Capítulo IV

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— Acordou cedo, filha? — Olhei para Sarada que me observava enquanto eu cuidava dos cavalos.

— Estou esperando a mamãe para contar o resto da história 

— Você realmente se interessou por essa história, hein — Sorri para ela.

— Meu interesse agora nem é mais como o senhor e a mamãe se conheceram, mas sim como a mamãe salvou o Japão 

— Vamos entrar e ela te conta — Fomos para casa e Sakura já nos esperava com um sorriso radiante nos lábios.

— Pronta para mais? — Sakura se sentou na cadeira tomando seu chá.

Na manhã seguinte os soldados foram para a batalha, enquanto caminhavam, eles passaram por um vilarejo, no qual haviam corpos e armaduras dos outros soldados por todo lado, havia também corpos de civis.

Foi então que Sasuke viu a espada de seu irmão caída ao lado do elmo de seu pai.

— Não... — Ele murmurou descendo do cavalo e indo até a espada e o elmo. — Papai... Itachi... 

Sakura foi até o Uchiha tocando seu ombro, prestando de forma muda suas condolências, ele a olhou com seus olhos transbordando dor, perderá seu pai e irmão de uma só vez, agora entendia a razão pela qual sua mãe se opôs tanto a ideia de assim como seu pai e irmão, servir ao exército.

Sasuke tirou seu elmo e espada da bainha e os trocou pelo elmo de Fugaku e espada de Itachi, agora mais do que nunca ele queria vencer os Nukenins, para honrar seu pai e irmão.

Os soldados seguiram silenciosos até o campo onde os Nukenins teriam que passar para chegar à cidade imperial, alguns dos soldados tinham medo, outros esperavam para mostrar seu valor durante a luta. Sakura estava serena, ela estava em seu cavalo, apenas esperando que os Nukenins chegassem.

Naruto a todo tempo olhava para Sakura, para saber se sua amiga estava bem, mas ao ver tamanha serenidade estampada na face da garota, respirou aliviado.

As pedras no chão começaram a balançar com os vários cavalos dos Nukenins correndo na direção do exército imperial. Em questão de números o exército imperial tinha a vantagem, agora em experiência, eles estavam em grande desvantagem.

Os primeiros a agir foram os arqueiros, que deram um passo à frente e sem hesitar disparam flechas na direção do inimigo, alguns dos Nukenins foram atingidos e caíram sendo pisoteados pelos cavalos dos que estavam atrás de si, mas Danzou foi um dos que conseguiu desviar, ele e um grupo de homens recuaram, não por medo, mas porque fazia parte do plano deles.

— O covarde está recuando, peguem ele — Sasuke olhou para Juugo, o segundo comandante.

— Bloco esquerdo, ataque! — O homem gritou com sua voz prepotente.

Os soldados do bloco esquerdo eram comandados por Sakura, que sem hesitar correu na direção a qual Danzou ia. Um dos homens de Danzou olhou rapidamente para trás e ao ver que o grupo de Sakura se aproximava, ele se virou no cavalo, disparando várias flechas, ele conseguiu derrubar dois dos soldados que estavam com a Haruno, mas não era o bastante para ele, pois o mesmo continuou, de uma só vez ele disparou duas flechas na direção de Sakura, que graças ao seu reflexo rápido e sua flexibilidade, se abaixou tocando suas costas na cela do cavalo, ela então revidou, disparando na direção do homem que se esquivou fazendo com que a flecha acertasse outro, e então se seguiu à luta entre Sakura e aquele homem, um tentando acertar o outro, até que restaram apenas dois soldados ao lado de Sakura, e eles recuaram deixando a garota sozinha, graças a isso os Nukenins conseguiram ganhar tempo.

— Covardes! — A rosada bufou irritada. — E ainda dizem que homens são o símbolo de coragem... — Ela olhou para sua espada, mas especificamente para o kanji da verdade, a mentira estava lhe corroendo desde que fizera um juramento antes da batalha no qual jurou lealdade, coragem e verdade... Estava na hora de dizer a verdade, então ali, naquele momento Sakumo Haruno morreu.

— Eu não entendi mamãe... Como assim ele morreu? — A face de Sarada esboçava uma grande confusão.

— A minha mentira morreu filha, dizer que Sakumo morreu, é apenas algo simbólico — Sakura lhe olhou sorrindo.

— Agora eu entendi...

Sakura correu na direção onde seus companheiros estavam, no caminho ela tirou seu elmo, tirou aquela armadura pesada que a deixava lenta e soltou seu cabelo.

Ao chegar no local onde a batalha acontecia, um dos Nukenins jogou uma lança em sua direção, naquele momento ela agradeceu a todos os seus treinos de quando mais nova e ao fato de estar sem a armadura, já que ela pode se movimentar com leveza, Sakura pulou chutando a base da lança que virou a ponta para a direção do homem, e então ela chutou novamente fazendo a lança atravessar o peito do Nukenin.

Sakura saltou de seu cavalo indo até a lança e a arrancando do corpo do homem para lutar contra os outros que partiram para cima dela sem piedade alguma, apenas com aquela lança ela derrubou 10 homens, e quando a lança se partiu em dois, ela empunhou sua espada e sem medo ou hesitação foi a luta.

Quando os Nukenins notaram que era uma mulher com quem estavam lutando, e que essa mulher derrubou boa parte de seu exército, eles recuaram a chamando de bruxa, os soldados imperiais sem entender nada, se agruparam em posição defensiva, temendo que aquela fosse uma armadilha, o que ajudou os reforços que chegaram para ajudar os Nukenins, eles tinham grandes catapultas as quais colocaram grandes pedras e as lambuzavam com betume¹ e atearam fogo, e jogaram na direção do exército imperial, que não conseguia ver o que acontecia do lado de fora, já que todos estavam sendo tapados pelos escudos.

Quando um dos grupos defensivos foi atingido, Sakura foi tomada pelo desespero, ali estavam seus companheiros aos quais ela havia se afeiçoado.

— NÃO! — A rosada gritou tomada pelo medo, ela tratou logo de bolar um plano para que mais nenhum de seus companheiros morresse.

Foi então que ela notou o local ao qual a batalha acontecia, bem acima deles havia uma grande montanha coberta de neve, que se atingisse os Nukenins, iria matá-los com certeza, e embora houvesse a chance de também acertar seus parceiros era grande, mas eles iriam  perder menos gente se comparado aos Nukenins.

Ela chamou seu cavalo, juntou vários elmos e correu para perto dos Nukenins.

— Já sei... Agora é a hora em que a senhora diz que precisa fazer o almoço e por isso vai deixar a história para mais tarde... — Sarada suspirou com um biquinho fofo nos lábios.

— Na verdade, irei te contar tudo dessa vez... 

A Flor de Cerejeira da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora