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- Mamãe?

Vi a pequena se aconchegar na cama, enquanto a cobria para que pudesse ter uma ótima noite de sono.

- Sim, meu anjo? - Digo me sentando na beira do colchão, acariciando seus cabelos.

- Poderia me contar uma história? - Disse a garotinha empolgada.

- Claro, pequena. Mas prometa que irá dormir, uh? - Sorri depositando um beijo terno em sua testa.

- Prometo, mamãe!

- Okay, vamos lá. Era uma vez...

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Haviam cinco reinos dos quais rodeavam a Floresta Itervest, os cinco reinados ficavam ao redor do bosque, sendo assim, a divisória de terras, e todos sempre tiveram um bom convívio.

Os reinos era divido entre os Wood, White, Stevens, Schroeder e Bastein. Todos viviam em harmônia e tinham a obrigação de proteger o bosque.

{Reino Wood - 1447}

Numa bela manhã de terça-feira, o sol estava radiante no céu, iluminando então a aldeia do reino Wood. Já era possível ouvir o galo cacarejar, e alguns dos trabalhadores da lavoura levantar para começar mais um dia árduo. Por mais que o rei e rainha fossem ótimos governantes, isso não impedia do trabalho ser difícil.

A filha dos reis, Alice Wood, acordara antes mesmo do galo, pois tinha tanta curiosidade de saber como governaria o reino, que faria questão de participar da vigia dos guardas e se tornar não apenas uma simples princesa, mas uma guerreira da qual defenderia seu povo com unhas e dentes.

Com apenas 18 anos, a garota tinha tanta garra quanto os próprios ursos que havia no bosque.

Alice caminhava de um lado para o outro, ansiosa com a expedição que faria naquela manhã, desbravando mais um pouco da grande floresta. Pegara o hábito após conhecer as filhas dos outros reinos, das quais haviam se tornado amigas inseparáveis.

A garota loira dos olhos esverdeados, tão verdes quanto uma esmeralda, já trajava uma roupa diferente das demais princesas. A mesma usava uma calça de montaria preta estampada com alguns ramos de flores, no cetim. Em sua cintura, usara um cinto da qual segurava sua bainha abrigando sua espada e adaga, vestia também uma blusa branca, e por cima um sobretudo na cor azul, com a estampa dourada. E por último, e não menos importante, nos pés calçava uma bota surrada marrom.

Alice imediatamente desceu as escadas tão depressa, que nem se quer havia ficado para o café. Apenas passara pela porta do castelo, abandonando o palácio em busca do estábulo. Ao chegar no destino, avistava seu corcel negro, Atlas, cujo o qual estaria ansioso também. Tanto o animal quanto a princesa, estariam entusiasmados com a caminhada matinal que havia regrado.

A princesa aprontava o corcel, escovava as crinas e a pelugem, para então colocar a sela.

- Onde pensas que vai? - Ouvia a voz de fundo, grave e astuta.

Ao encaixar a cela no cavalo, Alice se virou ao homem, com um sorriso nos lábios o abraçou fortemente.

- Papai! - Dizia encantada, voltando a encarar o rei, que estaria com um traje mais rústico, uma armadura, assim dizendo. - Irei levar Atlas para passear, ele já esta cansado daqui.

A menina se afastou do pai, e voltou a atenção para o animal, montando no mesmo enquanto acariciava o pescoço do equino.

- Sabes que sua mãe não estás nenhum pouco contente com estas atitudes. - O rei dizia enquanto caminhava até a garota, acariciando a pelugem do animal. - Mas... Sei que Atlas precisa de um ar, assim como a vossa realeza.

Os Confins Dos PrimordiosOnde histórias criam vida. Descubra agora