Capítulo 17 - Clarkson e fúria

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Eu andava pelos corredores impulsivamente até o escritório do rei, nem eu sei como cheguei ao local, só que passei pelos guardas na porta mesmo eles tentando me barrar. Invadi o escritório e vi Maxon levantando assustado de sua mesa ainda com uns papeis na mãos e o Rei me encarando com ódio.

- O que a senhorita pensa que está fazendo? - ele gritou batendo as mãos na mesa produzindo um estrondo que poderia acordar o palácio inteiro, mas eu não liguei estava ocupada o fuzilando com o olhar - Onde já se viu invadir o meu escritório desse jeito sem permissão nenhuma. - ele ainda gritava fazendo um escândalo, só que o que ele não sabia era que o escândalo estava preste a começar.

- Já acabou? - perguntei enquanto ele parava de gritar. O rei passou as mãos pelo cabelo e vi Maxon se aproximando perto de mim pronto a entrar na minha frente caso o rei avançasse em minha direção.

- Guardas!

- Eu não faria isso se fosse você, - ele me encarou incrédulo. Como eu ousava questionar a autoridade dele nem eu sabia, só estava sendo movida por um impulso, um impulso de mãe - Majestade. - acrescentei no final.

- E por que eu não faria isso? - vi os guardas entrarem na sala prontos para me pegar. Respirei fundo e comecei a falar.

- Estou dando a oportunidade de contar ao seu filho a verdade. Se me arrastar daqui agora, garanto que começo a gritar para todo mundo, inclusive para Maxon, e revelar quem você é realmente. - vi por um milésimo de segundo o rei perder a compostura e sorri internamente por ter provocado aquilo, mas ele vestiu a máscara novamente e fez um sinal para os guardas voltarem as suas posições.

- O que você está fazendo? - Maxon perguntou me encarando com medo, medo do que o pai dele ia fazer comigo, com ele. Ignorei sua pergunta e ainda olhando para o rei eu disse:

- Você conta ou eu? Estou sendo boazinha demais em te deixar escolher.

- Não sei do que está falando. - ele se fez de desentendido.

- Uma palavra: Luna. - Maxon arqueou as sobrancelhas e se virou para o pai.

- Acabe logo com isso. Do que ela está falando?

- Eu já disse que não sei Maxon. Essa garota é louca. Me arrependo do dia em que a escolhi para vir para esse palácio.

- O tempo não volta mais majestade. Acredite eu não estava nem um pouco afim de vir para cá, tinha minha vida, mas por ironia do destino eu gostei. - segurei as mãos de Maxon que estavam próximas a mim e o senti entrelaçar nossos dedos, olhei de relance e o vi com um pequeno fraco sorriso. - Então, não diga que não te dei a chance. Maxon, - me virei para ele, quando ia continuar a porta se abriu e Kriss entrou cansada e afobada provavelmente de correr. O rei a fuzilou com o olhar e perguntou rangido entredentes:

- O que você fez?

- E- eu não contei-i nada, e-ela descobriu sozinha eu juro-o.- Kriss gaguejou e vi o medo em sua voz. Ela realmente estava com medo, eu podia estar com raiva dela, mas sabia que ninguém merecia a fúria do rei.

- Não se preocupe, eu descobri sozinha. Vi a marca de nascença dela e caso vossa majestade não saiba, eu tenho uma igual.

- Eu falei para você mantê-la longe dela. - o rei rosnou apontando de mim para Kriss.Pela expressão de Maxon, sei que começava a juntar os pontos. Vi que ainda estava sem entender nada, mas alguma coisa nele se acendeu, ele me encarou e sussurrou.

- Eu via a marca nela e sabia que já a tinha visto em você, eu imagina que era uma coincidência.

- Hope é Luna Maxon, nossa menina está viva. - murmurei e só nessa hora vi algumas lágrimas saindo dos meus olhos, Maxon me encarou em choque e apertou mais forte nossas mãos ainda unidas.

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