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Em um lado de Londres, Louis Tomlinson preparava-se mais para encarar mais um dia de entrevistas, fãs gritando e correria de um lado para o outro.

A uma hora de distância, Harry Styles terminava de se vestir e começava a procurar as chaves de seu carro, levemente atrasado para seu primeiro turno na cafeteria no lado rico de Londres.

Louis tinha uma leve dor de cabeça naquela manhã de segunda-feira e aquilo estava tirando-o do sério. Dormira mal de noite, seu corpo e sua mente não pararam por um momento sequer por conta da quantidade de álcool que consumiu no bar e agora a ressaca o pegou de jeito, seu corpo implorando por um descanso.

Harry colocou seu violão na parte de trás do carro, atrapalhando-se por estar com a chave presa no dedo médio, o grande instrumento equilibrado no joelho e sua bolsa atravessada por um dos ombros. Seu carro era pequeno demais e tudo ficava bem espremido, mas era o que ele tinha. Resolveu passar a levar o instrumento para a cafeteria visando poupar tempo de deslocamento, pois assim que acabava seus turnos lá, ele ia até o bar ao lado para tocar covers para os clientes.

Louis acendeu um cigarro e resolveu não correr. Que se dane se ia se atrasar para a entrevista número cinquenta do mês. Ele precisava tomar um café, fumar um cigarro e comer algo decente, para variar. Seu corpo implorava para que olhasse e se importasse com ele mesmo, pois vinha sentindo cada vez mais dores de cabeça paralisantes, enjoos e pontadas em seu estômago. Não tinha tempo (ou habilidade) para preparar algo ele mesmo, acabando por decidir, no final de seu cigarro, se vestir e ir até a cafeteria mais próxima comprar algo sem seus seguranças na sua cola.

Harry estava completamente atrasado agora. Devia ter chegado no estabelecimento há dez minutos, mas ainda faltavam vinte para terminar o caminho, de acordo com o GPS. A voz chata da mulher berrava em seu ouvido, avisando que o engarrafamento perdurava por uns metros. Ele tentava ultrapassar alguns carros e constantemente mudava de faixa conforme alguma andava, a ponto de quase acarretar um acidente feio. Tamborilou os dedos no volante impacientemente, sentindo-se frustrado com tudo na sua vida dando tão errado nos últimos anos.

Louis descobriu tarde demais que sair desacompanhado havia sido uma má ideia. Não tinha dado cinco passos para fora da sua casa direito quando algumas fãs o reconheceram. Ele geralmente amava interagir com elas, tirar fotos e dar autógrafos, mas todos têm seus dias ruins. Sua cabeça doía muito e ele tentava a todo custo focar no que as três meninas falavam no seu ouvido, mas o esforço da concentração só piorava seu estado, quase tirando-o do sério. Tentou apressar as fotos e a conversa, conseguindo com que elas fossem embora rapidamente e podendo continuar seu caminho a pé, dessa vez colocando o óculos escuros e o capuz do casaco verde claro cobrindo seu rosto.

Harry finalmente conseguiu atravessar o mar de carros a sua frente, terminando seu intinerário e estacionando na sua vaga atrás da cafeteria, correndo rapidamente para a parte da frente, porque odiava com todas as forças entrar pela porta dos fundos, que era completamente enferrujada e emperrava sempre na metade do trajeto. Com os olhos no chão e o passo apertado, não percebeu uma pessoa indo na sua direção, até ter trombado nela com tudo.

Louis andou de cabeça baixa pelas ruas meio frias de seu bairro, passos longos e rápidos, tentando evitar outro encontro com alguém que o reconheceria. Avistou de relance a cafeteria do outro lado da rua, por cima das lentes pretas do óculos, e voltou a manter a cabeça abaixada, o capuz cobrindo toda sua expressão e face. Até sentir o impacto de um corpo alto contra o seu, lançando-o alguns passos cambaleantes para trás.

wishing on a shooting star. [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora