Capítulo 12 - Illéa, estou de volta!

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A despedida na Itália foi triste. Fiz desse lugar minha casa por cinco anos e fiz das pessoas minha família. Não tinha palavras para agradecer tudo o que eles fizeram por mim, me ajudaram a superar, me deram um trabalho, me fizeram eu me sentir útil. 

O rei e a rainha desejaram sorte nessa nova fase da minha vida, não contei minhas desconfianças apenas disse que estava na hora de voltar e Nicoletta agarrou meu pescoço fortemente e foi difícil nos separarmos, cinco anos de amizade construídos.

- Espero que a próxima vez que nos vermos Hope esteja em seus braços. - eu sorri para ela toda chorosa. 

- É tudo o que eu mais quero.

- Boa sorte.

- Obrigada amiga.

Depois disso Luke e Henry vieram até mim para se desperdir também. Luke não tinha nem palavras para minha teoria apenas disse que não importa o que acontecesse eu poderia voltar e ele estaria de braços abertos para me acolher.

Entrei no avião com Celeste e partimos para nosso destino. Para nossa casa. Estava na hora de enfrentar as coisas de uma vez por todas e acabar com isso.

- Illéa eu estou voltando! - sussurrei baixinho. Celeste segurou minhas mãos em sinal de apoio e o avião decolou.

Celeste acabou por ir comigo direto para Carolina. Segundo ela, o que estava preste a acontecer era muito importante e não iria perder nenhum detalhe e que depois ela ia para sua província resolver sua vida. Combinamos de ir com calma para não deixar escapar nada e assim que possível ir para o palácio com alguma desculpa. 

Quando cheguei em casa um milhão de pensamentos me invadiram. Deixei esta casa triste com minha filha morta e agora voltava com a possibilidade dela estar viva. 

Mamãe cozinhava algo que cheirava deliciosamente, deixei as malas na porta e fui até ela e quando me viu ela saltou de felicidade e veio de encontro me abraçando.

- America! Não avisou que iria voltar.

- Eu sei mamãe.

- May, Gerald! America voltou! - meus irmãos vieram correndo de onde estavam para me abraçar.

- Ames, que saudades! - sorri

- Também estava May. 

- Celeste, olá! - minha mãe a viu na porta a convidando para entrar.

- Espero que não se importem de ficar aqui um tempinho.

- Claro que não Leste, amamos você. - May disse indo abraçá-la

Resolvi conversar com minha mãe depois do jantar, então a ajudei na cozinha e depois de comermos arrumei as coisas com ela. May e Gerald já tinham ido deitar quando a chamei para conversar.

- Mamãe. - me sentei no sofá com uma xícara de chá e Celeste me acompanhou. Minha mãe se aproximou sentando ao meu lado.

- Desde que chegou sinto que tem algo importante a falar.

- Sim. - ficamos em silêncio por um tempo.

- A itália fez bem para você, estava feliz lá.

- Eu sei.

- Então por que voltou? - respirei fundo e dei mais um gole no chá.

- Hope está viva. - minha mãe me olhou surpresa incrédula enquando Celeste só ouvia.

- Do que está falando filha, como assim? Por favor America, não me diga que vai voltar com essas coisas da sua cabeça, fazem cinco anos.

- Não Magda, Meri está falando sério. Achamos que ela está viva. - Celeste me defendeu e minha mãe esfregou a cara cansada.

- Como? - ela me encarou entrando no assunto.

-Eu vi Maxon e Luna. - minha mãe arqueou as sobrancelhas. - Na itália. - expliquei

- O que eles têm haver com Hope? E como foi reencontrá-lo?

- Assustador acho. Deixamos as coisas claras entre nós, conversamos se quer saber. - ela assentiu a cabeça em sinal de aprovação. - No começo eu não percebi nada, fiquei próxima da filha deles e criei um laço inexplicável com ela, então antes deles partirem ela foi se despedir e acabou por usar o banheiro, como não conseguia subir o vestido fui ajudá-la. E... eu vi mamãe, nas costas dela a nossa marca, a meia-lua... - mamãe me encarou sem saber o que dizer. - Eu não quis acreditar, mas depois pensei e tudo se encaixa. É possível alguém mais ter essa marca que não nossa família?

- Filha... - ela suspirou - Eu não sei, quer dizer, que eu saiba é uma marca de nascença da nossa família, seria muita coincidência alguém mais ter. Porém não tem sentido, como America?

- Eu sei mamãe, vai parecer maluco no começo e eu ainda não sei como por isso voltamos. 

- Vamos descobrir a verdade. - Celestes interviu 

- Luna é Hope eu tenho certeza.

- Vai precisar de mais de uma marca para provar. O que vai fazer?

- Vou inventar alguma desculpa para visitá-los e resolver isso de uma vez por todas.

- Talvez eu tenha uma ideia perfeita - May apareceu invadindo a sala.

- Estava espionando? - arregalei os olhos já gritando com minha irmã.

- Não juro. Eu ia vir pegar água e acabei escutando. - a encarei - Já estou bem grandinha Ames. Eu posso saber das coisas, não sou mais a garota de quatorze anos que deixou aqui quando foi embora.

- May! - mamãe a repreendeu.

- Não a estou culpando por ir embora, eu teria feito o mesmo, mas cinco anos se passaram e algumas coisas mudaram.

- Tudo bem mamãe. Então qual sua ideia? - me virei para May que ainda estava em pé à porta.

- A rainha faz aniversário em uma semana, é uma desculpa para aparecer lá. - a encarei pensando, seria melhor do que aparecer lá do nada com todos sabendo da história minha com o príncipe. 

- É uma boa desculpa. - Celeste concordou e acabei por assentir. Nós duas íamos esperar uma semana e voltaríamos para o lugar em que tudo começou.

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Naah <3

HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora