1987
-Me devolve Dude - Liz exclamou, desesperada ao seu primo
-Vem pegar - retruca Dude, provocando-a, fazendo com que a mesma ficasse nas pontas dos pés.
Liz estava brincando em um cômodo no andar de cima da casa, quando Dude apareceu para importuna-lá, pegando seu trenzinho e erguendo o braço para que a mesma não o alcançasse.
- Você não deveria estar brincando com isso, não é brinquedo para meninas. Deveria estar brincando com bonecas de maricas.
- Isso não existe, brinquedos não tem gênero, agora, por favor me devolve.
- Não - diz ele saindo correndo do cômodo e descendo as escadas - não consegue me pegar, Liz?
- Dude, você não pode fazer isso- Ela diz correndo atrás do mesmo, e assim, tropeçando na escada.
Harry, que estava embaixo da escada não pôde deixar de ouvir o barulho que exalou quando Liz caiu, machucando se levemente.
-Liz - disse Harry saindo da escada e correndo em sua direção - Você se machucou?? Por que você fez isso Dude? Não tem graça - repreende Dude que estava rindo de Liz, enquanto a pequena se levantava com a ajuda de seu irmão.
-Lá vem o gêmeo chato querer me dar sermão, você não deveria me dizer o que fazer - diz Dude em um tom ameaçador se aproximando de Harry.
-Dude por favor, ele só quis me proteger, não faça isso - pede Liz, entrando na frente do irmão, tentando protege-lo, mesmo que talvez, fosse perigoso para ela mesma - E por favor - continua - devolve meu trenzinho.
Dude olha para ela hesitante, e logo devolve o brinquedo e sai em seguida, esbarrando propositalmente em Harry. Liz pega o trenzinho e passa a mão na fronte, onde está escrito "Expresso de Hogwarts", frase que a pequena nunca entendeu, achara que era apenas um parque de diversões, logo em seguida o abraça, o brinquedo era extremamente importante para Liz, era a única coisa deixada por seus pais.
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A história está um pouco confusa, não é? Pois é, vou explicar melhor, mas para isso tenho que voltar alguns anos.
1980
Era uma noite nublada, não havia ninguém nas ruas, apenas um senhor, de idade muito avançada, com uma longa barba branca.
-Boa noite Professora McGonagall - disse o senhor a um gato que estava ao lado de uma casa.
-Boa noite Professor Dumbledore- respondeu Minerva, se transformando em humana novamente. - Como eles estão?
- Bem, muito bem. Hagrid trará eles.
- Hagrid, senhor? Essa é uma tarefa muito importante, o senhor não acha? - Retruca Minerva
-Eu confiaria a minha vida a Hagrid, professora McGonagall.
Os dois ouvem um barulho vindo do céu, assim que olham pra cima, avistam a moto de Hagrid.
- Boa noite professores. - disse Hagrid estacionando sua moto. - Está uma linda noite, não?
-Boa noite Hagrid, como foi a viagem?- pergunta Dumbledore
-Bom, para ser sincero, os dois caíram quando eu estava voando sobre o céu, mas acho que posso encontra-los - Minerva e Dumbledore arregalaram os olhos assustados - É brincadeira - Hagrid os tranquiliza, rindo um pouco com a reação dos dois - Foi uma viagem tranquila diretor, os pequenos dormiram o caminho todo - diz Hagrid tirando os gêmeos do seu longo casaco.
Dumbledore pega os gêmeos com cuidado no colo.
-Senhor, não acho que esse seja o lugar ideal para eles, esses trouxas não parecem ser tão confi......
-São a única família que eles tem, professora McGonagall - diz Dumbledore interrompendo minerva. - Apesar de qualquer coisa, ainda são família.
- Não seria melhor que ficassem em Hogwarts então?
- O mundo bruxo, por enquanto, pode ser muito perigoso a eles, preciso que fiquem longe disso pelo tempo que eu puder evitar. - Retruca Dumbledore colocando os dois em frente a porta da casa dos Dursley's - Os nomes deles serão conhecidos pelo mundo bruxo todo, e eles jamais serão esquecidos, serão os gêmeos que sobreviveram ao Lorde das Trevas, Liz e Harry Potter. - Diz Dumbledore passando a mão na cicatriz de Liz, que se parecia muito com a constelação de Lyra.
Hagrid já se encontrava chorando, não querendo se despedir dos tão especiais gêmeos.
-Isso não é uma despedida, sabe disso não? - Dumbledore tenta animar Hagrid - Daqui a alguns anos eles conhecerão o mundo bruxo, não vai demorar, você vai ver.
