Capitulo II

68 6 0
                                    

— Oi tio Naruto — Sarada sorriu para ele, e depois se virou para mim com os olhinhos brilhando. — Papai, o senhor disse que ia me contar o resto da história

— Eu sei, por isso seu tio Naruto está aqui

— E por que estamos aqui? — Sarada questionou olhando o pequeno templo feito em memorial da velha Chiyo.

— Se sua bisavó ainda estivesse aqui, essa parte seria contada por ela e seus avós, mas como não está, Naruto irá contar o que lhe foi passado, e estamos aqui para que se sinta próxima a eles — Expliquei enquanto ela assentiu — Quando quiser Naruto...

O loiro assentiu e começou a história.

Enquanto Sakura corria até o campo de treinamento, os ancestrais reviravam no túmulo enfurecidos por tamanha imprudência de Sakura, a velha Chiyo correu para avisar Kizashi e Mebuki sobre o que a garota havia feito.

— Kizashi você precisa trazê-la para casa, os Nukenins podem matá-la! — Mebuki estava em prantos.

— Se eu for atrás dela e revelar seu segredo... O próprio exército irá matá-la

— Iam matar a mamãe? — Sarada estava assustada.

— Naqueles tempos, quando uma mulher ia contra as leis ou mostrava ser superior aos homens, elas eram mortas, nunca gostei dessa lei, mas infelizmente eu não podia fazer nada relacionado a isso — Suspirei lembrando de quando descobriram Sakura.

— Mas as coisas não são mais assim hoje em dia... Por que?

— Sua mãe mudou isso — Naruto sorriu orgulhoso.

— Vamos voltar à história então...

— O tio Naruto também tem envolvimento nisso?

— Tenho sim, vou te contar — Piscou cúmplice para ela.

Enquanto Sakura treinava para agir como um homem, o exército Nukenin se aproximava cada vez mais da cidade imperial, aquela seria uma corrida contra o tempo para treinar os novos soldados e mandá-los para a guerra.

Ao chegar no campo Hoshi, Sakura sentiu-se um tanto intimidada ao ver tantos homens ali, o único lado positivo de estar parecida com um homem naquele momento, era que seus questionamentos e opiniões não seriam diminuídos como geralmente acontecia.

Sakura fez o possível para agir como um homem, o que foi difícil.

Sakura era tão ruim em agir como um homem que teria muita sorte se não fosse descoberta, a sorte dela foi encontrar seu velho amigo de infância, Naruto. Ela havia esbarrado com ele por acidente.

— Foi mal... — Sakura pediu forçando sua voz para que soasse grave desviando o olhar.

— Que nada car... Sakura? — O loiro a olhou assustado.

— Shhh! — Sakura o empurrou para um canto mais afastado. — Calado

— O que você está fazendo aqui? — A olhou sem entender.

— Eu não podia permitir que meu pai fosse a guerra, por isso tomei o lugar dele...

— Você perdeu o juízo? Se te descobrirem irão matá-la!

— Não vão me descobrir, eu irei tomar cuidado. Me ajuda nessa, por favor

— Céus você é maluca... — Murmurou coçando a nuca. — Tá mas se você vai fazer isso, então ande direito, o jeito que você estava andando parecia que você havia tomado um chute nas partes baixas

— Ei!

— Mas enfim, irei ajudá-la a agir como um homem e esconder seu segredo.

Sakura iniciou então sua longa jornada para tornar-se um homem, não seria fácil, mas ela já sabia disso desde o começo.

— Foi lá que o senhor conheceu a mamãe? — Sarada me olhou curiosa.

— Foi lá onde eu conheci Sakumo, que era a versão masculina da sua mãe

— Sua mãe e seu pai já começaram com o pé esquerdo — Naruto me olhou de soslaio.

— Como assim?

— Digamos que o eu não sou a melhor pessoa para instruir alguém, e acabei fazendo sua mãe começar uma briga contra seu tio Kiba — Naruto sorriu envergonhado.

— A briga que antes era do Kiba com a sua mãe, acabou se transformando em uma pancadaria, já que quase todos os soldados saíram no soco, enquanto sua mãe se escondeu da confusão — Ri me lembrando de como ela estava encolhida no meio daquele monte de marmanjo.

— E quando é que o senhor aparece nessa história pai?

— Agora...

Com o exército Nukenin se aproximando cada vez mais da cidade imperial, o pelotão do rei precisou ir, Fugaku Uchiha era o general que liderava esse pelotão. Antes de ir para batalha Fugaku junto de seu primogênito Itachi, explicavam a Sasuke qual era a estratégia de batalha.

— [...] Sasuke, você ficará e treinará os recrutas, quando Hiruzen achar que já podem lutar, se juntará a nós , comandante — O mais velho sorriu entregando a Sasuke a espada da família.

— Comandante? — Sorriu não acreditando nas palavras que ouviu sendo proferidas por seu pai.

— Essa é uma grande responsabilidade, general Fugaku, talvez Itachi ou qualquer outro oficial com mais experiência...

— Sasuke foi o primeiro de sua turma, tem amplo conhecimento em treinos de combate — Itachi interrompeu Hiruzen que tentava se opor a decisão de Fugaku. — E uma ficha militar de dar inveja — Sorriu para seu irmão.

— Uchiha Sasuke fará um ótimo trabalho — Fugaku o olhou com orgulho.

— Claro, eu farei! Não vou decepcioná-lo — Animou-se, mas ao lembrar-se de que naquele momento aquela não era uma conversa de pai e filho, ele se recompôs. — Sim senhor — Curvou-se

— Então muito bem... Brindaremos a vitória do Japão na cidade imperial — Itachi sorriu para seu irmão, os homens  foram na direção da saída da cabana em que estavam.

— Espero o relatório completo em três semanas — Fugaku olhou para Hiruzen.

— E eu não vou deixar passar nada — O velho caquético olhou sério para Sasuke.

Quando eles saíram da barraca se depararam com uma verdadeira zona, os recrutas brigavam entre si e havia comida espalhada no chão todo.

— É de impressionar... — Ironizou Hiruzen.

— Boa sorte comandante — Fugaku sorriu subindo em seu cavalo e partindo sendo seguido por sua tropa.

— Você vai se sair bem, Sasuke — Itachi sorriu reconfortante saindo logo em seguida.

— Boa sorte, otou-sama, nii-san

Os homens ainda brigavam como animais, e Hiruzen com certeza o julgaria por isso.

— Primeiro dia — O velho disse anotando algo no papel que carregava consigo.

— Soldados! — Sasuke os chamou, conseguindo então apartar a briga.

Os homens fizeram uma fileira na frente de Sasuke, revelando Sakura que se mantinha encolhida.

— Foi ele quem começou — Todos apontaram para ela.

— Agora vamos para casa, está ficando tarde, depois sua mãe te conta mais sobre a história — Olhei para a minha pequena que mal piscava de tão focada na história.

— Ah não... — Sarada resmungou

— O resto da história é cheia de picuinha e melodrama — Naruto riu se levantando. — Até mais baixinha — Bagunçou os cabelos de Sarada

A Flor de Cerejeira da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora