Capítulo Dois

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Oie Seres, como vocês estão?
Admito que demorou mais que eu imaginava, mas aqui está mais um capítulo para vocês!
Espero que gostem!

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O tempo passa diferente para cada um em individual, às vezes você quer que o tempo passe rápido em uma aula chata, ou você quer que ele pare para poder ficar com quem ama, mas no final todos sabemos que não podemos controlar o tempo e quando ele passa é impossível voltar, as coisas que você já viveu ficam guardadas em suas memórias até o dia da sua morte e do mesmo modo, as coisas que você poderia ter vívido naquele momento, mas não pode por desistência ou qualquer outro motivo que a vida possa ter colocado em sua vida para impedi-lo, não voltarão!
E é com esses pensamentos que Katsuki permaneceu encolhido no chão chorando baixo, esperando só o tempo passar para que com ele levasse junto sua dor física e mental ou que simplesmente a coragem e determinação que seus pais sempre diziam que ele tinha aparecesse para que ele possa se levantar e se arrumar para a escola.
Após alguns minutos, que para ele foram horas, Bakugou tenta se levantar lentamente ignorando os protestos de seu corpo dolorido e as lágrimas que insistiam sair, mas fracassando e caindo no chão novamente. Tudo o que ele mais queria era voltar no tempo, antes de toda sua vida virasse de cabeça para baixo, voltar na época aonde só se preocupava em brincar o dia todo com seus amigos e depois voltava para sua casa quando o sol estava quase sumindo no horizonte, e quando adentreva a casa era recebido com um tapa na cabeça por estar todo sujo e logo em seguida um abraço carinhoso e quente de sua mãe ou então chegava exausto e após tomar um banho se aconchegava nos braços de seu pai que lhe fazia carinho até dormir.
Faria qualquer coisa para tê-los de volta... a saudade que sentia era como se varias facas tivesse atravessado seu peito e doía, talvez até mais que os machucados que seus familiares lhe causavam. Porém, ele não irá desistir e muito menos se deixar vencer, havia feito uma promessa a seus progenitores e cumpriria ele a qualquer custo. Um dia conseguirá ser livre, poderá viver e se permitir sentir os sentimentos bons que existiam, se é que eles existem de verdade, com isso em mente katsuki seca suas lágrimas e se força a se levantar de novo, conseguindo ficar de pé e se apoiar na parede, ele anda em passos vacilantes até ao pequeno banheiro que tinha em seu quarto para se limpar e tentar fazer alguns curativos em seus machucados.

Q.D.T

Fazer os curativos e colocar o uniforme foi um processo bem lento e doloroso, mas agora Katsuki se via enfrente a um espelho com um kit de maquiagem para esconder as olheiras escuras que tinha e alguns hematomas. A final, para o mundo lá fora ele tinha que manter as aparências, sua vida já é um inferno devido a seu passado, sua origem e seu temperamento não ajudava muito, mas o que poderia fazer se aprendeu desde pequeno que se mostrasse qualquer tipo de emoção a não ser indiferença e raiva as coisas só pioraria para ele?
De uma coisa Katsuki tinha certeza, preferia ficar sozinho e que todos se afastassem de si do que ter pessoas falsas que com certeza o abandonariam quando mais precisasse de alguém para o ajudar. Já aconteceu uma vez e nada o dava garantia de que não voltariam acontecer de novo, a única diferença de antes para agora é que ele já não tem mais os pais para o tirarem dele tão brutalmente.
Terminando de se arrumar, Bakugou coloca uma blusa de moletom um pouco maior que seu tamanho e pega sua mochila rumando assim para fora de seu quarto e fechando a porta do mesmo. O mesmo começa a andar pelo curto corredor que leva até a sala e cozinha, chegando no cômodo ele ver seu tio, sua tia, seu primo do meio e a caçula da família, que em sua opinião é a única que se salva nessa família de hipócritas e gananciosos. Quando ia continuar seu caminho para a saída da casa ele foi parado por seu primo mais velho, que o empurrou na parede fazendo com que suas costas batessem e sentisse uma grande dor ocasionada por estar com as costas sensíveis.

- Onde você pensa que vai? - Seu primo pergunta com um sorriso de satisfação diante a cara de dor do Bakugou

- Para a escola, não está vendo ou sua burrice está te cegando agora? - Apesar da dor que estava sentindo, Bakugou sorri quando ver o sorriso de seu primo sumir diante a frase

- O QUE VOCÊ DISSE? REPETE O QUE VOCÊ DISSE SEU INÚTIL - Gritando seu primo o prensa na parede e segura apertando seu pescoço.

- E-eu perguntei se sua burrice está te cegando... agora me solta Ren... - Bakugou fala já com dificuldade, quando estava se preparando para se soltar a força ele escuta uma voz infantil se aproximando dos dois

- Ren... solta o pimo Baku... pufavo... - Diz a criança de 4 anos com os olhos cheios de água.

- Solta logo ele Ren, se não você vai se atrasar para a faculdade - Disso o homem mais velho sentado na mesa enquanto continuava tomando seu café e lia o jornal

- Não se pode nem se divertir mais nessa casa... - Ren solta Katsuki que já estava quase sem ar, o mesmo cai no chão seu primo vendo a oportunidade disfere um chute forte em sua barriga.

- Ren... pala... vai machuca o pimo... - A criança se a próxima de Bakugou que tentava se sentar e respirar. - Você está bem pimo? - Pergunta a criança preocupada.

Katsuki vê seu primo indo se sentar na mesa sorrindo e volta a olhar a pequena ao seu lado
- Eu... Estou... bem pirralha... - Fala com uma certa dificuldade e sorrindo, ele coloca a mão na cabeça da criança e bagunça seu cabelo - Você tem que terminar seu café Yu... Se não vai se atrasar para a creche - Ele dá uma pequena risada com a cara emburrada da pequena.

- Não quelo ir... lá é chato, plefilo bincar com você - Diz a criança inflando suas bochechas e fazendo biquinho, ela observa Katsuki e faz uma expressão triste

- O que foi pirralha? - Bakugou pergunta já se levantando

- Você não vai toma café dinovo? - A criança pergunta triste, quando Katsuki ia responder seu tio o corta e responde à criança

- Ele não está com fome Yu e está atrasado também - Ele fala com encarando Katsuki bravo

- Mas ele nunca come com a gente papai... e hoje ele tem o... o... teste? Acho que esse o nome... pala estudar na U.A - Fala a criança tentando se explicar para o seu pai e Katsuki sorri com a preocupação da pequena.

- Filha volta para seu lugar e termina seu café... Já disse que o Katsuki não está com fome... agora vem - Seu tio responde à pequena e faz um sinal com a mão para que Bakugou fosse embora logo.

- Yu não se preocupe com esse inútil, ele não vai ter nenhuma chance nos testes - O primo do meio que tinha a mesma idade que Katsuki fala dando risada - Eu vou acabar com ele nos testes hoje

- Duvido - Bakugou fala só para ele e a criança escutasse - Está tudo bem Yu... Eu tenho que chegar cedo na escola hoje - Fala se voltando para a criança que o abraçou e concordou com a cabeça.

- Tudo bem pimo - Fala se soltando do abraço - Boa sorte no teste hoje e acabe com todo mundo - Ela completa sorrindo e voltando para a mesa

- Pode deixar Yu... - Katsuki fala já saindo da casa e indo em direção a sua escola em passos lentos.

Continua?

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Foi isso... sinceramente eu não gostei muito desse capítulo, mas o que vocês acharam?
Eu vou tentar não demorar tanto para trazer o próximo capítulo...
Até aproxima!


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