profunda. Enquanto falam, os sons de plop retornam.*

18 - Honestamente. Meus pais podem ser tão estranhos às vezes.

“Diretor” — PLOP — “de Shadow” —plopplopplopplopplop — “High!” Quase antes que as palavras saiam de suas bocas, outro tremor rola sob seus pés. As pedras de Monster High rangem, o piso de madeira começa a entortar, os livros nas prateleiras explodem como milho estourando. E o mais sinistro, o espelho na parede se quebra em dois. Agora Frankie está tremendo de verdade. Dois terremotos seguidos? Isso não pode ser uma coincidência —

"Uau!" exclama Draculaura.

"O que?" diz Frankie.

"Olha!"

"Olhar para o que?"

"Uau! Olha! Uau!" Draculaura finalmente aponta para o mapa. Frankie engasga.

"Como... como... mas como..." Frankie murmura.

“Não tenho ideia”, sussurra Draculaura.

O mapa, que foi gravado na madeira sabe-se lá quantos séculos ou mesmo milênios atrás, mudou. É como se tivesse diminuído o zoom e revelado que os lugares que elas conhecem são apenas uma pequena parte do mundo. O mapa do mundo delas está espremido em um canto. E novas terras com novas fronteiras estão gravadas na madeira bem diante de seus olhos. Uma parte parecida com um continente particularmente grande tem um nome: Ever After.